quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vendem-se ilusões

É incrível a capacidade que o futebol tem de nos iludir: durante todo o Brasileirão 2008 tive a ilusão que o meu Grêmio tinha não só chances, mas sim enormes possibilidades de conquistar o campeonato. Como pude me iludir tanto?

Desde que o torneio passou a ser disputado pelo sistema de pontos corridos, duvidei que algum dia o tricolor lutasse novamente pela taça. Todas as nossas conquistas de maior expressão vieram na base da superação, com times limitados e, na maioria das vezes, nos valendo de alguma peculiaridade do regulamento. Algo totalmente impossível num campeonato tão longo, onde 20 times jogam todos contra todos e aquele que somar mais pontos é o vencedor. Não é à toa que no primeiro ano lutamos até o final para não cairmos e no segundo ano sucumbimos. Quando voltamos, até que não fomos tão mal, mas nunca vimos a taça de perto.

Neste 2008 vimos. Inclusive imaginamos que já estávamos encostando os dedos nela.

Ilusão, mais uma mera ilusão destas que somente o futebol é capaz de criar. Um time sem ataque, com severas limitações não conseguiria se superar por intermináveis 38 rodadas. No domingo passados acordamos para a realidade, ainda atordoados, mal e mal conseguindo ver um cada vez mais distante São Paulo. Apesar de que a matemática, de modo extremamente debochado, ainda nos contempla com uma remota possibilidade de título, o Campeonato Brasileiro de 2008 acabou para nós. Restou-nos assegurar a vaga para a Libertadores 2009 nas duas derradeiras rodadas.

É bem verdade de que nossas expectativas no início do campeonato eram muito piores, porém é frustrante e dói perder o campeonato deste jeito, depois de irmos tão longe, ainda mais porque não sei quando teremos novamente uma oportunidade como esta.

O que pode ser pior do que isso? Só uma improvável derrota sãopaulina em pleno Morumbi, aliada a uma vitória nossa no Ipatingão, reacendendo em nós a chama da imortalidade (aquela mesmo que luziu exatos 3 anos atrás em Recife, neste mesmo 26 de novembro) fazendo com que cheguemos a rodada final com condições de conquistar o título.

Mas do que adiantaria? Seria tão somente mais uma ilusão que o futebol criaria em nossas mentes apaixonadas.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Direito à vida

Como já disse repetidas vezes, tenho somente 4 leitores, mas não custa nada, além de energia elétrica e tempo, utilizar este espaço para divulgar algumas idéias que eu acho interessantes. Aqui vai uma delas:

fonte: http://www.zenit.org/article-20093?l=portuguese

Organizações pró-família e pró-vida apóiam a iniciativa de C-FAM (Catholic Family and Human Rights Institute )

"MADRI, terça-feira, 18 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Por ocasião do 60º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos no próximo dia 10 de dezembro, o «lobby» abortista propõe que o aborto seja declarado como direito humano pela ONU. Para impedir que a proposta seja aceita, a C-FAM organizou, junto a outras organizações pró-vida e pró-família, um abaixo-assinado internacional.

Em inglês já foram reunidas mais de 30 mil assinaturas. Em espanhol foram a 7 mil. Todas as assinaturas serão apresentadas na sede das Nações Unidas no dia 10 de dezembro e se espera que sejam mais de 100 mil. Elsa Yolanda Márquez Reyes, uma das promotoras, faz um convite: «Sejamos a voz dos que não têm voz».

A C-FAM, líder da campanha, é uma organização fundada em 1997 para acompanhar e promover a vida no debate sobre políticas sociais nas Nações Unidas e em outras instituições internacionais. Trata-se um instituto de pesquisa sem fins lucrativos, dedicado a restabelecer uma compreensão ajustada do direito internacional, proteger a soberania nacional e a dignidade da pessoa humana.

O abaixo-assinado, em numerosos idiomas, recorda que a Declaração Universal é a conquista de um padrão comum para todas as pessoas e todas as nações, e indica que se deve proteger o direito à vida de cada ser humano, a partir do qual cada criança tem o direito de nascer e ser educada dentro de sua família, baseada no casamento de um homem e uma mulher, sendo a família o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade; o direito de cada criança de ser educada por seus pais implica que estes têm, por sua vez, o direito fundamental de escolher o tipo de educação que darão aos seus filhos.

