terça-feira, 28 de abril de 2009

R.I.P. Pontiac

No mundo dos negócios não há lugar para sentimentalismos: afinal, quem irá bancar uma marca se esta não dá o almejado retorno financeiro, seja por incompetência administrativa, ou seja por qualquer outro motivo?

Bem, se civilizações, impérios e bandas de rock não são eternas, porque as marcas de automóveis seriam? Ontem li no jornal que a gigante porém atualmente cambaleante General Motors estaria retirando a marca Pontiac do seu vasto portfólio, encerando mais de 80 anos de produção de automóveis com o nome do chefe indígena que comandou uma revolta contra os colonizadores ingleses na região dos grande lagos.

Desde que Gottlieb Daimler colocou sua carruagem propulsionada por um motor à combustão interna a circular pelas estradas alemãs em 1886, diversos eventos obrigaram a indústria automobilística e se adequar ao mercado, como na introdução da linha de montagem, as Guerras Mundiais, a crise de 1929, o aumento no preço do petróleo, o crescimento das indústrias do extremo oriente, entre outros. Por causa destes e outros momentos conturbados, marcas como Auburn, Cord, Duesenberg, Hudson, Kaiser, Marmon, Studebaker, Graham-Page, Nash (além de outras fora dos Estados Unidos) desapareceram, mantendo-se vivas apenas nas memórias e garagens de antigomobilistas. A Wikipédia (sempre ela) tem uma lista bem interessante e ampla destas "fábricas de automóveis 'defuntas'". Até mesmo as grandes empresas não passaram imunes a estas turbulências, e marcas como La Salle, Oldsmobile (ambas da General Motors), DeSoto e Plymouth (Chrysler) hoje fazem parte desta lista.

A crise financeira que começou no ano passado também atingiu a indústria automobilística, afetando principalmente Chrysler e GM, ambas com a corda no pescoço, cada vez mais apertada. Dentre as medidas adotadas na tentativa de não sucumbir, a segunda resolver descontinuar a sua marca de esportivos, famosa pelo Pontiac GTO, o pioneiro dos muscle cars norte-americanos.


Deixará saudades, sentimento este que o mercado desconhece.

Foto: Wikipédia

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ponto Final.

Eis um livro que me surpreendeu: Uma História que não é Contada, de Felipe Aquino, membro da Comunidade Canção Nova, onde ele relata, ao contrário do que tanto se apregoa por aí, a importância crucial da Igreja no desenvolvimento civilização moderna.


O autor cita inúmeros exemplos de inúmeras atividades que, graças ao trabalho da Igreja e de seus filhos, sobreviveram ao século, floresceram ou se desenvolveram, tais como agricultura, arquitetura, música, canto, pintura, escultura, alfabetização, ensino superior (universidades), preservação da cultura greco-romana, filosofia, comércio, livre mercado, astronomia, matemática, física, sismologia, genética, vitivinicultura (o que ADHD já antecipara aqui), direito, assitência hospitalar, relações de trabalho, geometria, industrialização, mineração, fabriação de queijos, irrigação, trabalho com vidro e cerâmica, zoologia, botânica, fabricação de relógios, metalurgia, óptica, geologia, meteorologia (ufa), estudo de línguas, etc.

Mas é uma pena que a sociedade de hoje prefere supervalorizar os erros de alguns filhos da Igreja, ignorando seu imenso e positivo legado nestes dois mil anos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia da Cerveja Alemã

Graças ao Bob (não o Marley, mas o Fonseca), fiquei sabendo que hoje, dia em que a publicação do Reinheistgebot completa 493 anos, comemora-se o Dia da Cerveja Alemã. Seguindo o conselho deste que é uma das minhas principais fontes que utilizo para aprimorar meus conhecimentos sobre tão nobre assunto, reservarei uma alemã de lei para meu final de dia.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

IR

Minha ocupação para os próximos dias:
fonte: www.zerohora.com

terça-feira, 21 de abril de 2009

Habemus inverno

Calça comprida, moleton, meia e alparagatas dentro de casa, cobertores e vinho no lado de fora, esfriando na temperatura ambiente.

Graças ao bom Deus, o inverno está voltando.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Eu não gosto de futebol!

Verificando a lista de assuntos sobre os quais escrevi até então neste espaço, o nobre esporte bretão se sobressai sobre todos os demais, inclusive sobre as bobagens. E isso que durante o 2009, dediquei apenas dois pequenos textos ao tema.

O motivo desta diminuição se deve ao meu outro blog, o Futebol Força (para os íntimos: FF.com), um projeto mais sério e bem intencionado.

