sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sustentando o vício.

Como escrevi no texto anterior, entre o final do penúltimo e do último livro que li, passaram-se 6 longos meses. Noves fora as desculpas para tal atraso, a média é muito ruim, é quase um índice brasileiro. Desse jeito precisarei de décadas para ler tudo o que está esperando em minha biblioteca.

Isso, é claro, se eu parasse com comprar livros, este tão sedutor quanto maldito objeto que desperta os meus mais contidos desejos de consumo.

Num período de poucos dias, menos de uma semana, recebi o primeiro exemplar da coleção da Editora Abril sobre os 70 Anos do início da Segunda Guerra Mundial, três livros que comprei pela net, a saber: Cerveja - Guia Ilustrado Zahar, editado por Michael Jackson (o beer hunter, e não o músico piradão) e as Enciclopédias Larousse da Cerveja (lançamento) e do Vinho (esta pela metade do preço), além do Livro da Família 2010, dos Jesuítas.

É verdade que a maioria deles é mais para consulta do que para leitura, mas igual, estão todos pagos e esperando para serem lidos.

Só não sei quando...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ponto Final.

Vergonha.

Por muito pouco eu não completo 6 meses, um semestre sem finalizar a leitura de um livro.

E não adianta justificar que neste ínterim eu estive envolvido com a preparação (e a execução) de um casamento, assim como a reforma e o mobiliar de uma casa. Se não nos damos nem o tempo da leitura, como podemos dizer que temos auto-estima?

Mas enfim, cheguei ao fim de mais um. Desta vez um recuerdo das minhas férias no Chile, comprado em uma livraria em Satiago, quando perguntei por um livro sobre a culinária chilena: La Olla Deleitosa - Cocinas mestizas de Chile, uma análise antropológica sobre pratos típicos de diversas regiões do país.

Um livro bom pelo seu conteúdo, ou melhor, receitas, mas escrito de uma maneira tão chata como só os antropólogos conseguem fazê-lo.



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Franz Ferdinand em Porto Alegre


Uma das minhas bandas favoritas que ainda está em atividade (aliás, são poucas), os escoceses do Franz Ferdinand farão uma apresentação em Porto Alegre em março do ano que vem, mais precisamente no dia 18.

Duvida? Dá uma olhada no site dos caras: http://www.franzferdinand.co.uk/shows/

Terei que comparecer a este evento. O fato de ser numa quinta-feira complica em termos profissionais, mas acredito que meu patrão me dará uma folga.

Não remunerada, é óbvio...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Torcedor Gremista tem uma missão: alistar-se no Exército Gremista


Todo torcedor gremista conhece a história gloriosa do Imortal Tricolor. Pois agora, o Grêmio quer conhecer melhor o seu torcedor. Em uma ação inédita em todo o Brasil, o Tricolor está realizando um cadastramento de seus torcedores, na campanha chamada Exército Gremista.

De acordo com Germano Jaeschke Schneider, cônsul do Grêmio em Cerro Largo, a intenção do clube é conseguir direcionar suas ações de marketing de acordo com o perfil de seus torcedores.

Participar é muito simples: o torcedor se cadastra e passa a receber toda a atenção do clube, através de benefícios e vantagens exclusivas. O cadastro pode ser feito pela internet, no site do clube (www.gremio.net) ou no da própria campanha (www.exercitogremista.com.br). Todo gremista pode participar.

- Pode não, deve participar – diz Germano – será muito importante para o clube ter estas informações a respeito de seus torcedores. Todos os gremistas devem se alistar no Exército Tricolor.

Germano informa que o torcedor ainda terá a opção de adquirir seu Cartão do Torcedor Gremista, com o qual ele poderá comprar seu ingresso pela internet com toda a facilidade, ganhar descontos em diversos produtos da loja Grêmio Mania do Estádio Olímpico ou da loja virtual, exclusivos para esta promoção, além de receber um pin folheado em prata. O custo do cartão é de R$5,00. Aqueles que são sócios do clube, precisam apenas atualizar seus dados para também participarem destas vantagens.

O cadastramento não torna o torcedor sócio do clube, e não haverá nenhum custo adicional além do cartão.

- Gremista, participe você também: aliste-se no Exército Gremista – finaliza Germano, que já está providenciando junto à direção do Grêmio formulários para aqueles que não têm acesso à internet.




- Matéria que será publicada nas próximas edições dos jornais Folha da Produção e Gazeta Integreção, mas que você lê antes no ADHD.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Margens plácidas

Valendo uma das tantas garrafas de Heineken que sobraram da festa do meu casamento: que local é mostrado na foto abaixo mostra?


Difícil?

Facilito então: fica alguns metros abaixo do monumento da seguinte foto. A segunda garrafa de cerveja vai para quem identificá-lo:



Caso você ainda não tenha passado o cursor do mouse sobre as imagens, lendo as legendas, digo que a primeira mostra as margens plácidas do riacho Ipiranga, na cidade de São Paulo, de onde foi ouvido o brado retumbante de um povo heróico, de acordo com as belas e empoladas palavras de nosso parnasiano hino. O monumento foi construído no local onde, supõem-se, nossso primeiro imperador ergueu sua espada e proclamou a independência do Brasil, fato que completou 187 anos ontem.

Monumentos desta grandeza não são muito comuns em nossa pátria verde-amarela, famosa por negligenciar ou até menosprezar os fatos e figuras de seu passado. De acordo com as imagens difundidas, o príncipe D. João era um gordo estúpido e comilão, D. Pedro I um tarado, D. Pedro II um velho dorminhoco, e assim vai. Não que estas pessoas não tivessem seus defeitos, assim como todos temos, mas é inegável que a contribuição deles para o Brasil suplanta em muito seus defeitos, por assim dizer.

Essa visão debochada, apesar de já existir ainda no período monárquico, deve ter-se intensificado na segunda metade do século passado, quando o pensamento de esquerda tornou-se verdade absoluta nos meios acadêmicos e formadores de opinião. Afinal, tais figuras representavam a classe dominante e opressora do povo, então fazia-se necessário denegrir suas imagens.

Do outro lado da fronteira, é difícil encontrar uma cidade argentina ou uruguaia onde os generais San Martín e Artigas, líderes da indepedência dos respectivos vizinhos, não recebam algum tipo de homenagem, seja uma singela placa ou um majestoso monumento equestre, sem falar nas cidades, praças, ruas, parque e até times de futebol cujos nomes lembram os líderes e seus companheiros.

Agora, num exercício rápido de memória, não consigo me lembrar de algum monumento em memória a D. Pedro I no meu Rio Grande do Sul. Há ruas, praças, é verdade, eu inclusive morei muitos anos numa Rua Sete de Setembro, nome onipresente em praticamente todas as cidades do país, mas é algo que passa quase despercebido em nosso cotidiano. Durante o feriado “comemorado” ontem, muitas pessoas que eu indaguei não souberam dizer o porquê de não precisarem ir ao trabalho/escola. Assim como a maioria das pessoas deve desconhecer a existência de um belíssimo monumento em mármore e bronze no local onde nossa indepedência foi proclamada, sobre o qual descansam os restos mortais de D. Pedro I.

É triste um povo que ignora e desreipeita seu passado. Mas em se tratando de um povo que ignora seu próprio presente, até que é algo compreensível.

Em tempo: como nada está tão ruim que não possa ser piorado, a espada que D. Pedro ergue no belo alto-relevo em bronze no Monumento à Independência, estava quebrada, como todas as demais da obra.



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Coitado do Serelepe

Cena 1: sábado à noite, saindo do Salão Paroquial que acabara de ser reinaugurado. Uma criança, sete ou oito anos, sugere à mãe e à irmã: “vamos para casa olhar novela”.

Cena 2: domingo à noite, o Capitão pergunta ao palhaço Serelepe se estava tudo bem. O astro do espetáculo, num daqueles improvisos que apenas os mestres das artes cênicas podem e conseguem interpor, alfineta a plateia: “bom nada, estaria bom se tivesse mais gente”.

Domingo não passa novela, ao menos que eu saiba, mas existe algo tão ruim quanto que atende pelo nome de Fantástico, e que só serve para duas coisas: ver/admirar a Patrícia Poeta e fazer aquela piadinha tão infame como engraçada: “viu o fantástico domingo?”.

Claro que existe uma penca de outros programas, mas a grande maioria do mesmo (baixo) nível da atração global, quando não uma cópia barata, como é o caso da TV da igreja universal. E posso até apostar que a menininha do primeiro parágrafo estava em frente à TV na hora em que o palhaço proferiu seu irônico comentário.

