terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Esclarecimento

Como vou ficar off line por uns dias, gostaria de expressar minha opinião aqui antes do desenrolar dos fatos: sou absolutamente contra a volta de Ronaldo de Assis Moreira para o Grêmio, e pretendo explicar meus argumentos mais adiante, independente do destino final deste ex-jogador.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O maior fiasco da história do futebol


Nos últimos 4 anos, o Rotary Club de Cerro Largo teve 4 dos candidatos que indicou contemplados com intercâmbios no exterior, algo que nos orgulha muito. Mas esta excelência não é mérito do presidente da comissão responsável por este setor no clube (este signatário), mas sim pelo fato de sempre indicarmos candidatos competentes. Se escolhermos um Pedro Bó qualquer para participar da seleção, como aquele que está atravessando a rua ali na frente, além deste ser reprovado, passaremos por grande constrangimento, pois é o nosso clube que estará lá sendo representado por esta pessoa. Indicando bons candidatos, além de mostrarmos a nossa preocupação e a seriedade com a qual tratamos o programa, aumentamos consideravalmente as chances de termos alguém selecionado. É o nosso nome que está em jogo, assim como o da nossa cidade.


Por isso que eu não concordo com aqueles que tentam encontrar um culpado interno para o fracasso do inter em Abu Dhabi, quando protagonizou o maior fiasco da história do futebol mundial ao ser derrotado por aquele time da África que ninguém conhece, acho que o nome é Zambezi, ou Mezzenga, algo assim, algum time lá do Zaire. Nunca antes na história deste esporte uma equipe sulamericana deixara de disputar o título mundial de clubes. Em condições normais e pelo atual progresso do futebol nos outros continentes, isso não poderia acontecer pelos próximos 200, quiçá 300 anos.


Mas aconteceu, aconteceu sim senhores. E quem seria o culpado? O técnico Celso Roth? Os jogadores? Os dirigentes? A imprensa?


Nenhum deles.


O grande culpado, no caso culpada,ou a responsável por este vexame mora no Paraguai e responde pelo nome de Confederación Sudamericana de Fútbol, mas podem chamá-la de Conmebol que ela entende.


Mas que diabos a Conmebol tem a ver com a incompetência colorada?, pergunta-me o transeunte já no outro lado da rua. Eu respondo: foi ela quem indicou uma equipe incompetente, despreparada e incapaz de enfrentrar um desafio de tamanha envergadura. A UEFA já havia cometido tal erro algumas vezes, em 71, 73, 77, 79 e 93, quando foi representado por times que não haviam sido campeões europeus (Panathinaikos, Juventus, Borussia M’gladbach, Malmö e Milan, respectivamente) e que obviamente foram derrotados pelos adversários sulamericanos.


Mas o inter venceu a Libertadores, pô!, grita o cara, já lá na esquina. E eu respondo: BINGO!


Eis o grande problema: a Conmebol não está sendo criteriosa em sua seleção. Para ser campeão da América, o time já não precisa mais passar pelas provações de outrora, que forjavam não só guerreiros como também o caráter. Estádios minúsculos em bairros afastados, arquibancadas de madeira à distância de um braço do gramado, alambrados tremendo na cadência de milhares de mãos calejadas, pilhas, garrafas d’água, pedras, gritos, impropérios, ameaças, frio, gramados esburacados, barro... Os 11 jogadores do outro time eram apenas mais um dos obstáculos a serem vencidos. Quem passasse por tudo isso estava pronto para enfrentar qualquer elenco de estrelas européias. Podiam até perder, mas venderiam caro a derrota.


Mas o cenário mudou: por uma questão mercadológica, que do ponto de vista financeiro é perfeitamente compreensível, e que atende aos interesses de anunciantes e imprensa, a competição passou a priorizar o espetáculo. Arquibancadas confortáveis e acolhedoras, gramados impecáveis, por vezes até sintéticos, arbitragens rigorosas para com toda e qualquer virilidade, dezenas de câmeras captando todos os detalhes do jogo, tudo possibilitando que o time com melhor futebol triunfe e possa comemorar sob uma chuva de prata. Os jogadores de agora, sempre barbeados e com cabelos arrumados, são hábeis com a bola e com os microfones, treinados para se destacarem nas arenas e nos comerciais, batem falta com a mesma habilidade em que fazem o check in em um resort. Mas será que este perfil de atleta está preparado para enfrentar as vicissitudes de um esporte onde o esforço, a dedicação e a entrega podem compensar a falta de habilidade? Podem ser grandes jogadores, muitas vezes até craques, mas terão sido testados adequadamente para este tipo de enfrentamento?


Com frequência se houvem relatos de exageros nos treinamentos de militares ou de tropas de elite, como o BOPE. Acontece que eles apenas estão sendo preparados para situações extremas. Ou vocês acham que os fallschirmjäger tornaram-se os melhores soldados do mundo comendo chucrute e tomando cerveja? O modelo atual da Libertadores da América pode até premiar o melhor elenco, mas nem sempre seleciona o mais preparado para batalhas decisivas. Ou a Conmebol muda a Libertadores, aprimorando a escolha da equipe que representará o continente na competição mundial (o que eu acho improvável que ocorra) ou quando novamente um time despreparado conquiste a América, que arbitrariamente se escolha uma outra equipe, que seja o Cobreloa, o Chacarita, o Danúbio, ou outra qualquer com mais culhões.


Duvido que protagonizem tamanho fiasco como fizeram os colorados ou ainda que percam para o Mambembe.


- É Mazembe! E é do Congo – ouço a voz do cara, já bem distante.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Pior dos Rebaixamentos

O dia e o mês eu não descobri. Naquela época, não se faziam grandes eventos com mídia, canapés e atrizes globais. Mas o ano foi 2002. Isso eu lembro (obrigado Google). Naquele fatídico ano o Sport Club Internacional, nesta que talvez tenha sido a maior auto-humilhação de um clube de futebol, lançou uma camiseta escandalosamente inspirada no uniforme do Ajax, algoz do rival Grêmio no Mundial Interclubes de 1995.

Aquilo que extra-oficialmente fora rotina para os torcedores colorados nas últimas décadas acabara de ser institucionalizado: para ser feliz, somente vestindo a camiseta de um time que pudesse fazer frente às incursões globais do rival tricolor.

E foram muitos: Pañarol, Estudiantes, Flamengo, Independiente, Hamburgo, Nacional (seja o uruguaio, seja o colombiano), River Plate, Palmeiras, Cruzeiro, Vasco, Ajax, Olímpia, Corinthians, e paro por aqui apenas com alguns do mais relevantes para não tornar o texto muito longo… inúmeras camisas passaram a rechear o guarda-roupa dos colorados, sempre na esperança da alegria alheia, pois se esperassem pela felicidade que o próprio time poderia lhes proporcionar, deveriam se contentar com modestos campeonatos regionais. Tanto que passaram a ser conhecidos de modo pejorativo como “colecionadores de camisas”.

A alegria colorada era ver o Grêmio perder. O ato de torcer resumia-se a secar. Muitos não concordam, mas esta era definitivamente a sua realidade. E aquela camisa, ao mesmo tempo em que “atendia” os anseios da torcida, que finalmente poderia ter a até então inalcançável alegria de se sentir Campeão Mundial, ainda mais diante do eterno rival, atestava de maneira definitiva a diminuição do inter perante o Grêmio e confirmava de modo oficial sua condição de secador.

Muito estranho isso, mas de certa maneira este maldito uniforme tornou-se um divisor de águas. Eu, fervoroso devoto de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira das Américas, não acredito em mandinga, encosto, destino, Chico Xavier, Gasparzinho... Mas, coisa estranha, depois que o colorado lançou a tal camisa à holandesa, as coisas começaram a degringolar pros lados da Azenha. Em 2003, ano em que o tricolor comemorou seu centenário, o time lutou o Brasileirão inteiro contra o rebaixamento. No ano seguinte a história se repetiu, mas desta vez com final infeliz. Enquanto que o time chafurdava na lama da vergonha, o rival iniciou uma bem sucedida jornada rumo ao topo: depois daquela história mal contada no Pará, o time beliscou uma Sulamericana aqui, outra ali, vai uma ajudinha do juiz, uma entregada do goleiro adversário, uma desmotivada equipe de reservas da Catalunha e pronto: o Internacional alcançou o cume da glória. De agora em diante o colorado não precisaria mais se travestir de outra torcida para se sentir vitorioso, pois a própria camisa vermelha do time do coração já lhes dava este direito. Não havia mais necessidade de secar.

E o Grêmio até hoje não conseguiu se reerguer plenamente. Apesar de apresentar resultados expressivos, de taça que é bom ainda não veio nada. A rotina Gremista tem se dividido entre torcer pelo tricolor e – tristeza - pelos incompetentes adversários do rival. Agora são os tricolores que se desesperam com as malfadadas tentativas de Banfield, Pachuca, Deportivo Quito, Chivas e outros de conter o ímpeto colorado. É o que nos resta. Se dermos sorte talvez possamos desfilar pelas ruas no ano que vem com uma camisa Gremista com listras verticais azul escura e preta, tal qual a da Internazionale de Milão. Tenho certeza que seria um sucesso de vendas e um consolo para uma torcida carente de alegrias. Isso, é claro, desde que… bem, vocês sabem qual é o meu grande temor.

