terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os ônibus de Resistencia

Não fosse pela jogo entre as seleções brasileira e argentina, praticamente ninguém aqui no Brasil teria ouvido falar da cidade de Resistencia (sem o circunflexo no original). Cidade feia mas com nome pomposo, é a capital da província de Chaco, no nordeste do país. Conheci-a em minha ida a Asunción, ficando hospedado lá duas noites. 

Por se tratar de uma cidade sem atrativos e por ter escolhido em hotel excelente, passei a maior parte do tempo nele. Mas sou um turista irriquieto, sempre faço um reconhecimento do local, uma caminhada ao final da tarde, um chimarrão na praça, uma parada para um lanche (tem um local com umas empanadas bem gostosas ao lado da praça principal, o nome é San Jose, se eu não me engano), essas coisas legais de se fazer em uma cidade que estamos conhecendo.

Para termos certeza de que se trata de uma capital de uma província da Argentina, basta procurar pela estátua equestre do Gen. San Martín, onipresente em todas elas (ao menos nas 9 que eu conheço). E ele estava lá, é claro, todo mal-educado, apontando para o chaco com o dedo.


Caminhando por suas ruas planas pouca coisa vi digna de nota ou registro fotográfico para compartilhar por aqui. Talvez o cotidiano dos vendedores de chipas nas esquinas, mas não, eu não teria talento para fazer algo bacana. Então, para não passar em branco e para o texto não ficar tão curto, deixo umas fotos dos ônibus da cidade. Não me perguntem por quê, mas gostei deles, e a última foto me agradou bastante.



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Aventuras Gastronômicas em Salvador III - um acarajé bem quente.

 - Quente ou frio? - pergunta a baiana para o turista incauto da piada que imita a vida real, referindo-se ao uso ou não de pimenta no acarajé, ingrediente que aos paladares pouco íntimos pode comprometer completamente o consumo do lanche pelo seu potencial de "aquecer" a boca. É impossível ir à Bahia e não comer um acarajé e quando fui fiz questão de estar preparado para prová-lo completo, inclusive com a temida pimenta.


Com seu gosto forte característico (devido à presença de um composto chamado capsaicina), este condimento foi durante séculos utilizado para mascarar o sabor de alimentos, numa época em que os métodos de conservação destes eram bastante precários, quando não praticamente inexistentes, sendo assim incorporado aos hábitos alimentares de muitos povos, como na Índia e na região onde hoje é o México. Mas para quem não está habituado ao seu consumo, certas variedades de pimenta podem mostrar-se bastante agressivas ao paladar.

Sempre gostei de alimentos apimentados, então tratei apenas de consumir com mais frequência e em maior quantidade, numa espécie de treinamento para o que estava por vir. Não sei se me preparei em demasia, acontece que por fim fiquei um pouco frustrado pois não tive dificuldade alguma para comer um legítimo acarajé "quente" de Salvador. Talvez por uma questão de hospitalidade a variedade utilizada é mais amena e tolerável a paladares menos habituados, deixando as mais potentes ou para o consumo caseiro ou para os turistas levarem para casa, como umas pimentas fortíssimas que comprei no Mercado Modelo. Mas, sinceramente, esperava mais das baianas: imaginei um embate cruel entre a capsaicina e o turista, com um final imprevissível... 

Mas não houve embate algum. O turista triunfou, com facilidade.

...

Há muito acarajé ruim sendo vendido em Salvador. Provei um perto do Farol da Barra cuja falta de qualidade era proporcional à higiene bucal da baiana que o preparou. O que provei no Pelourinho também não me agradou. Se querem um bom, procurem pela barraca da Cira, na praia de Itapuã. 




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O coração do Padre Roque Gonzales