Este é um desabafo não apenas contra a má qualidade da programação da TV, ou contra o péssimo hábito da população em geral em restringir seu tempo livre ao que os canais de TV oferecem. Este é mais um desabafo contra a população de muitas cidades do interior que não prestigiam as raras oportunidades que temos à disposição para preencher o vazio cultural ao qual estamos condenados. Uma companhia de teatro, que apresenta diariamente excelentes espetáculos, muito bem encenados, extremamente engraçados e a um preço simbólico, míseros R$ 6,00, ainda assim é pouco prestigiada. Meu Deus do céu, não consigo entender uma coisa dessas.

O Teatro de Lona Serelepe é uma trupe mambembe que percorre as cidades apresentando diversas peças, ficando em um local até saturar, ou perceberem que não há mais motivos para ali permanecerem. As peças se resumem a histórias onde um dos personagens é o divertido e esperto Serelepe, que rouba a cena com seus comentários e suas interpretações.

Existe pouca coisa na televisão que consiga rivalizar com o humor espontâneo de um palhaço como o Serelepe, seja nas massantes séries norte-americanas, seja num previsível Casseta & Planeta, seja entre os fracassados humorista que compõem o elenco de Zorra Total.

Espero que comentários favoráveis daqueles poucos que tiver o prazer de assitir às peças tenham a persuasão de reverter este quadro, e que sejamos contemplados com mais atrações como estas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Casa nova, vida nova.

Esta é mais para dar um ar de exclusividade ao blog, privilegiando os meus (pouquíssimos) leitores: quero informar a todos que estou de endereço novo. Finalmente terminei a reforma da casa que comprei, e finalmente pude fazer minha mudança.

Neste caso, o termo mudança se refere mais a uma alteração de ambiente do que ao transporte de móveis de um local para o outro. Não que minha nova morada seja muito carente, longe disso, mas conta com pouco mais do que o básico.

Dias atrás perguntei para alguns amigos o que era necessário para se viver. Estou lá há uma semana e não temos TV e nem internet, o fogão foi instalado hoje de manhã, o chuveiro apenas no segundo dia. Até ontem comíamos no sofá. E a vida vai muito bem, obrigado.

Claro que a questão financeira está fazendo com que eu protele os outros confortos, tive gastos vultuosos (ao menos para o meu padrão financeiro), seja pela aquisição, seja pela reforma. Mas um pouco disto vai do meu orgulho pessoal, quero ver o quanto consigo resistir sem televisão. Talvez aquela seja uma das poucas casas da cidade que não abrigam um aparelho de TV.

Bem, mas a internet eu pretendo instalar o quanto antes...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Não espirre agora! Pergunte-me como.

Em tempos de atucanações infecto-contagiosas, onde percebe-se ser impossível manter-se alheio às alterações que a tal da gripe tem causado no dia-a-dia da sociedade, deixo aqui a minha singela porém oportuna contribuição:

Para evitar os constrangimentos e até discriminações advindas de um simples e inofensivo resfriado ou até mesmo uma simples irritação, eis o meu eficaz método para evitar espirros: morda levemente o lábio.

Li em algum lugar que a sensação de dor é transmitida ao cérebro numa velocidade maior do que a sensação ou estímulo que causa o espirro, confundindo a massa cinzenta. E o pior é que funciona mesmo, frequentemene utilizo esta estratégia no meu consultório ou quando estou em alguma reunião, missa e outros lugares onde o silêncio é imperativo. E ainda mais agora, ninguém irá me olhar desconfiado por causa de um espirro.

Não precisam me agradecer.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Qual é, São Pedro?

Venho acompanhando com nervosismo e aflição as previsões do tempo para o dia 25 de julho. Também pudera, cada dia que eu verifico, a tendência era de mais frio, a temperatura caia a cada acesso ao Climatempo.

Até que os números estacionaram, nestes do post abaixo. Então, passei a torcer para que a frente fria viesse mais cedo, e por conseguinte fosse embora antes.

Hoje, quando não havia mais com o que se estressar ainda mais, deparo-me com a seguinte e desoladora cena:

Pô, São Pedro, que que eu te fiz pra me aprontar uma dessas? É pelas vezes que eu praguejei contra os noivos que marcavam casamentos no calor escaldante do verão?

O que o dia de amanhã nos aguarda? Neve? Uma nova era glacial? Logo eu, tão fã das delícias e dos momentos que somente o inverno nos proporciona, revoltado com este mesmo frio.

Meus convidados e eu teremos que apelar para o método finlandês de aquecimento. E não estou me referindo à sauna...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Noites insone...

No próximo sábado terei uma tarefa hercúlea pela frente: precisarei ficar acordado boa parte da madrugada, senão em sua plenitude, pois vou a um casamento. E não pega bem o noivo sair cedo da festa.

Não estou apenas fora de forma no aspecto corpóreo: já não tenho a mesma capacidade de me manter desperto por altas horas, madrugadas a fio, seja intencionalmente, como em minha época de "guri novo", seja contra a vontade. Ao contrário do meu amigo Alex, minha produção mental é nula após a meio-noite.

Mas durante alguns anos minhas noites não foram tão plenas de descanso. Num diagnóstico leigo, posso dizer que sofri de insônia, lá pelos meus 10 aos 14 anos. Não era algo constante e acredito que estivesse relacionado a algum tipo de ansiedade, mas sei que era horrível: quando menos esperava, a dificuldade em adormecer se tornava latente, e minha mente continuava desperta, mesmo com o passar da noite. E o relógio cuco anunciava meia-noite, uma hora, duas... e o Germano acorado, virando de lado, procurando uma posição que hipoteticamente permitiria que eu me acomodasse melhor e adormecesse. Em vão.

As vezes eu levantava e ficava olhando pela janela. Não me lembro de ligar a tv ou rádio, talvez não o fizesse para não despertar mais ninguém. Mas era algo muito ruim, e esta situação me deixava muito nervoso, pensando que precisava logo adormecer pois no dia seguinte teria que acordar cedo, ir ao colégio, e... me preocupava e me estressava tanto com essa situação que essa mesma preocupação acabava me tirando completamente o sono...

Lembro-me de que usava alguns subterfúgios para resolver o problema: na onda do pensamento positivo, ficava repetindo mentalmente de modo incessante "vou adormecer, vou adormecer, vou adormecer...", ou "logo vou dormir, logo vou dormir, logo vou dormir...", ou ainda rezava, uma dezena de ave-marias, duas dezenas, três, até que eu finalmente adormecesse.

Acontece que os episódios passaram a ser cada vez menos frequentes, até que nunca mais tive problemas com sono. Muito pelo contrário, meu problema agora é ficar acordado. Tempos atrás, em uma formatura, estava praticamente dormindo em pé na festa, isso que não era nem duas da manhã ainda.

Pelo menos até hoje. Não sei se isso é motivo suficiente, mas pequenos detalhes como quem vai fazer a leitura na igreja, o frio glacial que a previsão do tempo prevê para a noite da festa, os gastos com o evento, os convidados que eu não sei se vem ou não, a trilha sonora, o nervosismo na missa, a valsa... e tem ainda a reforma da casa, a compra dos móveis, a mudança, de novo os custos... além da dificuldade em conciliar a resolução de todos estes problemas com minha intensa atividade profissional.



Acho que é por isso que estou acordade desde às 3:30, e é provável que eu nem vá dormir mais.

Que beleza: um monte de problemas para resolver, e terei que fazê-lo cansado.

domingo, 19 de julho de 2009

Acho que não...

Um abraço pro meu amigo Leo Garcia.



Grêmio: de 0 a 100 mostrando como se faz.


sábado, 18 de julho de 2009

Um século de Grenal

Há exatamente um século, ocorreu o primeiro confronto entre o Grêmio e o inter. Aqui fica minha homenagem a este clássico.

A América em boas mãos.

Com um pouco de atraso, quero deixar aqui registrada a minha satisfação pela conquista da Libertadores pelo Estudiantes de La Plata. De forma muito copera, o Pincha suportou a pressão(?) do Cruzeiro em pleno Mineirão, e consegui vencer o jogo. E ergueu a taça.

É bom para o futebol sulamericano ver um time com tanta tradição voltar a vencer o mais importante campeonato do continente, assim como é bom ver um time argentino que-não-o-Boca vencendo a competição, ainda mais da forma como aconteceu esta vitória.

Mas bem que poderia ser o Grêmio.



domingo, 12 de julho de 2009

RSVP

É provável que você já tenha se reparado com esta sequência de letras que adorna o título deste texto.

Presença constante no pé de convites, é a abreviação para "Répondez S'il Vous Plaît", expressão francesa que significa algo como "responda, por favor". Ela é utilizada no intuito de que o convidado comunique sua presença, assim como a dos seus, ao anfitrião, facilitando para este uma série de fatores no que tange à organização do evento em si.

