Sempre gostei de acompanhar as corridas, e o faço desde então. Lia as reportagens nas Quatro Rodas, guardava os encartes no início das temporadas, assistia a todas as corridas. Será que alguém além de mim, do Reginaldo Leme e do Lemyr Martins lembram que existiram as equipes Wolf, Osella, Zakspeed, Eurobrum, Footwork, Forti Corsi e Simtek?
E como ancião na categoria, é evidente que acabei virando piquetista, e o que é pior, um piquetista xiita: vitórias do Senna eram capazes de estragar o meu humor pelo dia inteiro. As manhãs de domingo no final da década de 80 e comoço da de 90 foram extremamente deprimentes pra mim.
Mas aí veio a Williams Renault com controle de tração e, principalmente, Michael Schumacher. Podia não ser algo emocionante em termos de disputa, mas pelo menos divertia-me muito vendo o Senna sendo mero coadjuvante, sem conseguir um desempenho razoável, fazendo beicinho para poder correr somente com o melhor carro. E quando finalmente conseguira, não era capaz de fazer frente ao impetuoso alemão e sua Benetton Ford.
Como fã do Schumacher, não posso me queixar dos anos seguintes, apesar da enorme disparidade do campeonato. Passei a acompanhar a F1, mas com menos fervor. Os últimos 3 anos foram muito bons, mas não conseguiu causar em mim o mesmo entusiasmo.
Exceto no último domingo...
Não me lembro da última vez que tivesse me empolgado tanto com uma corrida de Fórmula 1. O final do Grande Prêmio do Brasil foi fantástico, vibrei muito com o Massa, e não escondi a frustração com o inespedado final.
Espero que seja o prenúncio da volta dos bons tempos da categoria.
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