Um único golpe certeiro na cabeça foi o suficiente. Abatido à traição, pelas costas, a vítima nem pôde ver o índio que desferira o golpe mortal com uma machadinha de pedra, a mando do cacique Nheçu. Terminava assim a história do padre Roque Gonzales de Santa Cruz. Apesar de morto, seus algozes ainda rasgaram-lhe o peito para remover o coração que já não pulsava mais. Mas para o espanto de todos, daquele músculo ensaguentado saiu uma voz que disse: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu!". Tanto por assombro quanto por irritação, os assassinos trespassaram o coração com uma flecha e queimaram-no, assim como o corpo do religioso, a pequena capela agora destruída e os demais apetrechos litúrgico. Queriam não apenas eliminá-lo fisicamente, mas também a mensagem que ele trouxera.
Não conseguiram: tanto a mensagem persistiu entre os índios, que se revoltaram contra Nheçu, quanto o coração do Pe. Roque não foi destruído pelas chamas e pela raiva de seus algozes, que também mataram os padres Afonso Rodrigues, que estava junto com o Roque Gonzales, e Juan de Castillos, este na redução de Assunção do Ijuí. Os três foram canonizados em 1988 pelo então papa João Paulo II.
A relíquia encontra-se aos cuidados dos Jesuítas do Paraguai. Em ocasiões solenes, a peça é levada a outros locais de culto, como aconteceu em 2010, durante a Romaria ao Santuário do Caaró, local do martírio. Por causa de uma alterção no programa original, não consegui chegar ao local a tempo de vê-lo, pois ele fora levado a Santa Maria um dia antes do previsto. Uma pena.
Mas como sabia que o coração era guardado no Paraguai, e como eu visitaria o país no início do ano seguinte, resolvi tentar descobrir a sua localização para assim poder visitá-lo, apesar de já tê-lo visto nos anos 80, quando ele fora trazido a Cerro Largo.
Através de um contato com a Província Brasil Meridional do Jesuítas, descobri que a relíquia está em Asunción, terra natal do santo, na Igreja de Cristo Rei, aos cuidados da comunidade jusuíta homônima. Tendo posse do endereço e de um GPS, não foi difícil de encontrar o local, que fica junto a um colégio. Por se tratar do período de férias, tivemos que pedir autorização para o guarda que cuidava a entrada. A igreja, que fica no pátio do colégio, quase não pode ser vista da rua.


Após umas batidas na porta e uns minutos de espera, fomos atendidos por um simpático jesuíta já bastante idoso, que nos abriu as portas de uma pequena capela contígua à igreja. Aliás, fora as ruínas de Jesus e Trinidad, esta foi a única igreja paraguaia na qual eu entrei. Não encontrei nenhuma outra aberta fora dos horários de missa.


Logo atrás do altar, uma caixa de vidro guarda o relicário com o coração do santo. A sua esquerda está a machadinha utilizada para cometer o crime e três estátuas de madeiras representando os três mártires.





Ao lado, uma relação dos jesuítas martirizados na América do Sul.


Seguiu-se um momento de silêncio e reflexão. Diante de mim, o coração daquele cuja atuação divide a história da Região das Missões em antes e depois de sua vinda para cá, que mesmo sendo portador de uma mensagem de paz foi vítima da intolerância e da violência. Minha visita, além da curiosidade turística, era uma forma de agradecimento a São Roque Gonzales e seus irmão inacianos por tudo o que fizeram por nossa terra.

...

Ainda na capital paraguaia, comprei uma pequena estátua do Pe. Roque esculpida em madeira, onde ele segura um coração trespassado por uma flecha. Apesar da fragilidade da peça, ela chegou incólume ao meu destino final. Mas nenhuma surpresa nisso tudo: para aquele cujo coração suportou o fogo e o passar dos séculos, isso não é nada.

sábado, 16 de junho de 2012

Mini-compêndio de verbetes eco-politicamente incorretas

Agronegócio: setor da economia que produz uma quantidade astronômica de alimentos, gera emprego e renda, impulsiona o crescimento da indústria metal-mecânica e da pesquisa agropecuária, leva o desenvolvimento econômico para os mais longínquos rincões do país, praticamente sustenta a balança comercial brasileira mas que pela sua eficiência e qualidade compete de modo desleal com a agricultura praticada na Europa e nos Estados Unidos.

Alimentos orgânicos: comida extremamente cara, vendida em pequenas feiras por tiozinhos de cabelo comprido, roupas coloridas, aspecto perturbado, olhar distante e olhos vermelhos. Alegam que são produzidos sem veneno, ao contrário dos pensamentos de quem os vende.

Biodiversidade: termo usado para identificar a grande variedade de espécies da fauna e da flora que habita o nosso planeta, e cujo número só é alterado pela ação maldosa do homem, pivô de extinções em massa, com as que ocorreram com o tigre dente-de-sabre, o BALUCHITHERIUM, os dinossauros e o autralopithecus.
Desenvolvimento sustentável: significa conciliar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade (vide verbete), ou seja, preservar o meio ambiente na África e na América Latina para que Europa e Estados Unidos possam desenvolver suas economias. Mais detalhes aqui.
  