Ou seja: quando receberem algum convite, com o RSVP ou algo semelhante solicitando algum retorno, RESPONDE, PÔ!

domingo, 5 de julho de 2009

Tosco

Ele teve a honra de figurar entre 'Os 5 melhores "tiristas" do Brasil', na minha modesta opinião, apesar de não saber quem era.

Descobri.

O jornal Folha da Produção da semana passada citou Rodrigo Peliciolli, o Peli, como sendo o autor de tais tiras e do anti-herói Tosco.

Fica aqui o registro.




quinta-feira, 2 de julho de 2009

terça-feira, 30 de junho de 2009

Sinais de decadência.

Não restam dúvidas de que o mundo não é mais o mesmo.

Infelizmente…
São visíveis e incessantes os sinais de decadência da humanidade. E para quem pensava que ver gays se beijando em público e o inter vencendo a Libertadores da América era o máximo que nossa sociedade poderia afundar, no fundo do poço havia um alçapão.

De uns tempos pra cá tenho tido surpresas muito desagradáveis ao abrir certos vinhos argentinos. Ao romper o lacre me deparo com algo inusitado até então: rolhas de plástico.

Sim, plástico ao invés da tradicional cortiça.

Dirão os eco-chatos que é algo saudável em termos de meio-ambiente. Pois os mando senterem num falo. E a tradição onde que fica? E os milênios de história vinícula?

É impossível que o número de rolhas utilizadas em garaffas de vinho seja tão nefasto à natureza. Pois posso estar até enganado, mas creio que seja um produto que se transforma em matéira orgânica, enquanto que o plástico…

Infelizmente, já encontrei tal desagradável surpresa em garrafas de vinículas relativamente conceituadas. Por sorte ainda não em vinhos “melhores”, mas temo chegar o dia em que a cortiça seja tratada como excentricidade do passado, como as Bodas de Ouro e monumentos públicos não pichados.

Pior que isso, só as tampas rosqueadas do Sauvignon Blanc da Concha y Toro.

domingo, 28 de junho de 2009

Auf Wiedersehen, vovó.

Nunca quis fazer com que este blog se tornasse uma espécie de diário virtual, onde eu tão simplesmente registrasse os fatos por mim vivenciados. Longe disso, pode até acontecer de eu comentar algum fato pontual, mas não quero fazê-lo de modo rotineiro.

É por este motivo que ainda não comentei nada a respeito da minha vovó Adelaide, que nas primeiras horas do dia 20 de junho nos deixou, tão somente 11 meses e 3 dias do vovô ter feito o mesmo.

Demorei mais de semana para escrever sobre isso pois não queria fazê-lo apenas na condição de registro, mas talvez criar algo com mais conteúdo para homenageá-la, assim como fiz para o vovô. Mas não tive a inspiração, ou pior, a competência para tanto.

Privados de sua presença fisica, restam as lembranças dos tantos bons momentos que passamos juntos, dos seus ensinamentos, das suas comidas, das suas histórias, seja ainda da Alemanha ou dos primeiros anos de Brasil, enfim, da sua presença que tanto nos marcou, além é claro da fé e da esperança na vida eterna, na graça de Deus pai.

Pois tenho certeza que ela agora está no céu, jogando cartas com o vovô, e olhando por nós.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Nomes

Sou uma pessoa modesta, além de estar feliz com meu trabalho, mas as vezes gostaria de, ao menos por alguns breves momentos, exercer outra profissão: tem dias que eu adoraria ser dono de um cartório, e nem é tanto pela fortuna que esses caras ganham, podia ser um simples empregado. O que eu queria era pôr um basta a esta incensatez que está se tornando os nomes das pessoas:

Sonho com o dia em que alguém chegaria com uma criança para registrar:

-Nome:
-Meríndia.
-Carla? Que nome bonito! Aqui está a certidão: Carla da Silva.
-Mas eu disse Meríndia.
-Sim, eu entendi: Carla.
-É Meríndia!
-CARLA!!!

Ou assim:

-Qual é o nome:
-Heliwéltton.
-Aham, aqui está.
-Epa, mas tu escreveu Felipe.
-Sim, é Felipe. Agora some daqui.

Como seria divertido:

-O próximo!
-Viemos registrar nossa pequena Weronyka. Com dáblio, ípsolon e cá!
-Dáblio é os teus zóio, rapá, vô te dá dáblio é nas zoreia: é com vê, i e cê, e acento, seu imbecil: Verônica. Agora paga esta bosta e te arranca daqui!

Isto seria melhor do que um churrasco, nem precisaria ter salário se fosse tudo assim:

-Gêmeos?
-Sim: Ywette e Ywetta.
-Fátima e Lourdes. Em homenagem à Nossa Senhora. Boa escolha.

-Qual que é o nome da criança?
-Carlos.
-Carlos?
-Carlos Felipe de Souza Aguiar Nachtergale de Oliveira Sobrinho.
-...

Não se pode ganhar todas.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Onomástico

Meu pai conta que meu finado vovô não comemorava aniversário. O dia de seu nascimento era um dia qualquer.

Mas sempre que o calendário apontava 19 de março o vovô nem ia à sua marcenaria, ficava em casa, esperando os amigos que iriam lhe cumprimentar e com ele jogar cartas. Era o dia de São José, o santo que tinha o nome dele. Ou seja, para o vovô o que era importante era o que os antigos chavamam de Onomástico.

Ontem, dia 28 de maio, era dia de São Germano. Era o meu onomástico.

De certo modo, parabéns para mim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Degustando um mate.

Este é um texto histórico.

Sim senhor. Todos devem ter lido/visto/ouvido algo sobre degustação de vinhos, com todo o vocabulário peculiar adjacente: taninos, frutas vermelhas, baunilha, tabaco, bouquet, etc. E muitos já devem também estar a par desta mesma situação envolvendo cervejas, onde os bebedores, tal qual fazem os (muitas vezes pseudo-)enólogos, levantam seus copos/taças, apreciam a cor, a translucidez, sentem os aromas e os sabores, dissecando-os: lúpulo, cevada, álcool, café, chocolate, banana, o famigerado diacetil, dentre tantos, perceptíveis ou não.

Agora, alguém já ficou sabendo de alguma degustação de erva-mate?

Seguindo a lógica internética, procurei no Google pelas expressões "degustação de mate", "degustação de chimarrão" e "degustación de mate", sem sucesso algum. Ou seja, se não tá no Google, não existe!

Encontrei referências a provas da bebida, normalmente em ervateiras, mas no intuito de mostrar o produto a possíveis compradores. Mas um teste, comparando mais tipos de Ilex paraguariensis, ah, isto certamente é novidade. E que o Guilherme não venha contestar novamente.

Em recente viagem de férias ao Chile, adquiri um pacote com três variedades da erva-mate argentina La Merced, a saber: de campo, barbacuá e de monte.


Preparei três mates, cada um com uma variedade da erva. E intercalei sorvos do amargo com água e pão, tal qual reza a cartilha de um bom degustador, para "limpar" as papilas gustativas. Como resultado, consegui perceber significativas diferenças. Bem, confesso que não achei tão significativas assim, mas percebi que a de Campo era mais suave, na Barbacuá percebia-se um leve toque de defumado (devido ao seu modo característico de preparo) e na de Monte o sabor era mais "forte", mais amargo. Mas nada de novidade que não constasse no verso dos pacotes.


Ou seja, a degustação foi fortemente direcionada pelas informações disponibilizadas pelo fabricante, além de não ter sido feito às cegas. Mas nada, absolutamente nada tira o aspecto histórico disto que agora relatei.

É bom saber, ou melhor, se dar conta de que o universo da erva-mate é muito mais amplo do que as expressões pura folha, moída grossa, nativa, suave (leia-se "com açúcar") encontradas nas prateleiras dos mercados nos levam a crer, isso sem citar os tais chazinhos hoje tão comuns. Características como solo, quantidade de sol a que os ervais são submetidos, modo de preparo e maturação, dentre outros determinam características peculiares de cada erva. Ou seja: o seu chimarrão de cada manhã tem terroir.

Pense nisso nos momentos de reflexão que o ato de tomar seu amargo lhe porporciona.