Por isso, o assinante solicita a todos os governos que interpretem de maneira apropriada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dado que: todas as pessoas têm o direito à vida, a liberdade e à segurança pessoal (artigo 3); os homens e mulheres em idade madura sem nenhuma limitação devido à sua raça, nacionalidade ou religião, têm direito a contrair matrimônio e a estabelecer uma família. (artigo 16); a família é o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção por parte da sociedade e do Estado (artigo 16); a maternidade e a infância dão direito à assistência e a cuidados especiais (artigo 25); os pais têm o direito prioritário de escolher o tipo de educação que darão aos seus filhos (artigo 26).

Para mais informação: http://www.c-fam.org/publications/id.97/default.asp "


Como disse Martin Luther King: "O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre os trilhos

Maldita internet! Não paro de encontrar coisas interessantes nela.


Hoje eu lia um texto no Impedimento, que me levou a outro blog sobre futebol, o Puro Futebol (que conta/contava com a colaboração do Froner do FutebolForça.com) onde vi algumas fotos da antiga estação ferroviária de Bagé, com os créditos para o site Estações Ferroviárias do Brasil.


Não sei de onde vem esse meu gosto por trens e assuntos relacionados. Somente sei que o tema me fascina. Talvez seja pelo estado de completo abandono em que foi deixada a malha ferroviária do nosso país, assim como dos países vizinhos, fruto do total descaso por parte dos governos que por décadas administraram (???) o setor. E isso já é o suficiente para acelerar o coração de um nostálgico.


Como não se emocionar com trilhos abandonados, por onde durante anos circulou a história de cidades, pessoas e indústrias? E as estações, sejam elas imponentes prédios ou singelas casinhas, quantos momentos de alegria e de tristeza não presenciaram, fosse no triste choro de mães cujos filhos iam estudar num distante internato ou num seminário, e que viam os trens partirem levando junto uma parte de suas vidas, fosse nos alegres momento de reencontro, de chegada. Locais que testemunharam tantos momentos inolvidáveis na vida das pessoas, mas que hoje estão eles próprios esquecidos pelo progresso, abandonados, depredados.


Os trens não transportavam apenas pessoas e mercadorias: levavam vidas, histórias, e também o progresso. Quantas cidades não prosperaram com a chegado dos trens, e depois que o último partiu, viram também partir o futuro? Vilas que cresceram ao redor das estações, algumas conseguindo até a emancipação, e que hoje estão tão abandonadas quanto os ramais que a atravessavam.


Por esta razão, o site foi um achado para mim, pois além de contar a história de diversas ferrovias brasileiras, é ricamente ilustrado com antigas imagens de composições, pátios, plataformas de embarque, dentre tantas outras.


Vou perder um bom tempo com isso. Mas como é bom desperdiçar nosso escasso tempo com aquilo do qual gostamos.


Mas talvez o motivo nem seja nostalgia coisa nenhuma. Acho muito mais provável que seja um trauma por não ter ganho um Ferrorama quando criança.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Não fiz a feira

Fiz uma rápida pesquisa na minha biblioteca: há livros comprados em todas Feira do Livro de Porto Alegre desde 2001. É provável que haja também de anos anteriores, pois foram os anos em que estudava na cidade, porém não tinha o hábito de registrar o local e a data da aquisição de cada um dos meus livros.

Em 2007 comprei 8, dos quais 3 ainda não li, assim com alguns adquiridos em 2006 e 2005. Tinha decidido não comprar mais nenhum enquanto não lesse o que já tinha em casa. E esse foi um dos motivos pelos quais passei em branco na edição deste ano da Feira.

Mas não tenho certeza de que fiz a coisa certa.

sábado, 15 de novembro de 2008

Vadiagem instuticionalizada.

Hoje é feriado. Por ser sábado podemos dizer se tratar de um semi-feriado, mas não deixa de ser.