Energias renováveis: alternativas importantes para diversificar as fontes de energia e que devem ser constantemente estudadas e aprimoradas. Infelizmente, no atual estágio de desenvolvimento tecnológico elas são incapazes de gerar energia para os tweets utilizados para promovê-las.

Greenpeace: entidade bilionária com sede na Holanda, cujo objetivo é fazer lobby visando a aprovação de leis ambientais que não existem nem no continente onde está sediada.

Hora do planeta: momento para pensarmos como seria a nossa vida sem usinas hidroelétricas e nucleares. Computadores, tablets e celulares podem ser utilizados, desde que suas baterias sejam previamente carregadas.

Índio: pessoa imune aos rigores da legislação ambiental, estando livre para caçar, cortar árvores, fazer queimadas e permitir a entrada de madeireiros, garimpeiros e ong's estrangeiras em suas terras.

Mobilidade urbana: termo muito em voga, abrange as condições através das quais as pessoas vão de um lugar a outro em uma cidade. Os principais fatores que atuam prejudicando a mobilidade urbana são: os governos, que por razões burocráticas, falta de visão ou por incompetência mesmo, não investem em transporte público de qualidade, ao mesmo tempo em que incentivam a venda de automóveis de passeio; os monopólios no transporte coletivo, sejam eles públicos ou privados; e também os ciclistas, que fazem suas manifestações em avenidas movimentadas.

Monsanto: sucursal do capeta na Terra, capaz de atrocidades como desenvolver sementes que possibilitam melhorar a produtividade da agricultura e ainda querer lucrar com isso.

Mudanças climáticas: referem-se à série de alterações na temperatura da Terra nos últimos tempos, todas causadas pela ação destruidora do homem. Anteriormente usava-se o termo "Aquecimento Global", mas para dar mais credibilidade a uma teoria apocalíptica sem embasamento tornou-se necessário usar um termo mais vago. Formulada por pessoas que, na infância, nunca leram sobre os mamutes e nem viram A Era do Gelo.

Reserva legal: contribuição compulsória e não indenizada de bens privados, mesmo que estejam na mesma família há gerações, uma espécie de dízimos que os agricultores precisam pagar à igreja da Mãe Natureza, mesmo que isto inviabilize suas propriedades rurais.

Sacolas plásticas: produto altamente perigoso, que tal qual um Sucubus, fornicará homoafetivamente com a Mãe Natureza até roubar toda a sua energia. Os seres humanos não estão aptos nem para o uso racional delas, por isso devem ser banidas completamente.

Sementes trangênicas: sementes modificadas geneticamente, que geram plantas mais resistentes a pragas e a condições desfaforáveis de clima e solo, facilitando o trabalho do agricultor e aumentando a produtividade, e por este motivo prejudicando o desenvolvimento sustentável (vide verbete). São odiadas por pessoas que nunca viram uma enxada.
 
Sustentabilidade: termo bacana, usado para designar qualquer atitude que não prejudique o meio ambiente e para agregar valor a algum produto comercial.




sábado, 24 de março de 2012

A maldição do Pink Floyd

Em 17 de julho de 2001, o Grêmio venceu seu último título importante, a Copa do Brasil. Desde então conquistou tão somente três míseros Gauchões, competição da qual não disputou as finais pelos quatro anos seguintes, foi rebaixado para a Série B do Brasileirão e participou apenas quatro vezes da Libertadores. 

Muitos alegam que problemas administrativos no início do século comprometeram seriamente as finanças do clube, que por muitos anos penou para sair deste atoleiro. Mas eu acho essa justificativa simples demais. Penso, ou melhor, tenho certeza que por trás destes longos anos de vacas magras está algo muito mais forte, que assim como a kryptonita age com o Superman, sugou todas as forças do Grêmio, que até hoje não conseguiu reerguer-se com altivez.

O problema do Grêmio chama-se Pink Floyd.

Eu considero a superstição uma das maiores demonstrações de ignorância. Relacionar eventos e desfechos totalmente aleatórios desafia qualquer parâmetro de sanidade mental. Por que motivos um pessoa teria anos de infortúnio apenas por quebrar um espelho? Ter a pata de um animal é a solução para nossos problemas profissionais, afetivos ou sociais? O fato de eu estar usando uma cueca azul fará com que o André Lima jogue bem? Muito imbecilidade crer em algo assim. Agora, esta relação entre a banda britânica e as mazelas do Grêmio é real, praticamente palpável, e só não está fartamente documentada porque até então ninguém havia se dado por conta disso.