Ah, e minha degustação não parou por aí: os observadores mais atentos devem ter percebido na primeira foto um pacote também inusitado, que inclusive preenche a cuia do mate que tomo neste momento. Mas isto já é assunto para outro texto.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Nerdômetro

Este é mais um daqueles idiotas, porém divertidos testes da internet, onde podemos verificar o quão nerd somos:

The Nerd (Brasil) Test


O meu escore:

Non-nerd points: 37%
Nerd em geral: 20%
Nerd escolar: 30%
Nerd vicios: 17%

Resultado:
Nerd parcial: Esse tipo, mesmo sendo nerd por definicao, consegue burlar muitas das caracteristicas fisico-habituais dos nerds e passar despercebido em uma festa ou evento. Sua nerdisse eh oculta e inclui algum desempenho escolar notavel e/ou hobbies suspeitos. No entanto, tem um lado nao nerd que pode fazer com que ele pareca uma pessoa normal, ou quase.

Faltaram questões a respeito de ter/manter um blog e participar ou não deste tipo de teste.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Os 5 melhores "tiristas" do Brasil

Se depender de mim, os jornais não desaparecerão. Ao menos não tão cedo, pois ainda mantenho o hábito de sujar meus dedos com sua característica tinta todas a manhãs, enquanto tomo meu mate. E invariavelmente, termino minha leitura com os quadrinhos.

Nada estranho para quem iniciou nas letras com Pato Donald, Zé Carioca, Mickey Mouse e a Turma da Mônica. E se hoje não tenho mais me dedicado a estas leituras, faço questão de prestigiar sua versão resumida: as tiras citadas acima.

Para homenageá-las, uma pequena lista (não seguindo nenhuma ordem de preferência e nem de lembrança, apenas de conveniência) com os meus cinco cartunistas/cartoons preferidos. Ou seriam "tiristas"?

Laerte: gênio do humor nonsense. Maldita Zero Hora que não mais o publica.



Fernando Gonsales: outro mestre do humor sem noção.


Iotti: criador do Radicci, o perfeito esteriótipo do gringo de "Cacias".


Sampaulo: criador do mítico Sofrenildo. Primeira tira engraçado da qual eu me lembro, ainda nos tempos do Correio do Povo da época da família Caldas.



Tosco: não sei quem desenha, mas esta tira é publicada no jornal Folha da Produção, aqui de Cerro Largo, e no A Integração, de Horizontina. Tosco ídolo!



domingo, 10 de maio de 2009

Soberanas

Na sexta-feira, apesar do cansaço advindo de uma viagem de descanso, fui obrigado a fazer uma social: prestigiei o baile da escolha das soberanas da Oktober aqui de Cerro Largo. Não que estivesse muito entusiasmado com o evento, mas como a presidente da festa é minha paciente, e como preciso mostrar a cara para a sociedade que me sustenta, não tive outra opção, apesar de saber que no outro dia, bem cedo, teria que trabalhar.

A vencedora era a mais “velha” entre as candidatas. As aspas são porque acho meio incoerente chamar alguém com 17 anos de velho. Então que fosse a menos nova. Mas tudo bem, o que eu queria dizer é que se manteve uma tradição não só local como regional: todas as soberanas deste tipo de festa são moças exageradamente novas, normalmente na faixa de 15 a 17 anos. Já vi casos, inclusives, de meninas com menos idade ainda. São meninas muito bonitas, em sua grande maioria, mas apenas meninas, quase crianças.

Mesmo que dizem que hoje em dia as pessoas amadurecem mais cedo, eu as acho ainda muito novas para representar uma cidade ou comunidade num evento deste porte. Costumo fazer uma analogia com a Festa da Uva, em Caxias do Sul, onde são escolhidas mulheres mais bem fornidas. E cada mulherão…



Não sei se são as mais “de idade” que não querem concorrer, ou se por se tratar de um costume tão enraizado que ninguém questiona ou contesta, acontece que as soberanas adolescentes são presença certa nas festas da região.

Foto: site da Festa da Uva.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

1 ano

O que aconteceu nos últimos 365 dias na minha vida?

Muita coisa, nas mais variadas áreas:

No âmbito profissional, trabalhei feito um louco.

Quanto aos estudos, terminei e apresentei a monografia da minha especialização em ortodontia (na qual tirei A), e já comecei outro curso.

Realizei uma viagem maravilhosa com meus pais e meus irmãos.

Entrei no mundo dos antigomobilistas praticantes.

Fiz minha primeira cerveja artesanal.

Vi meu time quase ser campeão brasileiro, mas passar em branco, sem levantar nenhuma taça neste período, enquanto que o rival ganhou alguns torneios de menos importância.

E praticamente tudo isso foi até certo ponto documentado aqui no blog, cujo primeiro texto (Começando) publiquei há exatos 365.

Nunca tive como intensão usar este blog como um diário virtual, mas é evidente que muito do que me marcou durante este período foi abordado de alguma forma aqui.

Não viquei famoso, ou rico, nem ao menos consegui arregimentar uma vasta legião de leitores, o que nem é o meu intento, mas mesmo assim seria muito feio da minha parte deixar de agradecer aos meus poucos e (assim espero) fiéis leitores, que em passo de formiguinha fizeram com que a página ultrapassasse 3400 acessos. Muito obrigado.

Um outro obrigado àqueles que comentam de quando em quando o que eu escrevi, pois como li em algum lugar, todo o blog se alimenta de comentários...

Como este é um projeto pessoal que tem toda a minha estima, pretendo continuar escrevendo, tentando aprimorar um pouco a qualidade em detrimento da quantidade.

Ah, e um beijo pra Natasha.

terça-feira, 28 de abril de 2009

R.I.P. Pontiac

No mundo dos negócios não há lugar para sentimentalismos: afinal, quem irá bancar uma marca se esta não dá o almejado retorno financeiro, seja por incompetência administrativa, ou seja por qualquer outro motivo?

Bem, se civilizações, impérios e bandas de rock não são eternas, porque as marcas de automóveis seriam? Ontem li no jornal que a gigante porém atualmente cambaleante General Motors estaria retirando a marca Pontiac do seu vasto portfólio, encerando mais de 80 anos de produção de automóveis com o nome do chefe indígena que comandou uma revolta contra os colonizadores ingleses na região dos grande lagos.

Desde que Gottlieb Daimler colocou sua carruagem propulsionada por um motor à combustão interna a circular pelas estradas alemãs em 1886, diversos eventos obrigaram a indústria automobilística e se adequar ao mercado, como na introdução da linha de montagem, as Guerras Mundiais, a crise de 1929, o aumento no preço do petróleo, o crescimento das indústrias do extremo oriente, entre outros. Por causa destes e outros momentos conturbados, marcas como Auburn, Cord, Duesenberg, Hudson, Kaiser, Marmon, Studebaker, Graham-Page, Nash (além de outras fora dos Estados Unidos) desapareceram, mantendo-se vivas apenas nas memórias e garagens de antigomobilistas. A Wikipédia (sempre ela) tem uma lista bem interessante e ampla destas "fábricas de automóveis 'defuntas'". Até mesmo as grandes empresas não passaram imunes a estas turbulências, e marcas como La Salle, Oldsmobile (ambas da General Motors), DeSoto e Plymouth (Chrysler) hoje fazem parte desta lista.

A crise financeira que começou no ano passado também atingiu a indústria automobilística, afetando principalmente Chrysler e GM, ambas com a corda no pescoço, cada vez mais apertada. Dentre as medidas adotadas na tentativa de não sucumbir, a segunda resolver descontinuar a sua marca de esportivos, famosa pelo Pontiac GTO, o pioneiro dos muscle cars norte-americanos.


Deixará saudades, sentimento este que o mercado desconhece.

Foto: Wikipédia

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ponto Final.

Eis um livro que me surpreendeu: Uma História que não é Contada, de Felipe Aquino, membro da Comunidade Canção Nova, onde ele relata, ao contrário do que tanto se apregoa por aí, a importância crucial da Igreja no desenvolvimento civilização moderna.


O autor cita inúmeros exemplos de inúmeras atividades que, graças ao trabalho da Igreja e de seus filhos, sobreviveram ao século, floresceram ou se desenvolveram, tais como agricultura, arquitetura, música, canto, pintura, escultura, alfabetização, ensino superior (universidades), preservação da cultura greco-romana, filosofia, comércio, livre mercado, astronomia, matemática, física, sismologia, genética, vitivinicultura (o que ADHD já antecipara aqui), direito, assitência hospitalar, relações de trabalho, geometria, industrialização, mineração, fabriação de queijos, irrigação, trabalho com vidro e cerâmica, zoologia, botânica, fabricação de relógios, metalurgia, óptica, geologia, meteorologia (ufa), estudo de línguas, etc.