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A propósito, não sei mais por tempo escreverei lá. Por mais entuasiasta que eu seja da idéia, lamento pelo fato dele ter sido praticamente abandonado pelos demais colaboradores: dos dez textos mais recentes, que aparecem na página inicial, sete são meus. Penso que um blog que almeja um pouco mais de notoriedade, como é o caso do FF.com, precisa de atualizações mais frequentes, pelo menos uns três textos semanais. Mas não queria e nem teria como me dedicar tanto assim, já tenho um pouco de dificuldade em escrever um por semana, sem deixar o ADHD de lado, além de não desejar que o espaço se torne exclusivo meu.

É uma pena, mas já estou pensando seriamente em distribuir currículos em outros blogs, vai que alguém esteja precisando de colaboração...
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Voltando ao texto, escrevo bastante sobre o tema por me envolver e acompanhar o esporte. Mas estou chegando à uma conclusão inquietante: acho que eu não gosto de futebol!


Pago R$ 59,90 por mês para assistir aos jogos dos Campeonatos Gaúcho e Brasileiro em casa. Como já aconteceu no ano passado, o PFC (canal do ppv) disponibilizou os jogos da fase final de todos os campeonatos que transmite a todos os assinantes: ou seja, eu tenho à disposição jogos decisivos dos torneios gaúcho, carioca, paulista, mineiro, catarinense, paranaense e goiano. isto sem contar com aqueles transmitidos pela ESPN (cujo sinal também recebo) e a tv aberta, com as ligas europeias.

Neste fim-de-demano não assisti a nenhum jogo, nem sequer parte de algum deles, tanto no sábado quanto no domingo.

Como dizer que gosto de futebol se abro mão de acompanhar tantos jogos decisivos?

Pra ser sincero, dificilmente vejo um jogo que não seja do Grêmio. Num rara exercício de memória, cito River Plate x Nacional e Guaraní-Py x Boca, ambos pela Libertadores e há pouco tempo. Mas compreende-se pelo fato de eu ser um grande admirador do futebol sulamericano, e a Libertadores é um torneio que me fascina, inclusive por razões extra-campo.

Parece que realmente não gosta tanto assim de futebol.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Todos os meus celulares

Dias atrás, meu amigo Guilherme escreveu contando sobre os celulares que ele já teve, encorajando-me a fazer o mesmo. Minha lista é bem mais modesta e, ao contrário da dele, prima pela fidelidade a uma única marca e a uma única operadora, mas por razões bem simples, que serão explicadas no decorrer do relato:
Ganhei meu primeiro celular na noite do dia 12 de janeiro de 2001, nas dependências da churrascaria Nova Bréscia, zona norte de Porto Alegre. Lembro-me de tantos detalhes por se tratar da janta da minha formatura. Meus amigos contribuiram com uma quantia (algo entre R$ 15,00 e R$ 20,00, um valor bem razável para a época e para estudantes sem renda fixa), mas como tenho poucos (mas bons) amigos, papai teve que cobrir a diferença. E ganhei meu Nokia 5120i, um clássico, que possibilitava fazer e receber chamadas, mandar mensagens de texto, brincar com alguns jogos toscos e me acordar.


Como o presente fora comprado na capital, seu prefixo era o 51, e tão logo pude troquei para um 55, que mantenho até hoje. Pré-pago.

Depois de três anos com este enorme celular estragando os bolsos das minhas calças, a bateria começou a dar sinais de exaustão. Então decidi que melhor do que investir numa bateira nova era comprar um telefone novo. E comprei-o sim senhor, um Nokia 1200, um pouco menor que o anterior e sem a característica antena, mas com os mesmos recurso. Paguei os mesmos R$ 299,00 gastos por meus amigos e meu pai pelo meu primeiro celular.

Não me lembro do que se sucedeu, mas sempre tive o péssimo hábito de deixar cair meus celulares. Acontece que tive um problema com este, acho que foi uma pane, ou visor quebrado, não recordo, mas que me levou a comprar outro, após apenas um ano de uso.

Não tenho receio em afirmar que o Nokia 2112, o escolhido da vez e pelo qual desembolsei R4 249,00, foi o melhor celular que eu já tive, pois além de telefone, despertador, relógio, calendário e de ser bem menor do que os outros, ele oferecia algo fantástico que nunca mais encontei em nenhum outro: uma lanterna. Que troço útil. Os celulares de hoje têm conexão à internet, possibilitam assitir TV, fazem fotos e vídeos, têm GPS, visor colorido, touch screen, tocam MP3 e o diabo a quatro, mas nenhuma dessas ditas maravilhas tecnológicas vem com lanterna. Será que somente eu sinto falta deste ítem?