A primeira vez que constatei essa cruel e nefasta associação foi na época da faculdade: para chegar à quadra onde faríamos o nosso tradicional jogo semanal, peguei carona com um colega que estava ouvindo Wish You Were Here (era na época do CD). Foi, sem dúvida, a pior atuação da minha vitoriosa carreira de goleiro. Claro que o fato de eu estar voltado de férias, após ficar muitas semanas sem jogar futebol, não podia ter nenhuma interferência na minha péssima performance, muito menos termos jogado em uma quadra diferente da habitual, com um piso emborrachado que segurava os meus tênis e me prendia no chão, dificultando a minha movimentação. As minhas qualidades superariam pequenos detalhes como esses. A causa era mesmo a música.

Mas até então era apenas a banda agindo negativamente sobre um gremista, um jogador amador, de muito qualidade mas tão somente amador. O clube da Azenha ainda não tinha sido afetado, tanto que continuou a conquistar títulos. Isso até a fatídica noite de 12 de março de 2002, quando tive a suposta alegria de presenciar o próprio Roger Waters em seu show In the Flesh em pleno estádio Olímpico. Foi o estopim. O que foi o futebol do Grêmio a partir desta noite? Um fracasso, este desempenho pífio que eu citei no primeiro parágrafo. Enquanto isso, aproveitando o vácuo deixado pelo tricolor, seu rival finalmente conseguiu sair das sombras e começou a levantar taças.

Pois é, Gremistas, eis a causa de todas as desgraças que atingiram o nosso tricolor no últimos anos: Pink Floyd. Foi a presença de seu ex-vocalista no Olímpico Monumental que desencadeou toda essa série de infortúnios que atingiu mortalmente o nosso imortal Tricolor. É algo real, baseado em evidências e não mera crendice. Tanto que sempre que eu escuto uma música da banda em dia de jogo o Grêmio se dá mal. Sempre. Tanto que nesses dias eu já evito de ouvir rádios onde corro este "risco", tipo a Kiss ou a Ipanema. Não se pode brincar com uma força tão poderosa e nefasta.

Mas felizmente isso vai acabar em breve: neste domingo o mesmo Roger Waters irá se apresentar em Porto Alegre, só que desta vez no aterro da beira do lago Guaíba. Se isto não for o suficiente para transferir a maldição para o lado deles, de qualquer forma o nosso Olímpico está com os dias contados e já no ano que vem o nosso Grêmio estará jogando em um lugar onde nenhum Pink Floyd jamais pisou.

Não foi fácil de suportar estes anos tão difíceis mas já está terminando. Tudo vai passar. A maldição do Pink Floyd vai chegar ao fim, graças a Deus! Que não abram nunca as portas da Arena para estes músicos malditos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Blocos de Carnaval da História de Cerro Largo.

Tenho uma incrível capacidade de guardar informações desnecessárias. Não sei o quão benéfico ou prejudicial é para mim este "dom",  pode ser que atrapalhe o armazenamento de dados realmente importantes ou, por que não, um sinal que o cérebro está trabalhando muito bem. Realmente eu não sei. Pode ser também que os meus critérios de importância não sejam os mesmos dos outros e fatos que para mim não têm grande relevância podem ser cruciais para alguns. Sendo assim, talvez fosse o caso de registrar parte deste meu "conhecimento" para evitar que se perca para sempre.

Começo com uma lista dos blocos que já participaram do carnaval na minha Cerro Largo. Se alguém não sabe, a tradição aqui é as pessoas se reunirem em grupos durante os dias da festa, os famosos blocos, não como aqueles do nordeste ou do Rio de Janeiro, mas sim adaptados aos costumes locais.

Um bloco precisa de seis coisas:
1- Integrantes, é óbvio: um grupo de pessoas em número razoável e com certa afinidade, seja por amizade, parentesco, trabalho ou até mesmo conveniência;
2- QG: o local onde o bloco se reúne durante o período de carnaval. Pode ser uma sala comercial alugada ou a casa de um dos integrantes;
3- Camiseta: é a identificação do bloco. Pode conter informações básicas como o nome, o símbolo (quando houver), a cidade, o ano, a idade do bloco e até dados dignos de estudos antropológicos, capazes de dissecar a personalidade dos integrantes ou a ideologia predominante nele. Alguns confeccionam fantasias mais elaboradas e até mesmo bandeiras;
4- Som: como é impossível dissociar festa de música, os blocos costumam contar com equipamentos de som potentes o suficiente para satisfazer seus integrantes e irritar os vizinhos. Em alguns casos, um carro bem equipado pode quebrar um galho;
5- Bebida: os blocos costumam disponibilizar uma quantidade farta de bebida para seus integrantes. Os excessos e suas consequências não são o objetivo deste relato;
6- Ônibus: como os blocos costumam participar de bailes em cidades diferente a cada noite, é necessário um meio de transporte.