Mas é uma pena que a sociedade de hoje prefere supervalorizar os erros de alguns filhos da Igreja, ignorando seu imenso e positivo legado nestes dois mil anos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia da Cerveja Alemã

Graças ao Bob (não o Marley, mas o Fonseca), fiquei sabendo que hoje, dia em que a publicação do Reinheistgebot completa 493 anos, comemora-se o Dia da Cerveja Alemã. Seguindo o conselho deste que é uma das minhas principais fontes que utilizo para aprimorar meus conhecimentos sobre tão nobre assunto, reservarei uma alemã de lei para meu final de dia.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

IR

Minha ocupação para os próximos dias:
fonte: www.zerohora.com

terça-feira, 21 de abril de 2009

Habemus inverno

Calça comprida, moleton, meia e alparagatas dentro de casa, cobertores e vinho no lado de fora, esfriando na temperatura ambiente.

Graças ao bom Deus, o inverno está voltando.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Eu não gosto de futebol!

Verificando a lista de assuntos sobre os quais escrevi até então neste espaço, o nobre esporte bretão se sobressai sobre todos os demais, inclusive sobre as bobagens. E isso que durante o 2009, dediquei apenas dois pequenos textos ao tema.

O motivo desta diminuição se deve ao meu outro blog, o Futebol Força (para os íntimos: FF.com), um projeto mais sério e bem intencionado.

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A propósito, não sei mais por tempo escreverei lá. Por mais entuasiasta que eu seja da idéia, lamento pelo fato dele ter sido praticamente abandonado pelos demais colaboradores: dos dez textos mais recentes, que aparecem na página inicial, sete são meus. Penso que um blog que almeja um pouco mais de notoriedade, como é o caso do FF.com, precisa de atualizações mais frequentes, pelo menos uns três textos semanais. Mas não queria e nem teria como me dedicar tanto assim, já tenho um pouco de dificuldade em escrever um por semana, sem deixar o ADHD de lado, além de não desejar que o espaço se torne exclusivo meu.

É uma pena, mas já estou pensando seriamente em distribuir currículos em outros blogs, vai que alguém esteja precisando de colaboração...
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Voltando ao texto, escrevo bastante sobre o tema por me envolver e acompanhar o esporte. Mas estou chegando à uma conclusão inquietante: acho que eu não gosto de futebol!


Pago R$ 59,90 por mês para assistir aos jogos dos Campeonatos Gaúcho e Brasileiro em casa. Como já aconteceu no ano passado, o PFC (canal do ppv) disponibilizou os jogos da fase final de todos os campeonatos que transmite a todos os assinantes: ou seja, eu tenho à disposição jogos decisivos dos torneios gaúcho, carioca, paulista, mineiro, catarinense, paranaense e goiano. isto sem contar com aqueles transmitidos pela ESPN (cujo sinal também recebo) e a tv aberta, com as ligas europeias.

Neste fim-de-demano não assisti a nenhum jogo, nem sequer parte de algum deles, tanto no sábado quanto no domingo.

Como dizer que gosto de futebol se abro mão de acompanhar tantos jogos decisivos?

Pra ser sincero, dificilmente vejo um jogo que não seja do Grêmio. Num rara exercício de memória, cito River Plate x Nacional e Guaraní-Py x Boca, ambos pela Libertadores e há pouco tempo. Mas compreende-se pelo fato de eu ser um grande admirador do futebol sulamericano, e a Libertadores é um torneio que me fascina, inclusive por razões extra-campo.

Parece que realmente não gosta tanto assim de futebol.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Todos os meus celulares

Dias atrás, meu amigo Guilherme escreveu contando sobre os celulares que ele já teve, encorajando-me a fazer o mesmo. Minha lista é bem mais modesta e, ao contrário da dele, prima pela fidelidade a uma única marca e a uma única operadora, mas por razões bem simples, que serão explicadas no decorrer do relato:
Ganhei meu primeiro celular na noite do dia 12 de janeiro de 2001, nas dependências da churrascaria Nova Bréscia, zona norte de Porto Alegre. Lembro-me de tantos detalhes por se tratar da janta da minha formatura. Meus amigos contribuiram com uma quantia (algo entre R$ 15,00 e R$ 20,00, um valor bem razável para a época e para estudantes sem renda fixa), mas como tenho poucos (mas bons) amigos, papai teve que cobrir a diferença. E ganhei meu Nokia 5120i, um clássico, que possibilitava fazer e receber chamadas, mandar mensagens de texto, brincar com alguns jogos toscos e me acordar.


Como o presente fora comprado na capital, seu prefixo era o 51, e tão logo pude troquei para um 55, que mantenho até hoje. Pré-pago.

Depois de três anos com este enorme celular estragando os bolsos das minhas calças, a bateria começou a dar sinais de exaustão. Então decidi que melhor do que investir numa bateira nova era comprar um telefone novo. E comprei-o sim senhor, um Nokia 1200, um pouco menor que o anterior e sem a característica antena, mas com os mesmos recurso. Paguei os mesmos R$ 299,00 gastos por meus amigos e meu pai pelo meu primeiro celular.

Não me lembro do que se sucedeu, mas sempre tive o péssimo hábito de deixar cair meus celulares. Acontece que tive um problema com este, acho que foi uma pane, ou visor quebrado, não recordo, mas que me levou a comprar outro, após apenas um ano de uso.

Não tenho receio em afirmar que o Nokia 2112, o escolhido da vez e pelo qual desembolsei R4 249,00, foi o melhor celular que eu já tive, pois além de telefone, despertador, relógio, calendário e de ser bem menor do que os outros, ele oferecia algo fantástico que nunca mais encontei em nenhum outro: uma lanterna. Que troço útil. Os celulares de hoje têm conexão à internet, possibilitam assitir TV, fazem fotos e vídeos, têm GPS, visor colorido, touch screen, tocam MP3 e o diabo a quatro, mas nenhuma dessas ditas maravilhas tecnológicas vem com lanterna. Será que somente eu sinto falta deste ítem?



Infelizmente meu 2112 estragou. Não sei bem certo, ele simplesmente não funcionou mais, também após um ano de uso. Procurei pelo mesmo modelo, ou sua evolução, mas não encontrei nenhum, nem similar. Optei pelo Nokia 1661, meu primeiro celular com visor colorido e com chip, mas com um software mais simples que o anterior, sem calendário, e não possibilitando agregar dois números num mesmo contato. Paguei R$ 179,00. E o tenho até hoje. Pra variar, logo que o comprei deixei-o cair, trincando o visor.



Sempre tive Nokia por serem telefones baratos e simples, e permitem que eu faça aquilo que eu gostaria que um celular fizesse: funcionar como um telefone, originando e recebendo chamadas; e sempre mantive o mesmo número por razões comerciais, pois clientes antigos costumam a guardar meu número. Agora, com a portabilidade, já posso pensar em trocar de operadora, mas somente se tiver bons motivos para tanto. Ruim por ruim, todas têm seus defeitos.

Celular é algo bastante útil porque possibilita que você seja encontrado (o que é bom no caso da minha profissão), mas é muito ruim porque possibilita que você seja encontrado (o que pode ser ruim na minha profissão e é ruim para a privacidade). Gostaria de poder não ter um, mas preciso dele. Se bem que é só desligá-lo ou não atendê-lo, quando fiz logo depois do último Grenal, quando ele começou a tocar. Só no outro dia que descobri se tratar de um paciente…
Mas ao menos me dou ao luxo de ter um chip “de férias”, cujo número só minha família conhece.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um carro bom.

Se eu fosse escolher um carro, o que eu levaria em consideração?

Bagagem: um dos primeiros ítens que eu iria avaliar seria o porta malas: não quero me privar de carregar o que eu quero. Não precisa ser uma wagon, mas um sedã com um porta malas generoso, que permita, além das bagagens, carregar algumas caixas de vinho numa viagem a Posadas, isto é fundamental.

Consumo de combustível: ponto fundamental para quem gosta de pegar a estrada, ainda mais com o preço absurdo dos combustíveis (afinal, as obras do PAC precisam ser financiadas). Carro meu tem que ser econômico.

Discrição: nada de carros chamativos. Não quero ostentar o que não tenho, ou o que não gostaria que os outros soubessem que eu tenho.

Preço: minha situação não permitiria gastos elevados com um carro, logo, o preço dele é fator determinante.

Básico: acho que nem preciso dizer que ar-condicionado é condição sine qua non.

Há muitos carros bons no mercado e que se enquadram nos requisitos acima. Mas um que me chamou a atenção foi o novo Voyagem. Um carro que me agrada, sem dúvidas.



domingo, 5 de abril de 2009

O prazer de acordar cedo

Sempre gostei de acordar cedo, inclusive aos domingos. Não tenho paciência para ficar o dia inteiro deitado na cama, apesar de não dispensar uma boa sesta no final de semana. Mas hoje fiz algo que não fazia há anos: acordar mais cedo para assistir a uma corrida de Fórmula 1.