O Grêmio de tantas glórias já foi rebaixado duas vezes. Nenhuma delas foi tão vergonhosa como esta terceira.

O Grêmio se rebaixou a secador.

O Grêmio se rebaixou a inter.



- Germano Jaeschke Schneider

Esta é a minha última participação no FutebolForça.com, blog que ajudei a construir e cuja participação trouxe-me muitas alegrias. A partir de agora, dedico-me exclusivamente ao ADHD.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ponto Final.

"...porque não somos e não queremos ser uma empresa que comercializa o ensino visando ao lucro econômico. O lucro é um meio para um fim maior."

Muito bonita esta frase. Comovente, eu diria até. Mas também cômica, desde que se busque a origem dela.

Um pesquisada no Gugou nos mostra que ela está no sétimo parágrafo do texto onde consta a "Filosofia da Ulbra", universidade que ficou nacionalmente conhecida por seus problemas financeiros, concomitantes com as excentricidades de seu reitor, cujo principal símbolo era o Museu de Tecnologia, famosa por seu extraordinário acervo de automóveis antigos.

Este museu era o que havia de mais expressivo em termos de antigomobilismo nacional. Nunca foram reunidos em um único lugar aberto à visitação pública tantos automóveis antigos tão impecavelmente restaurados. 

Pode parecer estranho, mas eu que sou apaixonado por carros antigos (que volta e meia viajo 500 Km para assistir a um jogo de futebol) nunca fui ver este museu. Tenho meus motivos, algo relacionado com a instituição Ulbra, mas sobre isso escreverei em outro texto. Mas meu pai esteve lá, e trouxe o livro Museu de Tecnologia Ulbra, que é na verdade um registro fotográfico de alguns dos automóveis do acervo (no final da publicação, todos os modelos estão listados), com um pequeno texto a respeito do modelo em questão. Leitura rápida, fiz em uma noite de outubro, acompanhado de dois cálices de um bom cabernet sauvignon do Valle del Maipo.

Não esperem encontrar automóveis "comuns", como Ford 29 ou 41: todos os carros têm, ou melhor, tinham algo que o tornavam raros ou especiais, o que ficava bem claro nos textos, que também continham  alguns auto-elogios, principalmente em referência ao resultado final da restauração, que era feita por uma equipe da própria universidade. Algo do tipo "era uma restauração muito difícil, mas vejam como ficou perfeito nosso trabalho...".

Tirando alguns erros no texto (alguns não correspondiam ao carro mostrado), o livro vale pelas belas fotos, ou melhor, pelos belos automóveis que fizeram parte deste museu que, para a tristeza de muitos antigomobilistas, se fragmentou em inúmeras coleções particulares, onde muitos destes carros dificilmente serão vistos novamente, ficando guardados em algum galpão no interior de São Paulo, à disposição apenas dos donos e de poucos privilegiados.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manifesto em Defesa da Democracia

Copiado do endereço http://manifestoemdefesadademocracia.wordpress.com/


Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo. 
 
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático. 
 
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais. 
 
É inaceitável que militantes partidários tenham convertido órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos. 
 
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle. 
 
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade. 
 
É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado. 
 
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses. 
 
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo. 
 
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário. 
 
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo. 
 
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade. 
 
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos. 
 
 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Agradecimento

Gostaria de expressar meus sentimentos de gratidão ao Poder Público Municipal do município de Alvorada-RS, em nome de seu prefeito e do presidente da Câmara de Vereadores, por esta singela porém justa homenagem a este signatário.
Sei que isto é pouco em retribuição a tudo o que eu tenho feito em prol da humanidade, mas reconheço o esforço daquele município que mesmo em meio à dificuldade financeira que atinge todos os municípios do estado, fez o que estava ao seu alcance para que prestigiar.
Por fim, lamento não ter conseguido, devido a problemas com minha agenda, comparecer à cerimônia que foi feita para me homenagear e inaugurar oficialmente a rua que leva o meu nome. Também perdôo o grave equívoco ocorrido na escrita do nome, e espero que o primeira palavra, erroneamente acrescentada a placa, seja removida com brevidade.

domingo, 29 de agosto de 2010

Eleições

Faz muito tempo que eu não perdia meu tempo com a propaganda política na tv. Acho que eu até assistia mais quando nem tinha título de eleitor. Mas nessa semana assisti por duas oportunidades, um pouco pelas minhas dúvidas em relação às eleições legislativas, outro tanto por curiosidade.
Algumas considerações a respeito do que vi:
- como a esquerda sabe fazer propaganda, os caras são muito bons nisso mesmo. Aliás, em todas as artes eles se destacam;
- falando em esquerda, é apavorando o número de legenda de esquerda neste pleito, principalmente dos nanicos. Se bem que historicamente esse pessoal nunca se acertou: era socialistas x comunistas, bolcheviques x mencheviques, stalinistas x trotkistas, PCB x PCdoB, perestroikistas x não-perestroikistas, Dirceu x Palocci...
- e a direita, ou os conservadores, cadê? Tem um ou dois partidos nanicos que dizem "defender a família". E só, nada significativo;
- se defender a família e os valores tradicionais não dão voto, por outro lado é apavorante o número de candidatos e legendas que assumem a bandeira da viadagem. Vi até uma imagem com umas bixas se beijando, em pleno horário nobre.
- a principal argumentação mostrada pelo PT em favor de sua candidata foi o fato de que ela é mulher. Será que existe gente que define seu voto por um argumento destes?
- muito estranho o PSDB ser tão pouco agressivo em relação à sua adversária. Nenhuma menção ao seu envolvimento com terrorismo no passado.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Milhas

- Olá, bem vindo à TAM, meu nome é Suelen, para onde você quer voar?

- Oi, meu nome é Otávio, e eu queria comprar duas passagens de Cuiabá para a Cancún utilizando minhas milhas do Fidelidade TAM.

- Qual é o número do seu Fidelidade TAM, por favor?

- 69130666.

- Sr. Otávio Nicolas Carvalho.

- Eu mesmo.

- Só um minutinho por favor ( … ) Sr. Otávio, lamento mas a quantidade de milhas que o Sr. acumulou não é suficiente para a troca por duas passagens de ida-e-volta para este roteiro.

- Moça, acho que houve um engano, eu verifiquei ontem à noite meu extrato, e havia sim a quantidade de milhas necessárias.

- Aguarde mais um momento que eu vou estar verificando novamente ( … ) seu Otávio, aqui não consta nenhuma solicitação de troca de milhas por passagens nos últimos 10 meses, seu saldo atual é de 42.000 milhas.

- Isso mesmo, foi esse número que eu vi ontem. E se com cada 10.000 milhas eu consigo uma passagem, tem o valor suficiente para 2 ida-e-volta.

- Acontece, Sr. Otávio, que para o México são necessárias 20.000 milhas por trecho voado.

- Como assim? Eu li no site da empresa que 10.000 milhas acumuladas podem ser trocadas por uma passagem para qualquer destino na América do Sul.
- Exato, mas aqui no sistema consta que para o México são necessárias 20.000 por trecho.

- Deve haver algum engano, minha senhora. O México fica na América do Sul. Esses dia teve até um time mexicano disputando a final da Libertadores.

- Eu sei, meu senhor, mas aqui no sistema consta outra informação. Vou estar entrando em contato com o supervisor para verificar o porque que está acontecendo isso. Você aguarde uns minutos na linha, por favor.




- Sr. Otávio, bom dia, meu nome é Vitório Roth, sou supervisor da central de vendas de passagens da TAM, e em que posso ajudá-lo?

- Olha, meu amigo, eu só queria saber porque preciso de 20.000 milhas para trocar por passagens para o México, se para os outros países da América do Sul bastam 10.000?

- Realmente, meu senhor, estou verificando aqui. É muito provável que tenha havido um erro no nosso sistema. Não teria porque haver uma diferença entra as milhas necessárias para ir para o México e para os outros países da América do Sul. Teve um jogo da Libertadores com um time do México esses dias, não teve? Pois é. Mas infelizmente não podemos fazer sua solicitação pois o sistema não permite. Mas vou estar passando o telefone novamente para a Suelen anotar seus dados, que dentro de 24 horas entraremos novamente em contato com o senhor. A TAM agradece a sua ligação, e tenha um bom dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aventuras Gastronômicas em Salvador II, ou o dia em que comi lagosta

Considero um desafio escrever sobre comer lagosta sem parecer esnobe. Mesmo assim, sei que se algum militante do PSTU ler isto irá me chamar de burguês. Mas como estatisticamente é muito improvável que entre os poucos leitores do blog haja um dos pouquíssimos militantes do PSTU, minha tarefa se torna mais fácil. Mas é inegável que este crustáceo está intimamente associado a refeições refinadas, restritas a uma pequena e afortunada parcela da população. Mas começarei meus relatos por esta experiência, e no final explicarei o porquê.
Apesar de gostar muito de frutos do mar, ainda não tinha provado esta iguaria. Não somente por questões financeiras, mas até por falta de oportunidade. Afinal, lembro-me de apenas uma vez em que vi seu nome no cardápio do restaurante ao escolher meu prato, no Donde Augusto, no Chile. Mas se por um lado seu preço atinge cifras exorbitantes e até proibitivas em restaurantes, é possível economizar uns bons trocados indo direto à fonte.

