domingo, 29 de agosto de 2010

Eleições

Faz muito tempo que eu não perdia meu tempo com a propaganda política na tv. Acho que eu até assistia mais quando nem tinha título de eleitor. Mas nessa semana assisti por duas oportunidades, um pouco pelas minhas dúvidas em relação às eleições legislativas, outro tanto por curiosidade.
Algumas considerações a respeito do que vi:
- como a esquerda sabe fazer propaganda, os caras são muito bons nisso mesmo. Aliás, em todas as artes eles se destacam;
- falando em esquerda, é apavorando o número de legenda de esquerda neste pleito, principalmente dos nanicos. Se bem que historicamente esse pessoal nunca se acertou: era socialistas x comunistas, bolcheviques x mencheviques, stalinistas x trotkistas, PCB x PCdoB, perestroikistas x não-perestroikistas, Dirceu x Palocci...
- e a direita, ou os conservadores, cadê? Tem um ou dois partidos nanicos que dizem "defender a família". E só, nada significativo;
- se defender a família e os valores tradicionais não dão voto, por outro lado é apavorante o número de candidatos e legendas que assumem a bandeira da viadagem. Vi até uma imagem com umas bixas se beijando, em pleno horário nobre.
- a principal argumentação mostrada pelo PT em favor de sua candidata foi o fato de que ela é mulher. Será que existe gente que define seu voto por um argumento destes?
- muito estranho o PSDB ser tão pouco agressivo em relação à sua adversária. Nenhuma menção ao seu envolvimento com terrorismo no passado.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Milhas

- Olá, bem vindo à TAM, meu nome é Suelen, para onde você quer voar?

- Oi, meu nome é Otávio, e eu queria comprar duas passagens de Cuiabá para a Cancún utilizando minhas milhas do Fidelidade TAM.

- Qual é o número do seu Fidelidade TAM, por favor?

- 69130666.

- Sr. Otávio Nicolas Carvalho.

- Eu mesmo.

- Só um minutinho por favor ( … ) Sr. Otávio, lamento mas a quantidade de milhas que o Sr. acumulou não é suficiente para a troca por duas passagens de ida-e-volta para este roteiro.

- Moça, acho que houve um engano, eu verifiquei ontem à noite meu extrato, e havia sim a quantidade de milhas necessárias.

- Aguarde mais um momento que eu vou estar verificando novamente ( … ) seu Otávio, aqui não consta nenhuma solicitação de troca de milhas por passagens nos últimos 10 meses, seu saldo atual é de 42.000 milhas.

- Isso mesmo, foi esse número que eu vi ontem. E se com cada 10.000 milhas eu consigo uma passagem, tem o valor suficiente para 2 ida-e-volta.

- Acontece, Sr. Otávio, que para o México são necessárias 20.000 milhas por trecho voado.

- Como assim? Eu li no site da empresa que 10.000 milhas acumuladas podem ser trocadas por uma passagem para qualquer destino na América do Sul.
- Exato, mas aqui no sistema consta que para o México são necessárias 20.000 por trecho.

- Deve haver algum engano, minha senhora. O México fica na América do Sul. Esses dia teve até um time mexicano disputando a final da Libertadores.

- Eu sei, meu senhor, mas aqui no sistema consta outra informação. Vou estar entrando em contato com o supervisor para verificar o porque que está acontecendo isso. Você aguarde uns minutos na linha, por favor.




- Sr. Otávio, bom dia, meu nome é Vitório Roth, sou supervisor da central de vendas de passagens da TAM, e em que posso ajudá-lo?

- Olha, meu amigo, eu só queria saber porque preciso de 20.000 milhas para trocar por passagens para o México, se para os outros países da América do Sul bastam 10.000?

- Realmente, meu senhor, estou verificando aqui. É muito provável que tenha havido um erro no nosso sistema. Não teria porque haver uma diferença entra as milhas necessárias para ir para o México e para os outros países da América do Sul. Teve um jogo da Libertadores com um time do México esses dias, não teve? Pois é. Mas infelizmente não podemos fazer sua solicitação pois o sistema não permite. Mas vou estar passando o telefone novamente para a Suelen anotar seus dados, que dentro de 24 horas entraremos novamente em contato com o senhor. A TAM agradece a sua ligação, e tenha um bom dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aventuras Gastronômicas em Salvador II, ou o dia em que comi lagosta

Considero um desafio escrever sobre comer lagosta sem parecer esnobe. Mesmo assim, sei que se algum militante do PSTU ler isto irá me chamar de burguês. Mas como estatisticamente é muito improvável que entre os poucos leitores do blog haja um dos pouquíssimos militantes do PSTU, minha tarefa se torna mais fácil. Mas é inegável que este crustáceo está intimamente associado a refeições refinadas, restritas a uma pequena e afortunada parcela da população. Mas começarei meus relatos por esta experiência, e no final explicarei o porquê.
Apesar de gostar muito de frutos do mar, ainda não tinha provado esta iguaria. Não somente por questões financeiras, mas até por falta de oportunidade. Afinal, lembro-me de apenas uma vez em que vi seu nome no cardápio do restaurante ao escolher meu prato, no Donde Augusto, no Chile. Mas se por um lado seu preço atinge cifras exorbitantes e até proibitivas em restaurantes, é possível economizar uns bons trocados indo direto à fonte.