Sempre fui fã da categoria, e minhas primeiras lembranças das corridas são anteriores às lembranças fustebolísticas. Mas infelizmente os últimos anos não haviam sido muito atraentes para seus admiradores: campeonatos concentrados nas mãos de poucos pilotos, somente uma ou duas equipes com chances reais de vitória, corridas monótonas, sem ultrapassagens, um tédio.

Mas a última e inusitada corrida do ano passado foi o prenúncio de boas novas para o circo da Fórmula 1. Neste ano algo totalmente inesperado está acontecendo, com as antigas favoritas andando no pelotão de trás, equipes novas ou com pouca tradição disputando corridas e, principalmente ultrapassagens, muitas ultrapassagens. É por este motivo que hoje, às 5:55, eu já estava em frente à TV, com meu mate cevado.

Não me arrependo nem um pouco, pois presenciei um belo espetáculo, digno dos bons tempos da competição.


Dizem que além das restrições ao uso de recursos aerodinâmicos, algumas equipes estão fazendo uso de um tal de difusor para se beneficiarem. Se for assim, por favor, alguém invente um tal de difusor para ser usado no futebol, principalmente no europeu.

sábado, 4 de abril de 2009

A Estrela Artois

Sabe aquele cara que entende tudo de vinhos, e faz questão de demonstrar a todos seu conhecimento a respeito de taninos, aromas, corpo, varietais, terroir, safras e harmonizações gastronômicas? É o tal do "enochato". Evite amizades com este tipo de pessoa, ou corte logo seus comentários inoportunos.

Infelizmente tem surgirdo uma nova classe de desagradáveis sabichões: a popularização da cultura cervejeira está fazendo com que os primeiros "cervochatos" dêem as caras e os palpites. Com profundos conhecimentos de maceração, leveduras, aromas, marcas e maltes, eles chegaram para infernizar o universo do homebreewing. Mas o conselho é a mesmo: evite-os ou reprima-os. Sempre que alguém utilizar a expressão "diacetil" por três vezes ou mais no mesmo texto ou diálogo, torça o nariz e procure uma parede para se esconder.

Certa feita, um conceituado cervejeiro artesanal publicou um relato de sua visita a um bar em Buenos Aires que serve cervejas artesanais. As orelhas dos proprietários devem estar vermelhas até hoje.

Confesso que, certas vezes, tenho medo de ser um "cervochato", principalmente quando converso com pessoas que só conhecem as pale lagers padrão Brahma. É muito chato passar por chato. Dias atrás, num churrasco entre amigos, um conhecido perguntou se eu já tinha tomado a Stella Artois (com o sotaque brasileiro).O que eu poderia dizer? Que sim, que conhecia esta cerveja lager da Bélgica, umas das poucas cervejas belgas deste estilo conhecidas justamente em um país famoso pela diversidade e criatividade de sua escola cervejeira, carro chefe da mostruosamente gigante InBev-Budweiser, produzida desde 1926, apesar do rótulo conter a data 1366, em alusão ao começo da atividade cervejeira na cidade de Leuven, berço da marca, que é uma cerveja com pouco corpo e que...

Não, eu não poderia fazer isso. Minha reputação poderia ser seriamente manchada. Optei por simplesmente responder: "sim, já tomei na Argentina". Ele completou dizendo que gosta muito que traz ela "do outro lado", mas que considera um "trago caro". Novamente primei pelo silêncio, lembrando-me das Unibroue da minha adega.

Bem, neste momento em que o pessoal da Acerva Gaúcha faz o seu evento aberto em Porto Alegre (o único evento digno de nota naquela cidade neste dia), vou pegar minha Stella Artois que deixei na geladeira e para marcar meu sábado de meio-dia.

E para o desespero dos puristas e, principalmente, dos cervochatos, é uma lata.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

4 de abril

Amanhã é um dia de festa em Porto Alegre. E eu não poderia deixar de mencionar algo de tamanha importância e repercussão:

Neste sábado, 4 de abril, realiza-se na capital gaúcha o II Encontro Aberto da Acerva Gaúcha, Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul. A espectativa para o evento é tão grande que não há mais ingressos disponíveis aos atrasados. Mas os felizardos que garantiram a participação no evento poderão disfrutar da fina-flor da produção dos "paneleiros" gaúchos.

Sem dúvida será um evento tão grandioso que ofuscará todo o que demais acontecer em Porto Alegre neste dia.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ponto Final.

Na noite de ontem terminei mais uma obra de Shakespeare, desta vez foi a peça Noite de Reis.

Fazia tempo que tinha começado a lê-lo, mas parei após umas 60 páginas. Depois de cerca de um mês de um intervalo sem justificativas aceitáveis, recomecei do zero.

Acredito que até o grande Shakespeare sofresse momentos de faltas de inspiração, apesar de ser humanamente injusto esperar que todas as suas obras tivessem a grandiosidade de Hamlet, Otelo ou Rei Lear. O que é um problema, ao menos para mim que sempre tenho as maiores expectativas quando começo um livro do bardo. Confesso que me decepcionei um pouco com Noite de Reis, um livro apenas normal na minha modesta a amadora opinião.

Destaque para uma figura emblemática nas obras do inglês: o bobo, personagem espirituoso, irônico e oportuno, que sempre se destaca entre os "atores".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Seleção? Não, obrigado.

Pelo horário, o jogo da seleção brasileira contra o Peru deve estar no intervalo. Não sei o placar e nem me interesso em saber. Amanhã descubro pelo jornal ou pela internet. Há muito tempo que a seleção canarinho não desperta o meu interesse.

Mas lamento não poder ter assistido ao jogo entre Chile e Uruguai.

A crise econômica e eu II.

Eu já disse aqui que sentia-me culpado pela crise econômica que assola o planeta. Mas as sábias palavras do nosso também sábio presidente fizeram com que eu me sentisse muito melhor, ao afirmar que "É uma crise causada e fomentada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis..."

A tela branca do meu notebook reflete a alegria irradiada pelos meus olhos verdes...

terça-feira, 31 de março de 2009

31 de março

Há 45 anos, o Brasil começava a viver um dos momentos mais conturbados de sua história: inconformados com assumida afinidade ideológica do presidente Jango com o movimento comunista e temerosos com os rumos que o governo estava tomando, os militares resolveram depor o presidente e assumir as rédeas do poder. Era o início da Revolução de 64.
Pode parecer estranho, mas naquela época havia muita gente, inclusive pessoas esclarecidas e formadoras de opinião, que achavam que o comunismo era algo bom e que a União Soviética e Cuba eram exemplos a serem seguidos. O nosso presidente de então era um deles. É difícil afirmar que a continuidade de seu governo levaria o Brasil invariavelmente à (malfadada) aventura comunista, mas este risco existia e era real.
O governo militar teve muitos defeitos e exageros, mas é um alento saber que nos salvaram de algo muito pior.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Como deixar de ganhar um jogo fácil.

-Seja displicente;
-Perca gols fáceis, em sequência;
-Demonstre toda sua inexperiência e imaturidade;
-Não faça alterações no elenco, deixando em campo os jogadores cansados e no banco os motivados e descansados;
-Caso faça alguma alterção, que seja por lesão, colocando um volante em campo;

Ou...

Contrate o Celso Roth para treinar seu time.

Editado, dois minutos depois:
-Não conte com a sorte, ou com a falha do goleiro.

terça-feira, 24 de março de 2009

Todas as Histórias.

Um dos maiores problemas da internet é que a medida que o volume de informações interessantes que ela disponibiliza aumenta numa progressão geométrica, o tempo que dispomos para desfrutar de tudo isto continua a diminuir.

Só pra citar mais um caso destes, ontem recebi um e-mail informando que a revista Aventuras na História, da Editora Abril, disponibilizou em seu site o conteúdo de todas as edições já publicadas. Não sei se a novidade ainda está em fase de implantação, mas por enquanto somente os textos pode ser acessados, sem o conteúdo gráfico.

Mas já é uma ótima notícia (desde que vocês administre bem o tempo e não fique lendo as belas reportagens publicadas na revista até altas horas, como eu fiz ontem à noite), pois ela oferece um conteúdo bastante interessante e variado a respeito do tema do qual se propõem a tratar.

Aventuras na História surgiu como uma publicação ligada a revista Superinteressante, mas direcionada exclusivamente ao tema do título, mas ela acabou crescendo e se desvinculando da "mãe". Apesar de já ter visto em anúncios, efetivamente tomei conhecimento dela quando recebi alguns exemplares de cortesia, por ser assintante da própria Superinteressante. Eu dividia a assinatura com o meu irmão, mas o endereço de entrega era o daqui de casa. Na época, a Super não era tão eco-chata e anti-eclesial como é hoje, eu inclusive conseguia lê-la de "cabo-a-rabo", contrastando com a situação de agora, quando mal e mal consigo dar uma rápida passada em poucas reportagens. Meu irmão mantém sua assinatura, mas recebe direto lá em Porto Alegre. Digamos que, na minha opinião, a revista já foi bem mais interessante...

