No próximo sábado terei uma tarefa hercúlea pela frente: precisarei ficar acordado boa parte da madrugada, senão em sua plenitude, pois vou a um casamento. E não pega bem o noivo sair cedo da festa.
Não estou apenas fora de forma no aspecto corpóreo: já não tenho a mesma capacidade de me manter desperto por altas horas, madrugadas a fio, seja intencionalmente, como em minha época de "guri novo", seja contra a vontade. Ao contrário do meu amigo Alex, minha produção mental é nula após a meio-noite.
Mas durante alguns anos minhas noites não foram tão plenas de descanso. Num diagnóstico leigo, posso dizer que sofri de insônia, lá pelos meus 10 aos 14 anos. Não era algo constante e acredito que estivesse relacionado a algum tipo de ansiedade, mas sei que era horrível: quando menos esperava, a dificuldade em adormecer se tornava latente, e minha mente continuava desperta, mesmo com o passar da noite. E o relógio cuco anunciava meia-noite, uma hora, duas... e o Germano acorado, virando de lado, procurando uma posição que hipoteticamente permitiria que eu me acomodasse melhor e adormecesse. Em vão.
As vezes eu levantava e ficava olhando pela janela. Não me lembro de ligar a tv ou rádio, talvez não o fizesse para não despertar mais ninguém. Mas era algo muito ruim, e esta situação me deixava muito nervoso, pensando que precisava logo adormecer pois no dia seguinte teria que acordar cedo, ir ao colégio, e... me preocupava e me estressava tanto com essa situação que essa mesma preocupação acabava me tirando completamente o sono...
Lembro-me de que usava alguns subterfúgios para resolver o problema: na onda do pensamento positivo, ficava repetindo mentalmente de modo incessante "vou adormecer, vou adormecer, vou adormecer...", ou "logo vou dormir, logo vou dormir, logo vou dormir...", ou ainda rezava, uma dezena de ave-marias, duas dezenas, três, até que eu finalmente adormecesse.
Acontece que os episódios passaram a ser cada vez menos frequentes, até que nunca mais tive problemas com sono. Muito pelo contrário, meu problema agora é ficar acordado. Tempos atrás, em uma formatura, estava praticamente dormindo em pé na festa, isso que não era nem duas da manhã ainda.
Pelo menos até hoje. Não sei se isso é motivo suficiente, mas pequenos detalhes como quem vai fazer a leitura na igreja, o frio glacial que a previsão do tempo prevê para a noite da festa, os gastos com o evento, os convidados que eu não sei se vem ou não, a trilha sonora, o nervosismo na missa, a valsa... e tem ainda a reforma da casa, a compra dos móveis, a mudança, de novo os custos... além da dificuldade em conciliar a resolução de todos estes problemas com minha intensa atividade profissional.
Acho que é por isso que estou acordade desde às 3:30, e é provável que eu nem vá dormir mais.
Que beleza: um monte de problemas para resolver, e terei que fazê-lo cansado.
Não estou apenas fora de forma no aspecto corpóreo: já não tenho a mesma capacidade de me manter desperto por altas horas, madrugadas a fio, seja intencionalmente, como em minha época de "guri novo", seja contra a vontade. Ao contrário do meu amigo Alex, minha produção mental é nula após a meio-noite.
Mas durante alguns anos minhas noites não foram tão plenas de descanso. Num diagnóstico leigo, posso dizer que sofri de insônia, lá pelos meus 10 aos 14 anos. Não era algo constante e acredito que estivesse relacionado a algum tipo de ansiedade, mas sei que era horrível: quando menos esperava, a dificuldade em adormecer se tornava latente, e minha mente continuava desperta, mesmo com o passar da noite. E o relógio cuco anunciava meia-noite, uma hora, duas... e o Germano acorado, virando de lado, procurando uma posição que hipoteticamente permitiria que eu me acomodasse melhor e adormecesse. Em vão.
As vezes eu levantava e ficava olhando pela janela. Não me lembro de ligar a tv ou rádio, talvez não o fizesse para não despertar mais ninguém. Mas era algo muito ruim, e esta situação me deixava muito nervoso, pensando que precisava logo adormecer pois no dia seguinte teria que acordar cedo, ir ao colégio, e... me preocupava e me estressava tanto com essa situação que essa mesma preocupação acabava me tirando completamente o sono...
Lembro-me de que usava alguns subterfúgios para resolver o problema: na onda do pensamento positivo, ficava repetindo mentalmente de modo incessante "vou adormecer, vou adormecer, vou adormecer...", ou "logo vou dormir, logo vou dormir, logo vou dormir...", ou ainda rezava, uma dezena de ave-marias, duas dezenas, três, até que eu finalmente adormecesse.
Acontece que os episódios passaram a ser cada vez menos frequentes, até que nunca mais tive problemas com sono. Muito pelo contrário, meu problema agora é ficar acordado. Tempos atrás, em uma formatura, estava praticamente dormindo em pé na festa, isso que não era nem duas da manhã ainda.
Pelo menos até hoje. Não sei se isso é motivo suficiente, mas pequenos detalhes como quem vai fazer a leitura na igreja, o frio glacial que a previsão do tempo prevê para a noite da festa, os gastos com o evento, os convidados que eu não sei se vem ou não, a trilha sonora, o nervosismo na missa, a valsa... e tem ainda a reforma da casa, a compra dos móveis, a mudança, de novo os custos... além da dificuldade em conciliar a resolução de todos estes problemas com minha intensa atividade profissional.
Acho que é por isso que estou acordade desde às 3:30, e é provável que eu nem vá dormir mais.
Que beleza: um monte de problemas para resolver, e terei que fazê-lo cansado.
Parabéns, Germano!
ResponderExcluirToda felicidade na nova etapa.
A respeito da insônia, eu tenho este problema algumas vezes, justamente quando sei que não posso estar cansado no outro dia. A ansiedade vai sabotando, e quando mais tarde fica, mais claro se torna que estaremos cansados, e aí o ciclo se retroalimenta.
De qualquer maneira, mesmo mal dormido, te desejo toda a sorte.
Abraço!
Contra insônia, leite quente com canela. E não é por causa da novela. Ou então, uma taça de vinho tinto...
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