Não gosto de feriado, creio que há muitos deles durante o ano. Fosse por mim, eliminaria a maioria deles, deixando apenas o Natal, a Sexta-feira Santa, o dia da pátria (no meu caso, 20 de setembro) e algum outro dia Santo, como Corpus Christi. E deu! Dia do trabalho, do município, finados, 1º de janeiro, Tiradentes, proclamação da república? Ah vão trabalhar seus vagabundos!

Um dos mais bizarros para mim é justamente o de hoje, 15 de novembro. A substituição do regime monárquico pela república não foi mais do que uma obrigação por parte dos brasileiros. Aliás, vergonhosamente a fizeram apenas 67 anos após a independência, muito tempo depois de nossos vizinhos atrasados.

É bem verdade de que o fato foi importante, mas fazer toda a cadeia produtiva do país parar somente para lembrar algo que de algum modo ou de outro acabaria acontecendo? Patrões pagando salários para funcionários que, ao invés de produzir, ficam o dia enchendo a cara, sem saber o motivo pelo qual não precisam ir trabalhar.

E tem gente que não sabe por que esse país não dá certo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Blau Berg Bier III

Justiça seja feita: fica aqui o agradecimento ao grande incentivador e co-autor da cerveja abaixo, meu amigo Everton Dewes. Sem ele a Blau Berg não existiria.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Blau Berg Bier II

Só a quem interessar possa: sinto-me muito bem. Ainda nem precisei ir ao Louvre.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Blau Berg Bier

Tenho várias desculpas para que a série Cerveja Artesanal - a saga não esteja seguindo uma ordem cronológica: trabalho, estudos, vida afetiva, antigomobilismo, futebol, minha participação no FutebolForça.com e, por que não dizer, preguiça. Os meus relatos sobre a história da bebida ainda estão na Mesopotâmia, mas minha produção... bem...



Estou escrevendo sentido o after taste da primeira Blau Berg Bier a dar o ar da graça e a ser consumida.



É óbvio, e já era esperado, que não ficou lá grandes coisas, mas confesso que me surpeendi positivamente. Ao engarrafá-la, o odor não era muito convidativo, e pus a maior parte da leva fora. Hoje, ao abrir a primeira garrafa, percebi que o (mau) odor permanecia. Tive receio em experimentá-la, mas fui em frente:



E eis a minha surpresa: a cerveja era "bebível". Já tomei muita cerveja "comercial" em pior estado. Tinha gosto de cerveja, não era uma Abadessa ou uma Schmitt, mas era cerveja. E isso me animou, pois esperava um resultado muito pior. Por se tratar da primeira leva, e devidos aos vários problemas na produção já detectados, o resultado foi bastante animador.



Só espero que amanhã me encontre em condições intestinais adequadas para levar o projeto adiante.

sábado, 8 de novembro de 2008

Engajados ou chatos

Quinta-feira teve show do R.E.M. em Porto Alegre no Zequinha Stadium. É óbvio que eu não fui, mal e mal conheço e o pouco do que eu conheço deles não me agrada . E ainda bem que eu não fui. Li no jornal que o viado do vocalista, cujo nome nem me lembro, ficou louvando a eleição do Obama.

Mas o que nós aqui ao sul do rio Uruguai temos a ver com isso, cara pálida? Eu estou pouco me lixando para as eleições americanas. Vai e comemora no hotel ou com os teus machos, e não com o pessoal que não tem nada a ver com isso.

Se tem algo que eu não suporto são os tais artista engajados. Bota racinha chata. Se eu vou a um show de música estou afim de ouvir essas músicas das quais eu gosto, e não mensagens ideológicas ou aulas de política. Não entendo como não vaiam o também absurdamente chato Bono Vox quando ele começa com suas pregações. Pô, tu é músico, se quiser ser o salvador do mundo te candidata a alguma coisa. Cala a boca e canta.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Carro velho

Para que serve um carro?

Quando Carl Benz e Gottlieb Daimler desenvolveram suas primeira carroças motorizadas, creio que pretendiam apenas facilitar a movimentação das pessoas, até então dependentes de tração animal (fosse ele racional ou não) ou das estradas de ferro.

Acontece que os primeiros automóveis, produzidos manualmente, não eram nada acessíveis à imensa maioria da população, ficando restritos a uma elite. Isso até Henry Ford desenvolver a linha de montagem.