Mas voltando a revista em destaque: recebi, durante três meses três edições da Aventuras na História. Na condição de apaixonado pelo tema, de pronto me agradei pela linha editorial, pelo conteúdo e seu trabalho gráfico. Tão logo recebi o boleto propondo a assinatura aceitei a proposta. Apesar do pouco tempo para o crescente número de leituras que tenho a disposição, faço questão de continuar lendo esta bela revista, mantendo bem guardada minha coleção, que foi sendo incrementada com a compra de edições antigas.

Agora tenho todas as suas reportagens à disposição. Informação, diversão, cultura e entretenimento por um longo e agradável tempo.
Imagem: site da Aventuras na História

segunda-feira, 23 de março de 2009

Momento Twitter

Alguns minutos de sesta antes do trabalho é presença certo no Top 5 Melhores Coisas da Vida.

domingo, 22 de março de 2009

Leitores de fotos

A frase é do mestre Millôr Fernandes: “Uma imagem vale mais do que mil palavras. Agora tente dizer isso com uma imagem”.

Lembrei-me dela hoje pela manhã, quando estava cumprindo meu dever mensal de abrir e cuidar do Museu 25 de Julho, na minha Cerro Largo, tarefa esta que executo um domingo de manhã em cada mês, na condição de secretário do Centro Cultural 25 de Julho, entidade mantenedora do museu.

Como o fluxo de visitantes hoje estava meio baixo, aproveitei para usufruir da riqueza cultural que o acervo do museu oferece ao seu público. Comecei a folhear edições antigas do jornal Folha da Produção, especialmente do ano de 1982, buscando informações adicionais a respeito da conquista do Campeonato Estadual de Futebol Amador daquela ano, vencido pelo Aurora de Cerro Largo, e sobre o que escrevi neste último sábado no FutebolForça.com.

Mas o que realmente me chamou a atenção foram as diferenças entre os jornais locais daquela época para com o que temos hoje: é gritante a maior ênfase dada na atualidade ao aspecto visual, principalmente em relação aos fotografias, em detrimento ao conteúdo escrito.

É inegável que a enorme facilidade que temos na atualidade para capturar, editar e publicar imagens fotográficas contribui para esta significativa mudança, além do quê, uma reportagem ilustrada pode ser muito mais elucidativa, esclarecedora, didática e visualmente agradável. Mas a imagem devem ser um complemento ao conteúdo, e não a matéria por si só.

As edições de 20 e poucos anos atrás eram ricas em matérias, comentários e informações. Nomes de peso na cultura cerrolarguense, com Dr. Marcelino Kuntz, Almiro Spies, Pe. Roque Schneider, SJ, Max Dewes eram presença constante com belos e elaborados textos. Nas edições atuais dos dois jornais aqui da cidade, além do conteúdo informativo, ficamos sabendo quem estava em determidado baile e como foi a festa de aniversário de fulana, ou o chá de fralda de cicrana. Há muito menos conteúdo escrito do que há anos atrás, e eu não acredito que hoje haja menos assuntos para serem tratados ou noticiados do que naquela época.

Mas se a tendência é esta, os prováveis culpados são mais os próprios leitores do que a imprensa em si, pois esta tão somente age do modo a agradar os seus leitores, se é que ainda merecem serem chamados assim. Penso que definitivamente a alcunha que nossa cidade recebera de Berço Regional da Cultura perde cada dia mais a sua validade.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Caos

Parece que eu não fui o único a tomar cerveja estragada no St. Patrick's Day, ontem: pelos comentários que eu li na grupo de e-mails Cerveja Artesanal - Porto Alegre a reclamação de quem saiu para tomar uns pins de Guiness foi geral: bares extremamente lotados, com o mesmo número de garçons de dias normais, sem condições de atender os clientes de modo aceitável, filas, clientes mal servidos...

Não sabia que havia tantos devotos de São Patrício na capital gaúcha.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Caos

Parece que eu não fui o único a tomar cerveja estragada no St. Patrick's Day, ontem: pelos comentários que eu li na lista de e-mais da

Blau Berg Bier IV

Decepção...
Em pleno St. Patrick's Day abri a primeira Blau Berg Bier da segunda leva. Que decepção.
Logo ao abrir a garrafa, achei estranho o estouro um tanto quanto discreto. O aroma era praticamente idêntico ao da primeira leva, mas quando enchi o copo verifiquei que não formou espuma. Carbonação próxima a zero. Ou seja, falha no processo de fabricação.
O gosto ficou ruim, pior do que a primeira. É horrível este sentimento de ter regredido. E o pior que tenho um frigobar cheio de garrafas desta cerveja condenada.
Mas São Patrício não merecia tamanho desapontamento. Em memória ao santo que evangelizou toda a Irlanda (e aos meus amigos Everton, Mentges e Bley que foram no Shamrock tomar umas Guinness), apelei para a minha invejável adega. Como já tinha dito, estou sem stout, porter ou similares, então a escolhida da vez foi a Colorado Red Ale, que degusto agora. Que bela cerveja...
Pra mim, a cerveja tem que produzir uma bela, densa, saborosa, aromática e duradoura espuma. Ei de produzir eu mesmo uma cerveja assim. E aqui proponho-me um desafio: no St. Patrick's Day de 2010 estarei consumindo uma cerveja decente, por mim produzida.
Ou estarei com meus amigos, tomando umas Guinness...

terça-feira, 17 de março de 2009

St. Patrick's Day

Hoje é kerb na Irlanda: dia de São Patrício, ou St. Patrick, o santo padroeiro do país.

Patrick (cujo nome pagão era Maewyn), era um galês que se corverteu ao Cristianismo e cuja missão foi pregar a Palavra de Deus na Irlanda. Utilizando como estratégia principal e fundação de inúmeros mosteiros, atingiu o êxito em sua empreitada, e a Irlanda antiga tornou-se toda Católica, do empregado ao rei.

Os emigrantes irlandeses disseminaram a festa em diversos países, principalmente nos Estados Unidos, onde o dia é lembrado com a alegria e os excessos alcoólicos típicos dos habitantes do país.

Não terei nenhuma Guiness, ou qualquer outra stout ou porter para marcar a data. Terei que me contentar com uma red ale e com a primeira garrafa da segunda "panelada" da Blau Berg Bier.

domingo, 15 de março de 2009

Tatanka

Qual é a melhor cerveja?

Se esta pergunta me fosse feita alguns anos atrás poderia responder Brahma, ou Brahma Extra, ou até mesmo Serramalte, dependendo do quanto voltássemos no tempo, mas hoje teria dificuldade de respondê-la. Não só pela evolução do meu paladar, mas por hoje crer que também deve-se levar em consideração mais fatores, como o momento, o local, a companhia, dentre tantos outros, para que possamos avaliar o quanto algo nos é prazeiroso. Teria dificuldade em dizer se uma La Trappe Triple é melhor do que Colorado Demoiselle, as duas podem me proporcionar enorme satisfação, não poderia dizer, em definitivo, que uma é melhor do que a outra. Não consigo escolher uma para ser a melhor, mas posso citar quais cervejas me agradam muito e em cuja degustação não me decepcionam. E as três primeiras citadas neste parágrafo não fazem parte deste grupo.


O mesmo vale para comida. Não posso dizer que um churrasco sempre será a melhor comida entre todas, mas também não posso menosprezá-lo. Há ocasiões em que nada melhor do que um churrasco como prato principal, mas num jantar a dois não seria a melhor escolha.

Por isso que sempre que alguém me pergunta "qual é o/a melhor...?" sempre procuro responder com algumas reserva, principalmente para não correr o risco de me arrepender do que disse.


Vejam o caso do cinema: eu praticamente nunca assisto filmes. Creio que no ano passado não devo ter olhado nem cinco. Também por isso,acho difícil dizer qual é o meu filme preferido. Já foram muitos, e sempre perderam o seu posto de liderança. Um dos que frequentou o topo da lista foi Dança com Lobos (Dance with Wolves). Talvez tenha sido por este motivo que eu tenha resolvido assistí-lo ontem com minha família, mesmo que já tivesse visto-o mais de uma vez.

Como o filme é muito bom, não me decepcionei e nem me arrependi de ter ficado mais de três horas em frente à TV, apesar de ter dado algumas cochiladas. Recomendo-o e até posso assistí-lo novamente daqui muitos anos. Mas definitivamente não posso dizer que é o melhor filme que assisti na vida.