 Enfim, como estávamos hospedados na Barra (só pra lembrar, estou, ou melhor, estava em Salvador, na Bahia, com minha esposa), resolvemos aproveitar a praia junto ao forte. Era junho, então havia poucos turistas e as areias eram praticamente só nossas e dos vendedores. Um deles, um "nativo", abordou-nos com um isopor, mostrando-nos duas lagostas vivas, uma bem grande e outra menorzinha. Após uma não tão ferrenha negociação, combinamos o valor de 4o pila pelos dois bichinhos. E ele correu para um dos quiosques perto do forte, para prepará-las, não nos dando oportunidade de mudar de ideia. Se fôssemos provar o prato em algum restaurante, com certeza o valor atingiria os 3 dígitos.

Não vou descrever aqui o modo como elas são mortas. Tenho medo de represálias do lobby natureba.
Um tempo depois o rapaz chega com nosso prato, caprichando na apresentação. E nos deliciamos, em frente ao mar, sob o sol da Bahia (mentira, estava nublado e até chuviscando um pouco. Só não fomos embora porque estávamos esperando pela comida).

Não sei se foi o excesso de expectativa por finalmente provar tão famoso prato, ou as condições pouco favoráveis de preparo, ou a imperícia do "chef du quiosque", só sei que esperava muito mais da tal da lagosta. Não que fosse ruim, mas sei lá, posso até mudar de opinião se tiver uma segunda oportunidade de prová-la, mas a princípio confesso que fiquei um pouco decepcionado.
Mas deixa de frescura, Germano. Logo tu querendo fazer pouco caso de comida. Tava bom sim, muito bom. Recomendo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aventuras Gastronômicas em Salvador I

Não entendo como as pessoas podem dar tanto valor ao futebol: existem coisas muito mais importantes e até reconfortantes do que o esporte bretão. Viajar, por exemplo. Tu até pode te decepcionar com uma viagem, mas nunca será algo tão injusto como acontece no futebol, quando qualquer time, na base da sorte, disputa um campeonato mundial mesmo sem precisar vencer no seu continente. Você nunca compra uma passagem para Bariloche e vai parar no Centro Germânico-Missineiro em São Pedro do Butiá. Ao viajar estamos livres dos dissabores que o futebol comumente nos proporciona.
Mas chega de falar disso, tratemos de algo muito melhor e que está intimamente relacionado com viajar: comer. Tá, eu sei que comemos mesmo quando estamos em nossas casas, as vezes até demais, mas estou me referindo às experiências gastronômicas que as viagens nos possibilitam.
Não sei se já contei aqui, acho que não, mas no ano passado minha esposa e eu passamos nossa lua de mel em Salvador, na Bahia, local não só famoso em termos turísticos, mas que possibilita um contato com uma realidade gastronômica bem distinta da que temos aqui nas missões.
Claro que você pode passar por Salvador e comer apenas "comida internacional" ou no McDonald's. Mas isso seria um desperdício. Podemos até nos deparar com pratos, digamos, diferentes, mas uma viagem nunca está completa se não experimentamos a culinária local. E foi o que fizemos em Salvador, e isto que pretendo contar aqui. Provável que seja mais umas série de relatos que não terminarei, ou até nem passe do primeiro texto, mas minha ideia é relatar um pouco daquilo que a capital baiana nos proporcionou em relação à gastronomia.


Eis a série:
Aventuras Gastronômicas em Salvador II, ou o dia em que comi lagosta

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mundo Injusto

Não sei se é por falta de embasamento teológico, ou por eu rezar menos do que deveria, mas tenho sérias dificuldades para entender como Deus permite as inúmeras injustiças que infestam nosso mundo. É triste, muito triste ver a sua volta e perceber que tanta coisa está acontecendo com não deveria, e o que é ainda muito pior, não conseguir fazer nada que impeça ou atenue tamanhas injustiças.
Sei que existe livre arbítrio, sei que destino é bobagem, mas Deus deveria fazer alguma coisa. É muita injustiça, muita mesmo, uma após a outra.
Definitivamente, a humanidade não tem mais solução.
Faça alguma coisa, meu Deus!
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