Há 45 anos, o Brasil começava a viver um dos momentos mais conturbados de sua história: inconformados com assumida afinidade ideológica do presidente Jango com o movimento comunista e temerosos com os rumos que o governo estava tomando, os militares resolveram depor o presidente e assumir as rédeas do poder. Era o início da Revolução de 64.
Pode parecer estranho, mas naquela época havia muita gente, inclusive pessoas esclarecidas e formadoras de opinião, que achavam que o comunismo era algo bom e que a União Soviética e Cuba eram exemplos a serem seguidos. O nosso presidente de então era um deles. É difícil afirmar que a continuidade de seu governo levaria o Brasil invariavelmente à (malfadada) aventura comunista, mas este risco existia e era real.
O governo militar teve muitos defeitos e exageros, mas é um alento saber que nos salvaram de algo muito pior.
Concordo, Germano.
ResponderExcluirAlém disso, tem coisas que parecem óbvias mas são veladas ou não comentadas na "mídia":
- os movimentos armados contra-Revolução (os mesmos que seus oriundos hoje recebem gorda pensão do governo federal), eram movimentos pró-ditadura comunista. Jamais lutaram para implantar a democracia no país, como é vendido atualmente, ainda que tacitamente e muitas vezes abertamente.
- os mesmos que se horrorizam com as mortes no período, além de não citarem números (porque estes ficam em torno de 400 - não que sejam poucos, 1 seria bastante, mas não há como não comparar -), defendem o regime comunista de Cuba (só por exemplo), país incomparavelmente de menor população que o Brasil, e que produz assassinatos em escala industrial, e que perduram até hoje, sob aplausos da claque "intelectual" brasileira e dita politicamente correta.
- o III Exército (que compreendia a Região Sul do Brasil) estava disposto a assegurar a democracia (já em 1961), e propuseram defender a posse de Jango, não sendo a proposta aceita pelo mesmo. Mais um episódio que a imprensa prefere não contar.