sexta-feira, 13 de março de 2009

Não matem as vítimas!

Sempre que vejo algo em jornal/revista/tv sobre odonto, torço para que nenhum paciente venha comentar ou perguntar algo sobre o fato. Por serem reportagens escritas, em sua grande maioria, por jornalistas e não por dentistas, muitas informações acabam sendo distorcidas da realidade. Nada contra os jornalistas, muito pelo contrário, mas não se pode negar que eles não têm os conhecimentos técnicos necessários para dissertar sobre o assunto.

Quando o assunto é Igreja, o meu receio é o mesmo, senão até maior. Toda e qualquer notícia sobre o assunto (em geral críticas ásperas) em tv ou jornal não católico devem ser vistas com precaução. E com o agravante que o problema no caso não é somente falta de conhecimento sobre o assunto, mas um forte e generalizado pensamento anti-eclesial nos meios de informação, como foi o caso do bispo pernambucano que teria excomungado uma criança de nove anos que, após ter sido estuprada pelo padrasto, engravidara de gêmeos (com quatro meses de gestação, assim como o exemplo da foto no final do texto, que acabaram abortados. Além da menina, o bispo também teria excumungado a mãe e os médicos que fizeram o procedimento.


Antes de apedrejarem os padres e as igrejas, sugiro que nos aprofundemos um pouco mais no assunto. Há excelentes sites católicos para tal: Zenit, ACI Digital, Cleofas, Canção Nova, além do próprio site do Vaticano.


O primeiro e necessário esclarecimento: o bispo não excomungou ninguém! Ele apenas lembrou o que o Código de Direito Canônico prevê para quem pratica ou ajuda a consumar um aborto: a excomunhão da Igreja, ou seja, o afastamento do estado de graça que inicia no batismo. É uma pena moral para nós Católicos, totalmente reversível após o arrependimento e a confissão. E quem garante que os médicos e a família eram Católicos?




Outra coisa: a menina realmente corria algum risco? Li na Zero Hora de hoje que uma criança de 11 anos deu a luz a uma menina nesta quarta-feira. Mãe e filha passam bem. Li também sobre uma caso ainda mais chocante, publicado na revista Época, onde uma menina peruana de apenas 5 anos também deu à luz. Será que não houve precipitação?


Resumindo: das três vítimas da história, resolveram que duas delas, justamente as mais indefesas, deveriam ser executadas. Triste o mundo em que vivemos…


Um comentário:

  1. Eu acho que tinha que ser obrigatório, para o cara ser jornalista científico, um curso ou algo do gênero com noções básicas de fisiologia, histologia, biologia em geral. Neguim não distingue procarioto de eucarioto e quer fazer matéria sobre células troncos e etc., um absurdo.

    Quanto ao catolicismo, acho alguns de seus conceitos muito arcaicos ainda, mas respeito as posições. Defendo o aborto em algumas situações (estupro, risco de vida da mãe), mas no geral é falta de informação ou de prevenção mesmo. Pra trepar a maioria dos jovens são bem espertos, mas pra criar e educar um filho? E bah, vivemos num mundo onde constantemente crianças ficam grávidas. Isso é surreal, cada vez mais.

    Abs!!!

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