Foto: www.cinemaevideo.com.br

sexta-feira, 13 de março de 2009

Não matem as vítimas!

Sempre que vejo algo em jornal/revista/tv sobre odonto, torço para que nenhum paciente venha comentar ou perguntar algo sobre o fato. Por serem reportagens escritas, em sua grande maioria, por jornalistas e não por dentistas, muitas informações acabam sendo distorcidas da realidade. Nada contra os jornalistas, muito pelo contrário, mas não se pode negar que eles não têm os conhecimentos técnicos necessários para dissertar sobre o assunto.

Quando o assunto é Igreja, o meu receio é o mesmo, senão até maior. Toda e qualquer notícia sobre o assunto (em geral críticas ásperas) em tv ou jornal não católico devem ser vistas com precaução. E com o agravante que o problema no caso não é somente falta de conhecimento sobre o assunto, mas um forte e generalizado pensamento anti-eclesial nos meios de informação, como foi o caso do bispo pernambucano que teria excomungado uma criança de nove anos que, após ter sido estuprada pelo padrasto, engravidara de gêmeos (com quatro meses de gestação, assim como o exemplo da foto no final do texto, que acabaram abortados. Além da menina, o bispo também teria excumungado a mãe e os médicos que fizeram o procedimento.


Antes de apedrejarem os padres e as igrejas, sugiro que nos aprofundemos um pouco mais no assunto. Há excelentes sites católicos para tal: Zenit, ACI Digital, Cleofas, Canção Nova, além do próprio site do Vaticano.


O primeiro e necessário esclarecimento: o bispo não excomungou ninguém! Ele apenas lembrou o que o Código de Direito Canônico prevê para quem pratica ou ajuda a consumar um aborto: a excomunhão da Igreja, ou seja, o afastamento do estado de graça que inicia no batismo. É uma pena moral para nós Católicos, totalmente reversível após o arrependimento e a confissão. E quem garante que os médicos e a família eram Católicos?




Outra coisa: a menina realmente corria algum risco? Li na Zero Hora de hoje que uma criança de 11 anos deu a luz a uma menina nesta quarta-feira. Mãe e filha passam bem. Li também sobre uma caso ainda mais chocante, publicado na revista Época, onde uma menina peruana de apenas 5 anos também deu à luz. Será que não houve precipitação?


Resumindo: das três vítimas da história, resolveram que duas delas, justamente as mais indefesas, deveriam ser executadas. Triste o mundo em que vivemos…


quarta-feira, 11 de março de 2009

Cansaço

Estranho, não sei por que motivo me senti muito cansado no final da tarde de hoje. Estranho mesmo, pois ainda teria que ficar no consultório até perto das 20:00, como de rotina, e dificilmente o cansaço me atinge tão cedo.
Fiquei pensando qual seria o motivo: ontem dormi à meia-noite, o que é normal. Consegui ter uns 15 minutos de sesta após o meio-dia, o que é raro, mas teoricamente traria o efeito contrário, e não mais cansaço.
Seria nervosismo por causa do jogo do Grêmio que agora assisto? Afinal, estamos no dilema: precisamos vencer, mas com a vitória nosso técnico permanecer por mais tempo nos importunando. Claro que eu quero a vitória, mas também quer ver o meu Grêmio livre do Roth.
Bem, está dando certo, pois estamos vencendo. Mas o texto é sobre meu cansaço e não sobre futebol.
De repente me dou conta da razão: pela enésima vez estou recomeçando meu projeto permanente de reeducação alimentar (leia-se dieta, regime ou fome). Também, se até meu amigo Pe. Kiko disse ontem que eu havia engordado, acho que novamente cheguei a um patamar insustentável.
Mas desta vez é pra valer, assim como deveriam ter sido todas as outras. Estava cansado por ter comido muito pouco durante o dia. Sei que esta é, segundo os nutricionistas, a pior forma de se perder peso, mas é a única que funciona comigo.
Pelo menos faço meu jejum de Quaresma.

segunda-feira, 9 de março de 2009

High Fidelity é o K7

Nossa família sempre teve uma relação ambígua com as novas tecnologia: em alguns casos éramos precursores, em outros estávamos muito defasados.

Exemplos? Quem é que tinha um projetor de Super-8? Aqui em Cerro Largo sei de três apenas. No início da década de 80 éramos dos únicos a ter um “cinema em casa”. E quanto mais eu via mais eu gostava daqueles filminhos de pouco mais de sete minutos, em sua grande maioria desenhos animados: tínhamos do Pato Donald nos Andes, Branca de Neve, do Robin Hood. Que eu me lembro, o único que não era de animação era o “Se meu Fusca falasse”, sucesso entre os Jaeschke-Schneider. E se havia poucos projetores de Super-8, imaginem filmadoras neste formato? Papai tinha uma… Precisávamos ir até Santo Ângelo, deixar lá o rolo, e buscar o filme revelado alguns dias depois. Mas graças a ela que hoje temos o registro da nossa família em 1985.

Em contrapartida, o nosso primeiro aparelho de DVD foi adquirido há uns 4 anos, quando todo mundo já tinha o seu.

E o som: o pai tinha (e tem ainda) um toca-discos bem antigo, da Philips, provavelmente da década de 70. E dois toca-fitas: um também da Philips, com um microfone, e outro com rádio, da CCE, ambos “mono-deck”. Mas nunca tivemos o famoso “3 em 1”, com toca-discos, toca-fitas e rádio em um mesmo aparelho, que também todo mundo tinha. E eu nem conseguia ligar nossa “vitrola” nos toca-fitas pois era um outro padrão de plug. Ou seja, não tinha como gravar um disco em uma fita ou duplicá-las. Tanto que minha primeira fita de “Rock n’ Roll” (“O Papa é pop”, dos Engenheiros do Hawaii) foi gravada de modo mais viking possível: peguei nossos dois toca-fitas, coloquei a original no CCE e deixei o microfone do Philips ao lado dos auto-falante do primeiro. Ficou uma “maravilha”, mas escutei muito “Era uma garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones” nela.



Um dos problemas da idade, ao menos no meu caso, é que a gente vai ficando mais exigente, ou até mais enjoado, quando não os dois juntos. Uma das coisas mais legais que eu instalei no meu consultório (de onde escrevo agora), foi umas caixinhas de som que comprei na Santa Efigênia, em São Paulo. O som fica ótimo, uma qualidade incrível, e bem distribuído pela sala. E além de poder finalmente escutar os gigas e gigas de música que a internet nos disponibiliza, consegui me ver livre das rádios. Ligo o Winamp e esqueço…

E aí está o problema em estar mal acostumado. Domingo passado, consegui queimar o meu som. Não vou explicar como, pois neste blog até posso me expor ao ridículo, mas tudo tem seus limites. O que importa que queimei e pronto.

E agora, como iria trabalhar sem música? Putz, desde a época da faculdade, quando levava um radinho, passando por meu período em postos de saúde, com o o velho radinho sempre junto, juro que imaginei não ser possível trabalhar sem um fundo musical. Cheguei a pensar em pedir para a Franciele desmarcar os pacientes daquele dia. Mas não, levantei a cabeça e enfrentei a adversidade, sem cogitar a hipótese de ter que apelar para alguma rádio. Onde fica o meu orgulho?

Em alguns momentos, usei o som do notebook, pois precisava extrair alguns dentes de um paciente que estava muito nervoso, e caso alguém não saiba, música em ambiente odontológico não é só para agradar o profissional (o que já seria um motivo mais do que suficiente por si só), mas também para diminuir a tensão que invariavelmente o paciente acumula na cadeira do dentista. E como sabia que este gosta de música clássica (inclusive é pianista nas horas vagas), não arisquei: Nona Sinfonia de Beethoven.

Mas acredito que contribuí para aumentar o já visível nervosismo do meu paciente, pois a qualidade do som que esse tipo de autofalante produz é horrível. Pelo amor de Deus, ainda mais numa música trabalhada e cheia de arranjos com esta em questão. Foi quando me dei por conta: como poderia eu estar sendo tão exigente sendo que o meu início no mundo da música foi o pior possível em termos de qualidade sonora? Passei anos escutando fitas K7 pessimamente gravadas, com músicas pela metade, algumas vezes tendo que esperar horas com o rádio ligado e o toca-fita no REC+PAUSE, esperando a música desejando, que invariavelmente ficava registrada com a voz do locutor nos segundos finas… Puxa vida, eu passava por isso e muito mais e era feliz. Como posso ter me tornado assim chato?

Mas, graças a Deus, o som ficou pronto na quarta…

Foto: Vagalume

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