“Uhm, será que levo essa Eisenbahn Pilsen ou umas Nova Schin?”
“Carne Ok; carvão Ok; agora só falta a cerveja: não sei se pego Glacial ou Eisenbahn Dunkel .”
“Compramos o quê: Primus ou Eisenbahn Strong Golden Ale?”
Definitivamente, estas não são frases que se ouve junto à gôndola do supermercado. Apesar de ser tudo cerveja, são produtos diferentes: um lado, voltado ao consumo em massa, o outro se identificando com uma clientela mais exigente, que não se importa em pagar um pouco a mais para usufruir de um produto diferenciado.
A compra da Cervejaria Südbrack (que fabrica a Eisenbahn) pelo Grupo Schincariol não tem como objetivo eliminar a concorrência (como foi o caso da compra da Conti pela Inbev), mas sim possibilitar a entrada da cervejaria de Itu no crescente mercado das cervejas “especiais”, algo que dificilmente conseguiria fazer criando algo novo vinculado à marca Schin.
A mesma Inbev que produz a Skol também produz as excelentes Leffe, Hoegaarden e Franziskaner. Acredito (e desejo) que esta seja a idéia da Schincariol.
O que pode causar lamento é o fato de que mais uma vez Golias venceu Davi. A Eisenbahn sempre serviu de exemplo tanto para as outras microcervejarias e homebrewing quanto para os consumidores, sendo que para muitos destes a garrafinha com a locomotiva no rótulo foi o primeiro contato com as cervejas especiais. Mas pude ver em minha visita que a estrutura deles era muito superior às outras microcervejarias catarinenses. Ou eles tinham que vender muito, ou precisavam de alguém com condições de bancar tamanho investimento, ou se iriam se endividar.
É provável que o sabor permaneça igual, mas não vai ser mais a mesma coisa...
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