Identidade, carteira de estudante e dinheiro para a entrada e um lanche. Foi o que eu levei para assistir à minha primeira partida de futebol em São Paulo. Carteira, celular, cartão de crédito, aliança, máquina fotográfica, tudo isto ficou no quarto do hotel.
Eu estava na capital paulista para mais uma semana de estudos, e o meu Grêmio iria enfrentar o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro de 2006, na noite de quarta-feira. Decidi ver este jogo, nem que fosse no espaço reservado à torcida local. Talvez a precaução fosse exagerada, mas não queria arriscar.
Foram inúmeras as oportunidades em que me emocionei com o meu Grêmio, mas esta vez foi especial: chegando perto do enorme estádio, escutei o grito vindo das arquibancadas, cada vez mais nítido: Grêêêmiooooo, Grêêêmiooooo, Grêêêmiooooo... Eu, do lado de fora do maior estádio particular do Brasil, estava ouvindo o grito de uma só torcida, a torcida visitante, a torcida do meu time. E foi junto desta torcida que eu assisti ao meu primeiro jogo fora de Porto Alegre.
Pouco mais de 100 Gremistas cantando o jogo inteiro, diante de um Morumbi calado.
Nesse sábado, o meu Grêmio estréia no Campeonato Brasileiro 2008. Contra o mesmo São Paulo. No mesmo Morumbi. Finalmente terei futebol, depois de 1 mês pagando o pay per view à toa.
A única foto que eu tenho daquela noite de 2006 é esta que um colega tirou com o celular. Mas as imagens daquele jogo ficarão para sempre na minha memória.
Isso se eu não tiver Alzheimer.
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