Nas décadas de 60, havia vários bailes de carnaval aqui em Cerro Largo, sendo que em cada noite eles ocorriam em um dos clubes da cidade. Relatos que eu coletei afirmam que os primeiros blocos foram criados dentro dos clubes, havendo o bloco do Cruzeiro, do Caça e Pesca, do Cultural... Somente depois que eles se desvincularam das entidades.

Após esta breve porém necessária introdução, listo abaixo os blocos que fizeram parte do carnaval de Cerro Largo nos últimos 20 anos.

K'CETA: fundado em 1990, é o bloco de carnaval mais antigo em atividade em Cerro Largo. Seu nome, de acordo com o que os fundadores me contaram, é "a abreviação de duas coisas das quais os homens gostam muito" (nos seus primeiros anos, o bloco era formado apenas por homens). Por mais de 15 anos sua camiseta sempre foi branca. Além de ser o primeiro bloco da cidade a fazer camisetas também para a Oktoberfest-Missões, foi pioneiro na internet, sendo o primeiro a ter um site na internet, uma comunidade no Orkut e um grupo de discussão no Facebook. Seu símbolo é um "olho" inspirado na capa do primeiro álbum do Ultraje a Rigor.

100 Futuro: fundado um ou dois anos depois do K'CETA.  Ainda em atividade.

Tik Dur: criado um ou dois anos antes que o K'CETA, foi um bloco muito tradicional (também era exclusivamente masculino), mas começou a definhar até desaparecer depois de uns 15 anos de festa (ouvi um amigo dizer que "o Tik Dur broxou..."). Seu símbolo era inspirado no antigo logotipo da Adidas, aquele do trifólio, estilizado para lembrar uma genitália masculina com os testículos. Parece que tempos atrás houve uma tentativa de reerguê-lo (sildenafila?), mas até agora sem sucesso.

Independentes: seu primeiro carnaval foi em 1996. Apesar de ser um bloco com poucos integrantes, manteve-se forte por uns 6 ou 7 anos. No seu ano de despedida, trocou Cerro Largo por Florianópolis.

Whiskysitos: surgiu no começo deste século. Inovou com o uso de fantasias bastante elaboradas (no primeiro ano foram de Flintstones). Também investiam pesado na sonorização. Durou uns 5 anos.

Bandeloko: fundado por ex-integrantes do Whiskysitos. Até onde eu sei, ainda em atividade.

Elma Chops: surgiu no final da década passada. Ainda em atividade. Seu símbolo é baseado na marca de salgadinhos da PepsiCo.
 
Lombrera: um bloco de fãs do Rock n' Roll que não se conformavam em ter que escutar pagode, funk e outros estilos "menores" nos QG's. Seu símbolo era inspirado no palhaço da banda alemã Lacrimosa. Durou dois carnavais.

C Q Sab: durou uns 2 ou 3 anos, no final da década de 90.

Farra Mansa: não me recordo se este bloco chegou ao seu segundo carnaval. O QG era nos fundos de uma casa, na Daltro Filho. No começo deste século.

Bafo de Kisuco: formado basicamente por adultos, a maioria casais. Não sei se existe ainda, lembro-me dele em uns dois carnavais, uns anos atrás.

Ksarinas: bloco exclusivamente feminino, muito forte nos anos 90. Acho que desapareceu no começo do século.

Choppados: também de meados da década passada, seu primeiro QG foi no bairro Brasília. Durou uns 3 anos.

Metralhas: tenho quase certeza que existiu um bloco com esse nome, cujo QG era numa antiga casa ao lado da praça, onde agora funciona a Defensoria Pública.

Taz Loko: outro bloco de vida curta, apesar de chegar a reunir bastante gente. Não sei se chegou ao quarto ano, isso no final do século passado.

Tô rindo à toa: o único desta lista que vem do interior da cidade, mais precisamente da vila Tremônia. Participa de bailes fora do roteiro dos outros blocos da cidade e já tem uns 10 carnavais de vida. Seu QG é no clube da localidade.


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