“Quero rezar uma missa na Polônia!”
Vista assim, esta frase não tem muito sentido e muito menos relevância. Mas dita por um Papa, contrariando a autoridade de uma ditadura comunista explicitamente atéia, daí a história já muda.
E como mudou. Uma das primeiras decisões tomadas por Karol Wojtila ao ser escolhido Papa foi que iria celebrar a Eucaristia em sua terra natal, que então estava do outro lado da Cortina de Ferro. Evidente que a primeira reação do Partido deve ter sido de contrariedade, mas não havia como ir contra o desejo de um povo que somente usufruiu de auto-determinação por poucas décadas nos últimos mil anos, e que utilizava a religião como instrumento de unidade, mesmo acossados pelos russos ortodoxos de um lado, e os protestantes da Prússia do outro. Não teve jeito o Papa foi à Polônia, onde foi recebido pelo primeiro-ministro Wojciech Jaruzelski (foto), o títere soviético de então.
Uma vez eu vi num documentário sobre a vida de João Paulo II uma cena onde Jaruzelski discursava diante do Papa. Suas pernas tremiam de modo nítido e constrangedor e ele ainda gaguejava. Também, apesar de ter lido e relido Marx, Engels, Trotsky, Gramsci entre outros, deve ter vindo-lhe à tona toda a formação cristã que recebera em sua casa, no seio da família. Para ele, aquela pessoa a sua frente não era mais um outro Chefe de Estado. Era o sucessor de Pedro, sobre o qual o próprio Cristo edificou a Igreja.
E a “ditadura do proletariado”, que de acordo com Marx seria o destino inevitável de todos os povos, começou a ruir. Dez anos depois o Muro da Vergonha era derrubado.
Hoje faz 30 anos que os cardeais, reunidos em Conclave no Vaticano, escolheram Karol Wojtila para suceder João Paulo I. Um dia para ser lembrado e comemorado.
Vista assim, esta frase não tem muito sentido e muito menos relevância. Mas dita por um Papa, contrariando a autoridade de uma ditadura comunista explicitamente atéia, daí a história já muda.
E como mudou. Uma das primeiras decisões tomadas por Karol Wojtila ao ser escolhido Papa foi que iria celebrar a Eucaristia em sua terra natal, que então estava do outro lado da Cortina de Ferro. Evidente que a primeira reação do Partido deve ter sido de contrariedade, mas não havia como ir contra o desejo de um povo que somente usufruiu de auto-determinação por poucas décadas nos últimos mil anos, e que utilizava a religião como instrumento de unidade, mesmo acossados pelos russos ortodoxos de um lado, e os protestantes da Prússia do outro. Não teve jeito o Papa foi à Polônia, onde foi recebido pelo primeiro-ministro Wojciech Jaruzelski (foto), o títere soviético de então.
Uma vez eu vi num documentário sobre a vida de João Paulo II uma cena onde Jaruzelski discursava diante do Papa. Suas pernas tremiam de modo nítido e constrangedor e ele ainda gaguejava. Também, apesar de ter lido e relido Marx, Engels, Trotsky, Gramsci entre outros, deve ter vindo-lhe à tona toda a formação cristã que recebera em sua casa, no seio da família. Para ele, aquela pessoa a sua frente não era mais um outro Chefe de Estado. Era o sucessor de Pedro, sobre o qual o próprio Cristo edificou a Igreja.
E a “ditadura do proletariado”, que de acordo com Marx seria o destino inevitável de todos os povos, começou a ruir. Dez anos depois o Muro da Vergonha era derrubado.
Hoje faz 30 anos que os cardeais, reunidos em Conclave no Vaticano, escolheram Karol Wojtila para suceder João Paulo I. Um dia para ser lembrado e comemorado.
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