 Enfim, como estávamos hospedados na Barra (só pra lembrar, estou, ou melhor, estava em Salvador, na Bahia, com minha esposa), resolvemos aproveitar a praia junto ao forte. Era junho, então havia poucos turistas e as areias eram praticamente só nossas e dos vendedores. Um deles, um "nativo", abordou-nos com um isopor, mostrando-nos duas lagostas vivas, uma bem grande e outra menorzinha. Após uma não tão ferrenha negociação, combinamos o valor de 4o pila pelos dois bichinhos. E ele correu para um dos quiosques perto do forte, para prepará-las, não nos dando oportunidade de mudar de ideia. Se fôssemos provar o prato em algum restaurante, com certeza o valor atingiria os 3 dígitos.

Não vou descrever aqui o modo como elas são mortas. Tenho medo de represálias do lobby natureba.
Um tempo depois o rapaz chega com nosso prato, caprichando na apresentação. E nos deliciamos, em frente ao mar, sob o sol da Bahia (mentira, estava nublado e até chuviscando um pouco. Só não fomos embora porque estávamos esperando pela comida).

Não sei se foi o excesso de expectativa por finalmente provar tão famoso prato, ou as condições pouco favoráveis de preparo, ou a imperícia do "chef du quiosque", só sei que esperava muito mais da tal da lagosta. Não que fosse ruim, mas sei lá, posso até mudar de opinião se tiver uma segunda oportunidade de prová-la, mas a princípio confesso que fiquei um pouco decepcionado.
Mas deixa de frescura, Germano. Logo tu querendo fazer pouco caso de comida. Tava bom sim, muito bom. Recomendo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aventuras Gastronômicas em Salvador I

Não entendo como as pessoas podem dar tanto valor ao futebol: existem coisas muito mais importantes e até reconfortantes do que o esporte bretão. Viajar, por exemplo. Tu até pode te decepcionar com uma viagem, mas nunca será algo tão injusto como acontece no futebol, quando qualquer time, na base da sorte, disputa um campeonato mundial mesmo sem precisar vencer no seu continente. Você nunca compra uma passagem para Bariloche e vai parar no Centro Germânico-Missineiro em São Pedro do Butiá. Ao viajar estamos livres dos dissabores que o futebol comumente nos proporciona.
Mas chega de falar disso, tratemos de algo muito melhor e que está intimamente relacionado com viajar: comer. Tá, eu sei que comemos mesmo quando estamos em nossas casas, as vezes até demais, mas estou me referindo às experiências gastronômicas que as viagens nos possibilitam.
Não sei se já contei aqui, acho que não, mas no ano passado minha esposa e eu passamos nossa lua de mel em Salvador, na Bahia, local não só famoso em termos turísticos, mas que possibilita um contato com uma realidade gastronômica bem distinta da que temos aqui nas missões.
Claro que você pode passar por Salvador e comer apenas "comida internacional" ou no McDonald's. Mas isso seria um desperdício. Podemos até nos deparar com pratos, digamos, diferentes, mas uma viagem nunca está completa se não experimentamos a culinária local. E foi o que fizemos em Salvador, e isto que pretendo contar aqui. Provável que seja mais umas série de relatos que não terminarei, ou até nem passe do primeiro texto, mas minha ideia é relatar um pouco daquilo que a capital baiana nos proporcionou em relação à gastronomia.


Eis a série:
Aventuras Gastronômicas em Salvador II, ou o dia em que comi lagosta

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mundo Injusto

Não sei se é por falta de embasamento teológico, ou por eu rezar menos do que deveria, mas tenho sérias dificuldades para entender como Deus permite as inúmeras injustiças que infestam nosso mundo. É triste, muito triste ver a sua volta e perceber que tanta coisa está acontecendo com não deveria, e o que é ainda muito pior, não conseguir fazer nada que impeça ou atenue tamanhas injustiças.
Sei que existe livre arbítrio, sei que destino é bobagem, mas Deus deveria fazer alguma coisa. É muita injustiça, muita mesmo, uma após a outra.
Definitivamente, a humanidade não tem mais solução.
Faça alguma coisa, meu Deus!

domingo, 18 de julho de 2010

Ponto Final.

Fazia tempo que não vinha aqui "me gavando" de ter terminado mais um livro. Não foi por ter sido relapso, muito pelo contrário, acontece que mergulhei numa tafera literária hercúlea , praticamente uma guerra: há quase um ano recebi junto da minha Aventuras na História um folder anunciando o lançamento da coleção "70º Aniversário da II Guerra Mundial", uma enciclopédia composta por 30 volumes e 30 dvd's que abordam... bem, abordam o assunto do título, é óbvio.

O preço não era muito acessível, mas muito obrigado para quem inventou parcelamento no cartão de crédito. Os exemplares chegavam aos pares, dois livros e dois discos, em intervalos de 2 semanas. Cada volume tem cerca de 140 páginas, ricamente ilustrado, com belas fotos e elucidativos infográficos. E surpreendentemente, uma abordagem beirando a isenção, o que é algo raríssimo em se tratando de assunto tão delicado, em que a regra é que os vencedores contem a história do modo que lhes convém (enquanto escrevo isto, a tv mostra uma propaganda de um programa sobre "caçadores de nazistas"). Acontece que tentar entender a Segunda Guerra Mundial como uma simples e maniqueísta batalha do bem contra o mal, sem ter em mente o complexo contexto histórico que envolvia o planeta na primeira metade do século XX, ou é ignorância ou é má fé.
A leitura, apesar da enormidade de páginas (cerca de 4.000), não foi nem um pouco cansativa, tanto pelo aspecto visual já mencionado, quanto pela qualidade do texto. Já para os vídeos ainda precisarei de muitas horas. Graças ao desgraçado do fiadasputa do vendedor uruguaio em Rivera, que me vendeu um DVD player sem controle remoto, vi apenas cinco disco.
Consumi longas, porém agradáveis horas de leitura. Tanto que minha esposa chegou a criar uma certa aversão por estes livros que hoje embelezam nossa biblioteca.
...
Aliás, ela reclamou que eu nunca escrevo nada sobre ela aqui. Bem. primeiro não vejo muito sentido em escrever alguma declaração de amor aqui, por que sei que ninguém vai ler. Mas enfim, um beijo, meu amor.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Uruguay x Holanda

Chegou o grande dia. A Celeste Olímpica tem a oportunidade de reviver seus grandes feitos. A tarefa é hercúlea, os desfalques são muitos, e disparidade técnica entre as duas seleções é gritante.
Mas nos resta a garra charrua. Se vocês podem, ponham uma Patrícia na geladeira (ou uma Norteña, ou um Pilsen), ascendam um Nevada, comam um bocadito Punta Ballena, mas força na torcida. 
Este poderá ser um dia histórico;

sábado, 3 de julho de 2010

Espanha x Paraguai

Que bela copa os guaranis têm feito. Já foram muito mais longe do que se imaginava. Claro que o que vier agora é lucro, mas seria maravilhoso se vencessem os espanhóis com seus narizes empinados. 
Mas sei que isso não vai acontecer.

Alemanha x Argentina

Esse time alemão parece o Wehrmacht do final de 44, quando da Batalha das Ardenhas: inexperiente, com qualidade muito inferior aos que no passado usaram aquele uniforme, cheio de estrangeiros, mas bem organizados e que podem incomodar bastante. E como agora a proporção de 1 jogador por adversário (e não 1 para 10, como foi há 66 anos), os alemães têm chance.
E no mais, nunca duvidem da Alemanha.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uruguay x Gana

O primeiro jogo que eu comento depois de terminar foi, sem dúvidas, o mais emocionante. Que poder ver o Uruguai lutando até o fim, apelando para o impossível. Não há como não se emocionar, estou até agora com o coração em disparada.

Brasil x Holanda

Parece meio óbvio, mas não é tão simples assim.
Acontece que desta vez estou torcendo pela seleção brasileira, algo que acontece de 8 em 8 anos. Pretendo explicar o porquê mais tarde, certamente quando o assunto copa já não for mais do interesse de ninguém.
Mas acho que ganhamos. Tamanha minha confiança que vim trabalhar com uma camisa da seleção brasileira.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Espanha x Portugal

Quando assisto uma partida de futebol, costumo tomar parte de um lado, torcendo, vibrando e as vezes até sofrendo com o time escolhido.
Neste jogo de hoje à tarde isso não irá acontecer. Aliás, somente deixarei a tv ligada aqui no consultório, apenas por curiosidade, pois nenhum dos time me desperta o menor interesse. Se fosse num fim-de-semana, provável que nem visse o jogo.