Infelizmente meu 2112 estragou. Não sei bem certo, ele simplesmente não funcionou mais, também após um ano de uso. Procurei pelo mesmo modelo, ou sua evolução, mas não encontrei nenhum, nem similar. Optei pelo Nokia 1661, meu primeiro celular com visor colorido e com chip, mas com um software mais simples que o anterior, sem calendário, e não possibilitando agregar dois números num mesmo contato. Paguei R$ 179,00. E o tenho até hoje. Pra variar, logo que o comprei deixei-o cair, trincando o visor.



Sempre tive Nokia por serem telefones baratos e simples, e permitem que eu faça aquilo que eu gostaria que um celular fizesse: funcionar como um telefone, originando e recebendo chamadas; e sempre mantive o mesmo número por razões comerciais, pois clientes antigos costumam a guardar meu número. Agora, com a portabilidade, já posso pensar em trocar de operadora, mas somente se tiver bons motivos para tanto. Ruim por ruim, todas têm seus defeitos.

Celular é algo bastante útil porque possibilita que você seja encontrado (o que é bom no caso da minha profissão), mas é muito ruim porque possibilita que você seja encontrado (o que pode ser ruim na minha profissão e é ruim para a privacidade). Gostaria de poder não ter um, mas preciso dele. Se bem que é só desligá-lo ou não atendê-lo, quando fiz logo depois do último Grenal, quando ele começou a tocar. Só no outro dia que descobri se tratar de um paciente…
Mas ao menos me dou ao luxo de ter um chip “de férias”, cujo número só minha família conhece.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um carro bom.

Se eu fosse escolher um carro, o que eu levaria em consideração?

Bagagem: um dos primeiros ítens que eu iria avaliar seria o porta malas: não quero me privar de carregar o que eu quero. Não precisa ser uma wagon, mas um sedã com um porta malas generoso, que permita, além das bagagens, carregar algumas caixas de vinho numa viagem a Posadas, isto é fundamental.

Consumo de combustível: ponto fundamental para quem gosta de pegar a estrada, ainda mais com o preço absurdo dos combustíveis (afinal, as obras do PAC precisam ser financiadas). Carro meu tem que ser econômico.

Discrição: nada de carros chamativos. Não quero ostentar o que não tenho, ou o que não gostaria que os outros soubessem que eu tenho.

Preço: minha situação não permitiria gastos elevados com um carro, logo, o preço dele é fator determinante.

Básico: acho que nem preciso dizer que ar-condicionado é condição sine qua non.

Há muitos carros bons no mercado e que se enquadram nos requisitos acima. Mas um que me chamou a atenção foi o novo Voyagem. Um carro que me agrada, sem dúvidas.



domingo, 5 de abril de 2009

O prazer de acordar cedo

Sempre gostei de acordar cedo, inclusive aos domingos. Não tenho paciência para ficar o dia inteiro deitado na cama, apesar de não dispensar uma boa sesta no final de semana. Mas hoje fiz algo que não fazia há anos: acordar mais cedo para assistir a uma corrida de Fórmula 1.

Sempre fui fã da categoria, e minhas primeiras lembranças das corridas são anteriores às lembranças fustebolísticas. Mas infelizmente os últimos anos não haviam sido muito atraentes para seus admiradores: campeonatos concentrados nas mãos de poucos pilotos, somente uma ou duas equipes com chances reais de vitória, corridas monótonas, sem ultrapassagens, um tédio.

Mas a última e inusitada corrida do ano passado foi o prenúncio de boas novas para o circo da Fórmula 1. Neste ano algo totalmente inesperado está acontecendo, com as antigas favoritas andando no pelotão de trás, equipes novas ou com pouca tradição disputando corridas e, principalmente ultrapassagens, muitas ultrapassagens. É por este motivo que hoje, às 5:55, eu já estava em frente à TV, com meu mate cevado.

Não me arrependo nem um pouco, pois presenciei um belo espetáculo, digno dos bons tempos da competição.


Dizem que além das restrições ao uso de recursos aerodinâmicos, algumas equipes estão fazendo uso de um tal de difusor para se beneficiarem. Se for assim, por favor, alguém invente um tal de difusor para ser usado no futebol, principalmente no europeu.

sábado, 4 de abril de 2009

A Estrela Artois

Sabe aquele cara que entende tudo de vinhos, e faz questão de demonstrar a todos seu conhecimento a respeito de taninos, aromas, corpo, varietais, terroir, safras e harmonizações gastronômicas? É o tal do "enochato". Evite amizades com este tipo de pessoa, ou corte logo seus comentários inoportunos.