E o povão pode ter seu Ford modelo T.

Mas os Rockfellers da vida não precisavam usar os mesmos carros de seus jardineiros. Sempre houve fábricas cujo foco era a exclusividade.

Ou seja, desde o princípio o carro sempre foi muito mais do que um mero meio de transporte: além de um indicador sócio-econômico, ele representa um símbolo de status, de identificação e até de auto-afirmação. E por que não dizer um dos motores da economia? Se esta vai bem, produzem-se e vendem-se carros aos montes. Se vai mal, as fábricas diminuem a produção, demitem funcionários, é o caos.

Mas se sempre são produzidos mais e mais carros, o que fazer com os velhos? Fundição? Ferro-velho? Reciclagem?

Bem, para alguns os automóveis também podem ser obras-de-arte ou objetos de coleção. Pode não ser algo muito prático guardar carros em uma coleção, mas cada vez mais pessoas fazem isso. A história da indústria automobilística, e por conseqüência deste período da humanidade está sendo preservada.

E escrevo isso para dizer que agora um grande amigo meu (que pediu anonimato) pode dizer, com o peito inflado pelo orgulho, que também faz parte deste grupo de excêntricos: comprou um carro antigo, mais precisamente o Ford 41 da foto.


Vai ter bastante trabalho. Mas creio que será divertido. No mínimo terei bastante assunto para escrever aqui.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Emoções nas manhãs de domingo

Minhas primeiras lembranças de corridas de Fórmula 1 são anteriores às primeiras lembranças de futebol. Recordo de estar na sala de minha casa com mais pessoas da minha família quando o austríaco Niki Lauda conquistou o título em 1984. E como somos descendentes de alemães, lembro-me de que houve um sentimento de satisfação, pois austríaco e alemão é a mesma coisa (hehehe).

Sempre gostei de acompanhar as corridas, e o faço desde então. Lia as reportagens nas Quatro Rodas, guardava os encartes no início das temporadas, assistia a todas as corridas. Será que alguém além de mim, do Reginaldo Leme e do Lemyr Martins lembram que existiram as equipes Wolf, Osella, Zakspeed, Eurobrum, Footwork, Forti Corsi e Simtek?


E como ancião na categoria, é evidente que acabei virando piquetista, e o que é pior, um piquetista xiita: vitórias do Senna eram capazes de estragar o meu humor pelo dia inteiro. As manhãs de domingo no final da década de 80 e comoço da de 90 foram extremamente deprimentes pra mim.


Mas aí veio a Williams Renault com controle de tração e, principalmente, Michael Schumacher. Podia não ser algo emocionante em termos de disputa, mas pelo menos divertia-me muito vendo o Senna sendo mero coadjuvante, sem conseguir um desempenho razoável, fazendo beicinho para poder correr somente com o melhor carro. E quando finalmente conseguira, não era capaz de fazer frente ao impetuoso alemão e sua Benetton Ford.


Como fã do Schumacher, não posso me queixar dos anos seguintes, apesar da enorme disparidade do campeonato. Passei a acompanhar a F1, mas com menos fervor. Os últimos 3 anos foram muito bons, mas não conseguiu causar em mim o mesmo entusiasmo.


Exceto no último domingo...


Não me lembro da última vez que tivesse me empolgado tanto com uma corrida de Fórmula 1. O final do Grande Prêmio do Brasil foi fantástico, vibrei muito com o Massa, e não escondi a frustração com o inespedado final.


Espero que seja o prenúncio da volta dos bons tempos da categoria.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Secreto

Não tenho nada contra os treinos secretos, tão usuais no futebol atual e que tanta crítica recebem por parte da imprensa. Afinal, como o esporte está tão nivelado uma jogada ensaiada ou uma supresa podem decidir uma partida.

A minha única objeção quanto à essa prática é o fato de ficarmos sem a possibilidade de assistirmos às belas jogados e aos gols de grandes jogadores, como é o colombiano Perea. Acredito que ele deva jogar muito nos treinos, empilhando gols e mais gols nos coletivos. Essa é a única razão dele continuar não somente sendo relacionado para os jogos do Grêmio, mas como também vinculado ao clube da Azenha.
Related Posts with Thumbnails