Paraguai x Japão

Não há como não sentir pena dos paraguaios. Que gente sofrida. Assim como também não há como não simpatizar com seu futebol. Tomara que consigam vencer os aplicados japoneses, e alcancem uma inédita quartas-de-final de Copa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Brasil x Chile

Torci muito pelo Chile nesta copa. Minha ida àquele país no ano passado fez com que criasse uma ligação mais forte com eles, isso aliado à euforia provocada pela participação do país no torneio, algo que já podia ser percebido no ano passado, quando eles ainda nem estavam classificados.
Mas eles optaram por não tentar vencer a Espanha, se contentando com a classificação para a fase seguinte. E agora terão pela frente o Brasil de Dunga.
Azar é deles, pois se despedirão da Copa hoje.

Holanda x Eslováquia

Da última vez havia dito que não adiantava torcer para a Eslováquia... 

Mas adiantou. Então, não custa nada torcer novamente, vai que eles consigam derrotar os holandeses. Se bem que acho difícil, quiçá impossível.

domingo, 27 de junho de 2010

Argentina x México

Se os hermanos jogarem o que pensam que jogam, patrolam os astecas. Acredito que não vai ser tão fácil assim, apesar de pensar que vencerão. Mas torcerei mesmo assim pelo México.

sábado, 26 de junho de 2010

Estados Unidos x Gana

Escrevo com o jogo não só em andamento, mas como já na segunda etapa e com o placar em aberto. Mas confio na força e na superação americana, que além de toda a raça contam com a minha torcida, mesmo que isso não signifique diferença alguma.

Uruguai x Coréia do Sul

De um lado a tradição, do outro a inovação.
De um lado as glórias do passado, do outro a esperança no futuro.
De um lado a penúria dos times e da seleção local, do outro uma liga em ascenção e uma seleção que surpreende cada vez mais.
De um lado a parrillada, do outro a carne de cachorro.
De um lado o Uruguay, do outro a Coréia do Sul.

Torço pelos charruas, apesar de temer pelo pior.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Suíça x Honduras

Certo que os suíços não tomarão nenhum gol. Sua classificação dependa mais do que acontercer no outro jogo do que neste. Torço pelos europeus, apesar de saber que darão uma trabalheira para os brasileiros, caso se encontrem na próxima fase.

Pós-jogo: lamento pela desclassificação da Suíça, mas não vencer Honduras é complicado.

Espanha x Chile

Este sim, o jogo mais aguardado do dia. A roja, apesar de emplacar duas vitórias consecutivas, corre o risco de ficar fora da próxima fase caso perca para a Espanha. Seria mesmo uma pena, pois a comoção que a Copa tem causado no Chile é algo fora do normal até para os padrões brasileiros.

Não gostaria que o Chile fosse eliminado. mas temo pelo pior.

Pós-jogo: torci bastante, e gostaria que os Chilenos tivessem se classificado em primeiro lugar. para poder torcer por eles na fase seguinte. Mas com o goleiro dando uma de guri, e com a apatia da equipe, se contentando com a classificação... lamento meus amigos chilenos, mas a história de vocês nesta copa se encerra na próxima rodada.

Coréia do Norte x Costa do Marfim

Após a digna derrota para o Brasil, os dirigentes norte-coreanos, confiantes da capacidade de seus soldados jogadores, permitiram pela primeira vez na história, que um jogo de sua seleção fosse transmitido ao vivo para aquele país. 

Não deu muito certo, e agora temo pela integridade física daqueles atletas. Mas antes de serem enviados para campos de trabalhos forçados, eles terão mais uma chance contra um dos times africanos mais superestimados (como todas as seleções daquele continente). Acredito que novamente não serão páreos.

Certamente seus conterâneos não poderão ver este jogo.

Brasil x Portugal

Mais uma vez o país vai parar. Apesar de torcer pela seleção canarinho, não estou muito empolgado. Mas acredito na vitória, não uma goleada.

Os textos estão ficando muito curtos. Seria falta do quê dizer ou de inspiração. Acredito mais no segundo.

Pós-jogo: confesso que não me empolguei nem um pouco com o jogo, praticamente nem prestei atenção nele.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dinamarca x Japão

Terra que tão bem me acolhei e que me deixão tão boas lembranças, apesar de tão somente 21 dias de permanência por lá, a Dinamarca sempre tem minha admiração. Confio na vitória e na classificação.

Holanda x Camarões

Os Países Baixos já estão classificados. Os africanos eliminados. Resta-lhes a dignidade, mas acho que nem isso eles tentarão, apesar de terem minha simpatia e torcida.

Paraguai x Nova Zelândia

Na verdade, gostaria que as duas seleçãoes se classificassem, apesar de que acho que apenas os guaranis conseguiram tal feito, o que já é algo muito bom.

Itália x Eslováquia

Outro jogo em que minha torcida será em vão, mas gostaria encarecidamente que a Itália não se classificasse, apesar de saber que as possibilidades de que isso ocorra são muito remotas.

Pós-jogo: nesta que foi a melhor partida até então neste torneio, fiquei muito feliz com o resultado final. bem feito pros gringos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Austrália x Sérvia

Os australianos contam com minha simpatia, ainda mais após voltarem a praticar o velho futebol defensivo contra Gana. O saldo lhes prejudica, e acho que não passarão da Sérvia.

Alemanha x Gana

É evidente que torcerei pela Alemanha, por todo o contexto histórico por mim já relatado, e ainda mais depois do que lhes fizeram no último jogo.

Pós-jogo: Alemanha cambalhante. Não vai longe.

Estados Unidos x Argélia

Pelo que têm feito nos últimos anos, a seleção americana merece passar de fase: são um exemplo de aplicação tática, esforço, garra, dedicação e persistência. Contam com a minha torcida.

Pós-jogo: como o esperado, grande jogo, e com os americanos buscando o resultado até o fim. Vitória e classificação merecida.

Inglaterra x Eslovênia

É uma pena ver uma seleção com a história e a torcida que tem os ingleses fora dos momentos mais decisivos da Copa, mas também seria muito bom para a pequena Eslovênia, o menor país com o menor número de jogadores confederados dos que participam deste torneio, que eles se classificassem. Acho que vai dar um empate, o que irá me agradar.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nigéria x Coréia do Sul

Confesso que o resultado deste jogo não me interessa muito, e como estarei vendo o outro jogo do mesmo horário, isso não me causa apreensão. Acho que os africanos vencem.

Argentina x Grécia

Gostaria sinceramente que os gregos vencessem, mas sei que não há a menor possibilidade de que isto ocorra.

México x Uruguai

São os dois times que eu quero que se classifiquem. Preferiria que os charruas vencessem, pois além de insuflar o orgulho dos orientais, penso que o México tem melhores condições de enfrentar uma Argentina na próxima fase. E acho que mesmo havendo chances, eles não farão um jogo de compadres.

Pós-jogo: que beleza ver os uruguaios classificados, ainda mais em primeiro no grupo. Até tomei uma Patrícia em homenagem aos orientais. Têm chances de irem mais longe, e merecem.

França x África do Sul

Por maior que seja a baderna que impera na seleção gaulesa, não acredito que sejam capazes de não vencer os anfitriões, por mais que eu queria que isto acontecesse, encerrando o grande fiasco francês nesta copa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha x Honduras

Tópico inútil, visto que não vejo outra alternativa que não torcer para os centro-americanos. Quero mais é que a Espanha volte para casa, com o rabo no meio das pernas.

Suíça x Chile

Complicado: gosto muito do modo como a Suíça joga, assim como do país Chile, ainda mais após ver o estardalhaço que a copa tem causado a este país. Se eu tivesse certeza de que Honduras venceria a Espanha, torceria por um 0x0.

Coréia do Norte x Portugal

Não sou nada a favor daquilo que a Coréia do Norte representa, mas não posso torcer a favor de Portugal. Além do quê, seria uma bela e divertida zebra.

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil x Costa do Marfim

Confesso que tenho simpatia por seleções africanas sub-sarianas, mas criei uma certa repulsa por este tal de Drogba, ao saber que foi ele quem liderou o boicote dos jogadores do Chelsea que comprometeu definitivamente os resultados do Felipão no comando do time londrino. Nem preciso de mais motivos.

Pós-jogo: bela vitória, só meio vergonhoso ficar louvando um gol ilegal.

Itália x Nova Zelândia

Vou aliar minha intipatia pela Itália com meu interesse em ver seleções menores vencendo, especialmente de algum lugar que pratica um futebol tão feio. Se não tivesse tão frio, usaria minha camisa dos All Blacks.

