Trabalhar é bom, principalmente quando se faz o que se gosta e nos sentimos realizados. E necessário também. Na finada União Soviética, os comunistas diziam que "quem não trabalha não come" (hoje esses mesmos comunistas dizem que "quem não trabalha recebe "Bolsa Família"). Agora, isso tem um porém: até que ponto vale a pena sacrificar longas horas de um breve dia em nome do trabalho? Será que não estamos dando demasiado valor a coisas como retorno financeiro, status, projeção profissional? Será que já paramos para pensar que muitas outras coisas, extremamente mais importante do que estas citadas acima, podem estar sendo deixadas de lado?
Começo a trabalhar às 7:30, e dificilmente saio do consultório antes das 20:00 (isso quando não fico aqui até às 21:30), com muitas vezes não mais do que 60 minutos de intervalo ao meio-dia. É verdade que dou graças a Deus por ter a oportunidade de trabalhar, mas será que não estou deixando de fazer coisas que poderão talvez um dia me fazer falta? O dinheiro que eu ganho supre o tempo que eu deixo de estar com meus pais? Ficar junto das pessoas que eu amo, brincar um pouco com meus cachorros, cuidar de um canteiro da horta, ir à missa ao final do dia, comer uma fruta direto do pé, caminhar pela praça, respirar o ar ainda puro da minha cidade, ver o pôr-do-sol, será que estou fazendo bem em abrir mão de todas essas coisas por causa de umas restaurações e uns tratamentos de canal? Começo a pensar seriamente que não. Nossa passagem por esta terra é muito curta.
Pode ser que a pessoa com a qual conversamos trivialidades ontem a noite possa ser encontrada caída no banheiro na manhã seguinte. Mas aí talvez seja tarde demais...
Bubba - Primeiro mês
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Neste domingo, 26 de junho, completa-se um mês do dia em que adotei Bubba.
Algumas pessoas mais próximas sabiam com muita antecedência de minha
intenção d...
Há 8 anos
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