Infelizmente tem surgirdo uma nova classe de desagradáveis sabichões: a popularização da cultura cervejeira está fazendo com que os primeiros "cervochatos" dêem as caras e os palpites. Com profundos conhecimentos de maceração, leveduras, aromas, marcas e maltes, eles chegaram para infernizar o universo do homebreewing. Mas o conselho é a mesmo: evite-os ou reprima-os. Sempre que alguém utilizar a expressão "diacetil" por três vezes ou mais no mesmo texto ou diálogo, torça o nariz e procure uma parede para se esconder.

Certa feita, um conceituado cervejeiro artesanal publicou um relato de sua visita a um bar em Buenos Aires que serve cervejas artesanais. As orelhas dos proprietários devem estar vermelhas até hoje.

Confesso que, certas vezes, tenho medo de ser um "cervochato", principalmente quando converso com pessoas que só conhecem as pale lagers padrão Brahma. É muito chato passar por chato. Dias atrás, num churrasco entre amigos, um conhecido perguntou se eu já tinha tomado a Stella Artois (com o sotaque brasileiro).O que eu poderia dizer? Que sim, que conhecia esta cerveja lager da Bélgica, umas das poucas cervejas belgas deste estilo conhecidas justamente em um país famoso pela diversidade e criatividade de sua escola cervejeira, carro chefe da mostruosamente gigante InBev-Budweiser, produzida desde 1926, apesar do rótulo conter a data 1366, em alusão ao começo da atividade cervejeira na cidade de Leuven, berço da marca, que é uma cerveja com pouco corpo e que...

Não, eu não poderia fazer isso. Minha reputação poderia ser seriamente manchada. Optei por simplesmente responder: "sim, já tomei na Argentina". Ele completou dizendo que gosta muito que traz ela "do outro lado", mas que considera um "trago caro". Novamente primei pelo silêncio, lembrando-me das Unibroue da minha adega.

Bem, neste momento em que o pessoal da Acerva Gaúcha faz o seu evento aberto em Porto Alegre (o único evento digno de nota naquela cidade neste dia), vou pegar minha Stella Artois que deixei na geladeira e para marcar meu sábado de meio-dia.

E para o desespero dos puristas e, principalmente, dos cervochatos, é uma lata.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

4 de abril

Amanhã é um dia de festa em Porto Alegre. E eu não poderia deixar de mencionar algo de tamanha importância e repercussão:

Neste sábado, 4 de abril, realiza-se na capital gaúcha o II Encontro Aberto da Acerva Gaúcha, Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Sul. A espectativa para o evento é tão grande que não há mais ingressos disponíveis aos atrasados. Mas os felizardos que garantiram a participação no evento poderão disfrutar da fina-flor da produção dos "paneleiros" gaúchos.

Sem dúvida será um evento tão grandioso que ofuscará todo o que demais acontecer em Porto Alegre neste dia.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ponto Final.

Na noite de ontem terminei mais uma obra de Shakespeare, desta vez foi a peça Noite de Reis.

Fazia tempo que tinha começado a lê-lo, mas parei após umas 60 páginas. Depois de cerca de um mês de um intervalo sem justificativas aceitáveis, recomecei do zero.

Acredito que até o grande Shakespeare sofresse momentos de faltas de inspiração, apesar de ser humanamente injusto esperar que todas as suas obras tivessem a grandiosidade de Hamlet, Otelo ou Rei Lear. O que é um problema, ao menos para mim que sempre tenho as maiores expectativas quando começo um livro do bardo. Confesso que me decepcionei um pouco com Noite de Reis, um livro apenas normal na minha modesta a amadora opinião.

Destaque para uma figura emblemática nas obras do inglês: o bobo, personagem espirituoso, irônico e oportuno, que sempre se destaca entre os "atores".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Seleção? Não, obrigado.

Pelo horário, o jogo da seleção brasileira contra o Peru deve estar no intervalo. Não sei o placar e nem me interesso em saber. Amanhã descubro pelo jornal ou pela internet. Há muito tempo que a seleção canarinho não desperta o meu interesse.

Mas lamento não poder ter assistido ao jogo entre Chile e Uruguai.

A crise econômica e eu II.

Eu já disse aqui que sentia-me culpado pela crise econômica que assola o planeta. Mas as sábias palavras do nosso também sábio presidente fizeram com que eu me sentisse muito melhor, ao afirmar que "É uma crise causada e fomentada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis..."

A tela branca do meu notebook reflete a alegria irradiada pelos meus olhos verdes...
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