Pós-jogo: Itália: fazendo fiasco na África desde 1940.

Paraguai x Eslováquia

Pela primeira vez, escrevo com o jogo já em andamento. Como o placar segue em branco não se pode dizer que estou sendo influenciado pelo resultado do jogo. Enfim, minha torcida é, e sempre seria, guarani. E acho que vamos ganhar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dinamarca x Camarões

Simpatizo tanto pela seleção de futebol de Camarões, pela Copa de 90, quanto pelo país Dinamarca. Acho que um país é mais importante do que uma seleção, e como o E'to não jogou na final do mundial de 2006, que ganhem os dinamarqueses.

Pós-jogo: na virada do time dinamarquês foi a primeira oportunidade em que, de modo involuntário, gritei gol nesta Copa. Torci muito, inclusive estava com minha banderinha que trouxe de lá. Um dos melhores jogos da competição.

Gana x Austrália

Os australianos se mostraram até então o único time bobo. Sinceramente, não torço para ninguém, apesar de que um empate seria bom para a Alemanha. Acho que deixarei a tv ligada, mas estarei cozinhando.

Holanda x Japão

Os de laranja fazem parte do seleto grupo para os quais eu sempre torço contra, haja o que "hajar". Apesar de que esta vez será em vão, os japas não serão páreos para os holandeses.

Inglaterra x Argélia

O que eu vou dizer deste jogo? Talvez seja bom que os arrogantes ingleses tropecem novamente. Um empate seria algo bom.

Pós-jogo: Argélia mostra que não é boba, o Inglaterra que não é tudo isso? Um pouco de cada.

Estados Unidos x Eslovênia

Tenho admirado muito o modo como a seleção americana de futebol tem jogado. Aos poucos, vão angariando minha simpatia, então terei que preterir os elovenos.

Pós-jogo: americanos mostraram o quanto evoluiram e que são um dos principais bastiões do futebol força.

Alemanha x Sérvia

A seleção alemã tem meu apoio desde 1986, e com exceção de 2002, sempre torci para seu sucesso. Hoje não seria diferente. Nada contra os sérvios, o problema é o adversário deles.

Pós-jogo: Alemanha absurdamente garfeada. E ainda convocando poloneses para jogar, lógico que não acabaria bem. 

quarta-feira, 16 de junho de 2010

México x França

Já falei que simpatizo com o time da terra de Nossa Senhora de Guadalupe. Nada contra Nossa Senhora de Lourdes, mas acho a seleção francesa insuportável e sempre torço por sua derrota. Estou com o México nessa.

Pós-jogo: jogo muito divertido. E de acordo com minha teoria, ampliada pelo Casagrande:
1986: França elimina Brasil;
1990: pula
1994: França não se classifica para a Copa - fiasco; Brasil campeão;
1998: França elimina Brasil;
2002: França faz fiasco na Copa; Brasil campeão;
2006: França elimina Brasil;
2010: França faz fiasco na Copa; Brasil...

Grécia x Nigéria

Jogo que não me interessa nem um pouco. Seria legal ver os gregos finalmente fazerem um gol em uma Copa. Mas quanto ao resultado, serei indiferente.

Argentina x Coréia do Sul

Maradona precisa tomar uns cascudos. Não sou fã dos coreanos, mas uma vitória deles neste jogo seria interessante.

Pós-jogo: prevejo um final triste para esta empolgação inicial dos castelhanos. Como um tango.

terça-feira, 15 de junho de 2010

África do Sul x Uruguai

Os anfitriões que me desculpem, mas a seleção charrua sempre terá meu apoio. Não será fácil, mas seria muito bom para a auto-estima dos nossos vizinhos. E para o futebol.

Pós-jogo: até que nem teve tanta graça assim, mas valeu Uruguai!

Espanha x Suíça

Sempre torci para a Espanha... se dar mal. Não será diferente desta vez, para que possam continuar com a sina de equipe que chega assustando e vai embora com o rabo no meio das pernas. Além disso, meu germanismo faz com que eu veja os fabricantes de canivetes com bons olhos.

Pós-jogo: o ferrolho suíço foi magistral. É ótimo ver a Espanha, com pinta de favorita, fazer fiasco e perder.

Honduras x Chile

Estou bastante espantado com a mobilização que os chilenos estão fazendo por causa de sua participação nesta Copa, apesar de estarem cientes de suas poucas chances. Como o país conta com toda a minha simpatia, contará também com minha torcida.

Pós-jogo: a festa do outro lado dos Andes deve ter sido incrível, pelo menos até o resultado do jogo do meio-dia.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Brasil x Coréia do Norte

O primeiro jogo que fará eu largar meu trabalho e me concentrar exclusivamente na tv. Torcerei pelo Brasil, apesar de que para um jogo fácil como este não se precisa de torcida.

Pós-jogo: jogamos mal e vencemos por pouca diferença: sinal que ganharemos esse mundial de um modo muito copeiro.

Costa do Marfim x Portugal

Provável que eu durma durante o segundo tempo, mas minha torcida será toda dos africanos, ou melhor, contra os portugueses.

Nova Zelândia x Eslováquia

Mais um jogo para apenas deixar a tv ligada e trabalhar normalmente, apenas vendo os gols dos "eslováquios", que contarão com minha torcida.

Itália x Paraguai

Sou obrigado a prestigiar nosso vizinho, grande parceiro comercial. Eu que não vou dar meu apoio pra esses gringos.

Pós-jogo: belo jogo, pena que estava tão ocupado e não pude vê-lo com mais atenção, e também pelo empate.

Japão x Camarões

Tinha 11 anos na Copa da Itália, em 1990, quando a seleção de Camarões surgiu assombrando e encantando o muito. Não passei incólume, e minha simpatia pelo país persiste. E se o adversário é uma seleção insossa como a japonesa, não há porque agir de modo distinto.

Pós-jogo: dei uma boa dormida durante o jogo.

Holanda x Dinamarca

Passei 3 semanas na Dinamarca, no sul do país, fazendo um intercâmbio. Tive uma excelente impressão do país e de seus habitantes, apesar de ter convivido tão somente com alemães que moram lá, mas que se mostraram muito bastante distintos dos que moravam na própria Alemanha. 
Sempre torcerei pela Dinamarca, ainda mais contra a Holanda, país que adoro ver perder no futebol, mesmo sem que haja muitos motivos para eu pensar assim.

sábado, 12 de junho de 2010

Alemanha x Austrália

Sempre torço para a Alemanha nas Copas do Mundo, desde a final de 86. Não consigo negar minhas origens germânicas. A Austrália não fede e nem cheira.

Deutschland über alles!

 Pós-jogo: melhor partida até então. Os alemães mostraram organização típica do Wehrmacht.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Inglaterra x Estados Unidos

Não sou fã de nenhum dos dois, apesar de gostar do futebol apresentado pela seleção americana nos últimos torneios. Torcerei pelos yankees.

Argentina x Nigéria

Jogo que promete, e que tem tudo para apresentar boas "caneladas". Os nigerianos gostam de "chegar junto", e os castelhanos não têm sangue de barata, se bem que a raça e os "huevos" apresentados pelos clubes argentinos em geral não se refletem na seleção, que se espelha no jogo bonitinho do River Plate.

Torço por um jogo de muitos gols, mas talvez fosse divertido ver a Argentina começar a Copa vencendo.

Pós-jogo: boa partida; os castelhanos já começaram se achando, o que é bom.

Coréia do Sul x Grécia

Jogo que não me atrai muito, e que só assistirei porque a tv que eu pus no consultório especialmente para a Copa estará ligada. Torço para a Grécia, pelo modo extremamente copeiro com o qual ganharam a Euro 2004.

Pós-jogo: quem viu os coreanos jogarem as copas de 86 e 90, se apavora com a evolução do futebol desses japas.

Uruguai x França

Se for citar todos os motivos que me levam a ter uma enorme simpatia pela República Oriental do Uruguai ocuparia um tempo que não disponho no momento, mas para ficar com alguns, como não se apaixonar pelo país do mate, do alfajor Punta Ballena, dos Free Shops e principalmente da bela Colonia del Sacramento, que tão bem me acolheu em minhas primeiras férias pós-formatura?

Isso sem comentar a estreita cumplicidade que tenho com o futebol charrua.

Aliado a isso ao fato de não ser muito fã nem da França e nem dos franceses, torço fervorosamente pela Celeste Olímpica.

Pós-jogo: ver o Henry reclamando de uma mão na bola por parte de um uruguaio foi muito divertido. Pobre Uruguay, não vai longe nesta Copa.

África do Sul x México

Para movimentar um pouco isso aqui, colocarei minhas impressões pacionais a respeito dos jogos da Copa. Elas deveriam aparecer depois de meu texto sobre os mundiais que eu vivi, mas este ainda eu nem comecei a escrever, pra variar.

Então vamos lá: não farei análises táticas ou técnicas, mas sim palpites e declarações de simpatia. Em relação à  África do Sul, não tenho nada contra e nem nada a favor, muito pelo contrário. Mas confesso que não gosto de seu técnico Pé de Uva. Considero-o um enorme engodo. Já em relação ao México nutro certa simpatia, seja pelo país, pelos seus costumes, pelo Chaves e até por Nossa Senhora de Guadalupe.

Torço pelos mexicas, que farão os bafana-bafanas se arrependerem de terem mandado embora o Joel Santana, este sim um técnico digno de uma Copa do Mundo.

Pós-jogo: insuportável a torcida do Galvão Bueno para a seleção da África do Sul.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Piada de Português

Ontem tive uma oportunidade ímpar de conversar com portugueses, conhecer um pouco sobre a cultura, sobre a vida e sobre este povo que está tão intimamente ligado com nosso país. Que bela oportunidade para dar cabo a esteriótipos que acercam o povo lusitano, e que tão difundidos são, como o do português explorador e do pouco esperto.
Pena que me enganei. Somente pude comprovar que português é burro mesmo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ponto Final.


Duas considerações:

1ª- Estou lendo sim, e muito. Já cheguei ao 22º volume da coleção da Segunda Guerra;
2ª- Já faz um bom par de semanas que finalizei o livro que citarei aqui. O desleixo me impediu de comentar anteriormente;

Bem, agora já posso dizer que terminei a leitura do Livro da Família 2010, publicação anual da Editora Padre Reus (leia-se Jesuítas), e já bastante tradicional. Acho que na biblioteca dos meus pais estão as últimas 30 edições.

É uma leitura agradável, no formato almanaque. Pena que a parte da espiritualidade tem sido deixada de lado nas últimas edições, seguindo uma tendência adotada por muitas ordens religiosas de se preender a aspectos seculares em detrimento dos espirituais, como se a Igreja fosse uma enorme Ong de assistencialismo.

Para terem uma idéia, já vi até textos do Frei (?) Betto nele. Uma pena...

sábado, 20 de março de 2010

Movimento aquém do esperado frusta comércio de Rivera.

Decepção. Essa é a palavra que melhor define o sentimento dos comerciantes da cidade uruguaia de Rivera, em especial nos Free shops. Aquele que muitos pensavam que seria um dos dias de maior movimento nas lojas da fronteira, causado pela invasão de milhares de torcedores do Internacional que vieram à cidade para assistirem ao jogo contra o Cerro pela Libertadores, acabou se revelando decepcionante em volume de vendas.

- Realmente esperávamos muito mais. Foi criada uma expectativa exagerada que infelizmente acabou não se concretizando – relata Pedro Barreto, presidente da Associación Comercial e Industrial de Rivera. Segundo ele, as lojas de cidade se precaveram, acumulando uma considerável quantidade de aparelhos de ar-condicionados, whisky, vinhos, TV’s de LCD e perfumes: – Penso que até julho não precisaremos repor nossos estoques.

O movimento foi intenso, conforme o esperado: centenas de veículos das mais diversas partes do estado atravessaram a fronteira da paz, em direção ao estádio Atílio Paiva. Mas o volume de visitantes não refletiu no volume de compras.

- Compraram muito pouco. Olhavam, perguntavam o preço, e colocavam a mercadoria de volta. Tivemos até algumas situações engraçadas: certo momento entrou um grupo de torcedores, uns 7 ou 8 deles, e começaram a tirar umas cédulas amassadas dos bolsos. Percebendo que não tinham dinheiro para comprar uma garrafa de whisky, foram embora. Meia hora depois eles voltaram, colocaram o dinheiro e mais algumas moedas no balcão, e conseguiram levar seu litro de bebida – conta Aguirre Muñoz, gerente do free shop Barão, em frente uma pilha de ar-condicionados esperando por compradores.

Já Oscar Martinez, do Neutral, acredita que um dos impecilhos tenha sido as opções de pagamento: – Muitos dos brasileiros queriam pagar suas compras com cartões de bandeiras com as quais não trabalhamos, como Banricompras e o Quero-quero. Caso contrário as vendas poderiam ter sido um pouco melhor.

Um dos poucos ítens que tiveram boas vendas foram os receptores de satélite, utilizados para assistir a canal por assinatura sem a necessidade de pagar por isso.

Além de comprarem pouco, os brasileiros ainda causaram alguns transtornos nas lojas do país vizinho: – Fomos obrigados a reforçar nossa vigilância. Muitos brasileiros tentaram sair da loja com produtos escondidos nas roupas, sem pagar por eles, obrigando nossos seguranças a interceptá-los na saída, tão logo o alarme disparava. Será que estas pessoas fazem isto também no Brasil? – pergunta José Siñeriz, dono de um dos maiores estabelecimentos comerciais da cidade, não escondendo sua idignação.

Nos restaurantes uruguaios a situações foi idêntica: a tradicional parrillada (carne assada em uma grelha) foi preterida pelos panchos, como é chamado o cachorro-quente. Mas a grande maioria dos visitantes trouxe sua própria comida.

Na cidade de Santana do Livramento, no lado brasileiro, os visitantes também não deixaram muitas divisas. Com exceção das auto-peças e das oficinas mecânicas, o comércio local não teve motivos para comemorar.

terça-feira, 16 de março de 2010

Revolvers n’ Tulips

Conhece a Loiara?

O quê? Não conhece? Como assim? A vocalista da Indústria Musical. Como que não vai saber?

Bem, se tu não conhece, então pula dois parágrafos.

Imaginem a Loiara convidando alguns músicos por aí, sei lá, tipo o Térbio Hilgert pra tocar bateria, o Alex Becker pro guitarra, o Rodrigo Mentges pro baixo, e saíssem por aí fazendo shows. Shows da Indústria Musical.

Totalmente impensável, porque a Loiara não é o Indústria. É a vocalista, é a estrela a da banda, mas tem o Daian, o Diony, o Maninho, e não sei mais quem, tem um monte de gente, e a reunião deles que faz o Indústria Musical.

Agora imaginem o Anthony Kiedis mandando o Flea e o Chad Smith às favas, chamando alguns músicos, e continuando ele o Red Hot Chili Peppers. Sem fundamento…

Existem algumas figuras do meio artístico que conseguem personificar a própria banda, mas são poucos. Lembro-me agora do Lemi do Mothörhead, e só. O normal é que depois de uma debandada geral, só o frontman não tenha carisma ou até mesmo competência para preencher a lacuna que os antigos membros deixaram. Se praticamente toda a banda abandonou o barco, paciência, foi bom enquanto durou. O resto é história ou mau-caratismo.

É por isso que nesta noite não vou para Porto Alegre assitir ao show anunciado como sendo do Guns n’ Roses. Sim, eu sei que o Axl Rose subirá ao palco (bastante atrasado, certamente), mas e o Slash?, com sua cartola e a bituca de cigarro no canto da boca? E o Duff? Quem são esses caras que tocam nesta que foi uma das melhores bandas do final do século passado?

O Guns terminou. Acabou. Fim. Esqueçam, restou apenas um vocalista em frangalhos, tentando viver às custas de um passado que não existe mais. Não conte com meus centavos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ei de ir: Quebrada de Humahuaca

Um dos meus passatempos prediletos é elaborar roteiros de viagens. Já planejei tantas e tantas viagens que tenho certeza que não poderei realizar a maioria delas até minha morte. E não me venham com essas bobagens de reencarnação.


Mas alguns desses lugares não quero deixar de conhecer. Por isso, fazem parte de um seleto grupo, que eu começo a enumerar desde agora (e que provavelmente não ou pouco continuarei) :


Um dos locais que mais me fascina é a Quebrada de Humahuaca. Não só o local em si, mas todo o noroeste da Argentina. Primeiro pelo aspecto cultural, que põem por terra a esteriotipata dicotomia “portenho – gaucho”, que muita gente acredita serem os dois únicos modelos culturais presentes no país vizinho. Aliás, a Argentina tem uma diversidade cultural bastante significativa, obviamente não tão grande quanto à brasileira, mas as diferenças são bastante gritantes. Por exemplo, caso alguém caia de paraquedas em algum vilarejo das províncias de Jujuy ou de Salta, pensará que está na Bolívia. Ao menos até ver a primeira propaganda da Quilmes…

 



Isso se deve ao fato de que a maioria dos habitantes do local são de orígem quíchua ou aimará, tal qual na Bolívia. Muitos não se dão por conta, mas uma das músicas que mais está associada ao país de Evo Morales, o Carnavalito, na verdade retrata esta região da Argentina.


Llegando está el carnaval

Quebradeño mi cholitay

Llegando está el carnaval

Quebradeño mi cholitay


Fiesta de la quebrada Humahuaqueña para cantar

Erke, charango y bombo Carnavalito para bailar


Quebradeño Humahuaqueñito

Quebradeño Humahuaqueñito


Outro atrativo: a arquitetura. Como acontece em toda região que passou por um significativo desenvolvimento, mas que por algum motivo viu sua economia definhar, encontram-se preservadas diversas construções do período colonial, como é o caso do Cabildo de Salta, na foto abaixo. Além, é claro, dos pequenos vilarejos no interior.




Ainda em Salta está o ponto de partida do Tren de las Nubes, cujo trajeto em direção à Cordilheira dos Andes atinge incríveis 4200 metros acima do nível do mar. Nada que um chazinho não atenue...



Mais ao norte, já na povincia de Jujuy, se encontra a Quebrada propriamente dita, uma formação rochosa majestosa, e que em alguns lugares apresentas diversas tonalidades de cor, pontilhada por uma infinidade de cactus.





É um roteiro pouco divulgado por aqui, exceto entre os famosos mochileiros, aquela gente estranha e corajosa que sai pelo mundo afora com uma mochila nas costas, andam em ônibus caindo os pedaços e dormem em qualquer canto. Eu, na senilidade dos meus quase 31 anos, costumo confrontar economia com um relativo conforto, e acabo não abrindo mão de um hotel razoável com um bom café-da-manhã. Ainda não sei de que modo farei o trajeto, mas estou tentado a ir de carro. Em todo o caso, o certo é que ei de ir.

Imagens: como ainda não fui pra lá, peguei as fotos no site www.welcomeargentina.com, exceto a última que foi no www.quebradadehumuahuaca.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Zilda Arns

No início da minha vida profissional, quando os dias de ócio (involuntários) superavam em muito os de trabalho, recebi um convite da Pastoral da Criança para participar de um encontro de dentistas da entidade, em Santo Ângelo.

Só para esclarecer, a Pastoral da Criança é uma entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem como objetivos combater a mortalidade infantil e proporcionar melhores condições de vida e saúde para crianças e suas mães, através de medidas simples e eficazes, como o soro caseiro, baseando seus métodos de trabalho na atuação dos membros das próprias comunidades beneficiadas. Sem paternalismo, assistencialismo ou politicagem, o que talvez sejam outros motivos para o seu sucesso. Foi fundada pela pediatra Dr. Zilda Arns Neumann.

Não sei porque cargas d’água acabei não indo, mas desde então passei a frequentar as reuniões, sempre nas primeiras segundas-feiras do mês, em cada oportunidade falando sobre algum assunto relativo à saúde bucal das gestantes e das crianças. Cheguei até a ir para Santa Maria, onde participei de outro encontro, no seminário da cidade, com dentistas de todo o estado.

Quando comecei a trabalhar para a Secretaria Municipal da Saúde, não pude mais comparecer às reuniões (que anteriormente tiveram até seus horários alterados a meu pedido), e acabei perdendo o vínculo com a Pastoral, mas não minha identificação e minha admiração pelo seu trabalho.

Escrevo isso tão somente para manifestar a tristeza que senti ao saber da morte da Dr. Zilda, na semana passada, no terremoto no Haiti, onde estava para divulgar seu magnífico trabalho a uma comunidade tão necessitada. Como disse o seu irmão, o Cardeal e Arcebispo Emérito de São Paulo, +Dom Paulo Evaristo Arns, “Ela morreu de uma maneira muito bonita, morreu na causa que sempre acreditou”.

Muito obrigado, Dr. Zilda.



domingo, 10 de janeiro de 2010

Absolvidos pela Morte.

Difícil misericórdia tão grande quanto a da morte. Inúmeros são os casos de personagens que tiveram seus feitos superestimados após o fim de suas vidas. Bem verdade que é feio falar dos mortos, mas convenhamos, tem horas que esses exageros enchem a paciência. Alguns exemplos:

Mamonas Assassinas: banda divertida, que gravou um cd com letras engraçadas e que lhes deu projeção nacional e espaço nos pavorosos programas dominicais da tv. Até que um acidente aéreo pôs fim a tudo.

Com a morte de seus integrantes, a banda ganhou muito mais exposição na mídia, as vendas de seu disco cresceram de modo exponencial, e suas músicas adquiriam um status até meio cult.

Caso o jatinho com que eles viajavam tivesse pousado normalmente naquele dia, a banda continuaria sua trajetória, lançaria um novo disco, desta vez feito com muito mais cuidado e profissionalismo (no jargão musical, muito mais “trabalhado”), emplacariam dois ou três hits, e acabariam sofrendo o desgaste natural que este estilo música-piada comumente tem. Seu terceiro disco seria um fracasso, o que ocasionaria o fim da banda. Seus integrantes partiriam para projetos individuais.

Hoje, seriam tão famosos e conhecidos como os cantores Falcão e Tiririca.

Airton Senna: grande piloto, um dos maiores da história, apesar de apenas ter sido campeão enquanto dispunha do melhor carro. Sua morte o colocou na condição de deus encarnado, supervalorizando de modo exageradamente excessivo (pleonasmo é pouco numa hora dessas) todas suas qualidades, e fazendo com que aspectos como sua falta de ética e de caráter e sua  homossexualidade passassem despercebidos. Virou herói nacional, junto com Tiradentes e Pelé (?). Na minha Cerro Largo não existe uma rua chamada Machado de Assis e nem Paul Harris, mas Airton Senna é digno de tamanha distinção.

Caso sobrevivesse, marcaria seus primeiros pontos no campeonato de 1994 em Ímola, mas teria novamente o desprazer de ver Schumacher no alto do pódio. Só pra relembrar, nas três corridas que disputaram naquele ano, o alemão fez 30 pontos com sua Benetton-Ford, enquanto que Senna, com a super Williams-Renault marcou ZERO pontos. Terninaria o ano com um digno vice-campeonato, o que se repetiria em 95, pois não seria capaz de superar o alemão que também passaria a contar com os motores franceses. Reencontraria a glória em 96 e 97, pois a ida de Schummi para a Ferrari abriria o caminho para o penta-campeonato do brasileiro, que não teria adversários. Mas com a ascensão da McLaren, aliada à decadência da Williams, Senna passaria dois anos em branco. Faria de tudo para retornar à sua antiga equipe, algo que conseguiria, mas a sua volta coincidiria com o começo do reinado da dupla Schumacher-Ferrari. Depois de mais dois anos de maus resultados, passaria a fazer lobby para correr pela escuderia italiana. Sem sucesso, decidiria se retirar da categoria, vendo de fora a quebra de todos os récordes pelo alemão.

Entraria para a história, de qualquer forma, mas muito longe das 400 vitórias e dos 20 títulos mundiais que as pessoas afirmam que ele conquistaria.



"Putis grila, o alemão já escapou de novo..."

João Goulart: após ser eleito por duas vezes consecutivas vice-presidente da república, Jango ganhou de bandeja o cargo de chefe da nação, atuando de modo modesto, até por que não dizer sem preparo para tanto. Foi “convidado” ao deixar o país e acabou morrendo no Uruguai. Durante anos comendo apenas do bom e do melhor, sem mediar quantidades, um enfarte acabou com sua pouco expressiva vida pública.

Se tivesse sido mais comedido em sua dieta, poderia ser eleito governador após a anistia. Acabaria a vida na câmara dos deputados, tendo como grande e único “palanque” a revolução de 64, ou em alguma função pública. Ou seja, mamaria nas tetas do governo à exaustão.

Nada diferente do que é hoje o Itamar Franco.

Salvador Allende: se não tivesse se matado, teria um destino muito semelhante ao de Jango. Caso não tivesse acontecido o golpe militar, dificilmente conseguiria tirar o Chile da crise econômica da qual se encontrava, o que o impediria de eleger um sucessor da situação. Tal qual Jango, seria um pouco destacado parlamentar.

James Dean: ator mediano, com fama de galã. Sua morte livrou-o de ter que demonstrar sua falta de talento em outros filmes. Provável que, assim como Marlon Brando, morresse gordo e pobre.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

10 Discos Marcantes

O Alex compilou 111 Discos Para Ouvir Antes de Morrer, e intimou sua blogosfera a fazer o mesmo.

De maneira alguma eu teria como fazê-lo. E os motivos são muitos: primeiro, a minha relação com a música parece ser bastante distanta da que o Alex tem: gosto, ouço muito, sou até bastante chato e criterioso para com o que escuto, mas tenho a impressão de que o meu amigo trata o assunto com muito mais devoção, quiçá profissionalismo.
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Sempre quis escrever "quiçá".
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Sendo assim, seria muito mais difícil para mim elaborar tão grandiosa lista.
Outro motivo é bastante regional, e hoje não tem valor algum, mas há uns 18 anos, quando comecei a me inteirar pelo assunto Música, vocês têm noção de quanto tempo demorava para que as "novidades" chegassem aqui no interior? Isso quando chegavam. A rádio AM da cidade, assim como todas da região, tinham uma programação musical bastante, digamos, conservadora. As FM's de Santo Ângelo, que eu conseguia sintonizar, também não eram grandes referências (as de Santa Rosa então, melhor nem comentar). Então nos inteirávamos das novidades do mercado fonográfico através daquilo que viesse de fora, seja por alguém que tivesse um irmão estudando em Santa Maria, seja por alguém com mais recursos e contatos, e que conseguisse comprar alguns LP's. Mas normalmente era através de fitas K7 mesmo, em sua grande maioria coletâneas ao invés do álbum inteiro, o que fez com que eu demorasse muito para compreender o valor de um álbum em relação a um único hit, e acabávamos não associando a música ao álbum. Durante muitos anos, tanto pela comodidade quanto até pela própria dificuldade em se ter acesso a estes álbuns, dava muito mais valor às coletâneas e a alguns trabalhos ao vivo, porque era um modo fácil e barato de se conhecer o "melhor" de cada banda. Somente depois de muitos anos é que pude ouvir alguns álbuns clássicos na íntegra, e apesar de conterem músicas que marcaram minha vida, quando os ouvi já não exerceram tanta influência em mim em relação do que poderia ter acontecido se tivesse conhecido-os em outras épocas.

Por fim, daria uma trabalheira do cão listar 111 álbuns. De momento citarei 10 que, superando as dificuldades comentadas acima, conseguiram ser importantes para mim. Não significa que eu considere esses os melhores trabalhos de cada artista, mas sim os que me marcaram:

Engenheiros do Hawaii - O Papa é Pop (Brasil, 1990)
Já falei sobre ele aqui no ADHD. Não é um primor de álbum, mas suas músicas foram as primeiras das quais gostei após me dar por conta (ou pensar) que tinha saído da infância.


Guns N' Roses - Appetite for Destruction (Eua, 1987)
A primeira fita que eu comprei no camelô. Sweet Child O'Mine foi a primeira música que me fez tocar uma guitarra imaginária. Abriu minhas portas para o Rock n' Roll.



Iron Maiden - Fear of the Dark (Inglaterra, 1992)
O álbum que me apresentou a uma das minhas bandas preferidas (com um bom atraso, diga-se de passagem). Mas ainda não estava preparado para conhecer melhor o Iron, tanto que minhas preferidas eram as "baladas" Fear of the Dark e Wasting Love.



Luiz Marenco - Luiz Marenco canta Noel Guarany (Rio Grande do Sul, 1996)
Fez com que eu descobrisse que a música gaúcha ainda tinha força e talento para mostrar. Parabéns Marenco.



Metallica - Metallica (Eua, 1991)
Outro álbum chave, que abriu meus horizontes. Assim como no caso do Maiden, minhas preferidas eram as "calminhas" The Unforgiven e Nothing Else Matters, mas gostava de praticamente de todas as músicas. O mais estranho é que quando ouvi os discos anteriores da banda, como meu critério de comparação era o álbum Metallica (não é racismo, mas não gosto de chamá-lo de black), acabei não gostando do que escutara. Sorte que o tempo é o senhor da razão e hoje entendo o porquê do ódio dos fãs para com este álbum.


Nirvana - Nevermind (Eua, 1991)
Não há muito mais o que escrever sobre este divisor de águas. Clássico como poucos conseguiram ser.


Noel Guarany - ...sem fronteira (Rio Grande do Sul, 1975)
Um achado na pequena coleção de discos do meu pai. O melhor cantor deste país chamado Rio Grande do Sul, em plena forma. Cada vez que eu escuto este disco, gosto mais dele.


Pink Floyd - Dark Side of the Moon (Inglaterra, 1973)
Ganhei de presente, no Natal de 1995, da família onde eu estava hospedado na Alemanha, pois um dos únicos discos que eles tinham que eu ouvia era o The Division Bell. Demorei muito para gostar do presente, somente tempos depois fui apreciar, ou melhor, entender o Dark Side... Mas Pink Floyd é assim.


Red Hot Chilli Peppers - Californication (Eua, 1999)
É um disco muito bom, muito além das músicas de trabalho, e aindo o escuto. Mas só está aqui por ter sido o último CD original que eu comprei. Marcou o fim de uma era.


The Ramones - Loco Live (Eua, 1991)
(Este 1991 foi célebre para a música). Não poderia deixar de citar Ramones, ainda mais pelo fato de ser um álbum tão marcante, apesar de ser um disco ao vivo, mas por muitos anos foi tão somente o que eu conhecia da banda.



Talvez um dia faça uma lista dos meus álbuns preferidos, pois inclusive foi isto que o Alex pediu, e não o que acabei de fazer.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cabo Polonio: muito melhor do que Punta

Nem tudo acontece como a gente quer (2006 é o maior exemplo disto). Vejam bem: eu, que adoro viajar, fui obrigado a planejar um período de férias, assim por dizer, bem mais modesto. Inúmeros motivos, desde financeiros até conjugais, fizeram com que eu assim procedesse.

Mas tudo bem. Já fiquei 5 anos sem férias, não vou me estressar por pouca coisa.

E não é que nem o pouco que planejei deu certo. E de quebra, ainda consegui pisar em um prego enferrujado…

E cá estou, no sofá de casa, com o pé levantado, curtindo um chimarrão e um ar-condicionado. Acho que foi a primeira vez desde que comecei a trabalhar que fiquei em Cerro Largo num dia da semana normal e não fui ao meu consultório. E o meu pé nem seria impecílio, estou aqui justamente para deixar de pensar um pouco no serviço. Em todo caso estou de férias, e só volto na segunda que vem.

E se não são as férias dos meus sonhos, posso aproveitar para relembrar alguns passeio que me inspiram os mais belos sentimentos de saudades. E como eu tinha me proposto a escrever bastante durante este período, eis aí a oportunidade de movimentar um pouco o ADHD.

E comecemos agora:

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Um dia quero fazer uma lista dos 50 motivos para conhecer o Uruguai. Claro que para isso terei que voltar ao país mais umas 2 ou 3 vezes, e não tão somente percorrer os free-shops de Rivera.
Mas com aquilo que eu conheço do país, eu bem que poderia listar uns 30 ítens. E pasmem: Punta del Este não estaria na minha relação.

Como o pessoal que aparece nas colunas sociais também não lê o ADHD, sei que não receberei crítica alguma por este “absurdo”. Mas convenhamos: a pequena e bela Banda Oriental dispõem de atrações muito mais bonitas e interessantes do que esta Atlântida com grife (ou com glamour, como quer a chata da Martha Medeiros). É provável que nem 5% dos que vão ao balneário bancar o playboy e tirar fotos em frente ao Konrad conhecem uma das jóias mais preciosas daquele país:

Cabo Polonio

O caminho é pela mesma Ruta 9 que liga Punta a Chuí. Somente é necessário pegar uma estrada vicinal em direção ao litoral e estacionar o carro. Porque não se chega a esta praia dirigindo, aliás nem se conseguiria atravessar as dunas com um automóvel qualquer. Somente “de a pé”, a cavalo, ou em veículos 4x4 que fazem a travessia.

Para quem já está torcendo o nariz, paciência. Também pensei 7 vezes se valeria a pena uma “indiada” dessas. Vale sim.

A cidade, ou melhor, o povoado é uma pequena vila de pescadores que graças às difíceis condições de acesso, manteve-se alheia ao passar do tempo. Luz elétrica só para quem tem gerador. Mas quem está lá nem se dá pela falta disso.

Num primeiro momento, o aspecto meio riponga pode assuntar, ainda mais pelas bancas de artesanato na praça (?) onde os 4x4 descarregam seus passageiros. Mas ao percorrer as ruas, ou melhor, os caminho de areia do povoado começa-se a perceber os encantos do lugar. São várias casinhas simples, dispostas sem ordem alguma, o que confere à paisagem um aspecto ainda mais pitoresco.



Há algumas pousadas e restaurantes, além de um comércio bem rudimentar. Provei um excelente salgado, recém tirado do forno de uma padaria. No local funciona um farol e também podem ser vistos dezenas de leões marinhos, que se concentram num paredão rochoso, devidamente isolado dos visitantes, e que são uma das principais atrações do local. Mas nas praias é possível ver um ou outro desses animais. pelo tamanho dos dentes dos bichinho, talvez seja prudente manter uma certa distância deles.

Se você está em busca de compras, shopping centers, conforto e glamour, não vá a Cabo Polonio. Agora quem gosta de simplicidade, belas paisagens e da sensação de tranquilidade que só um lugar isolado assim pode nos proporcionar, eis então minha dica.

Fiquei poucas horas lá, e para quem dispõem de pouco tempo, uma tarde é mais do que suficiente. Agora, se você também não conseguir ficar imune ao encanto do lugar, vai querer voltar, assim como eu quero, para aproveitar a calma e a beleza tão difíceis de serem encontradas.


Ah, não é só o “leiáuti” do blog que mudou. A antiga política de não colocar fotos nas quais meu rosto aparece para que as pessoas gostassem do blog pelo seu conteúdo escrito e não pela minha beleza foi abolida. E as imagens são todas minhas, ou como diriam por aí, de “arquivo pessoal”.
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