segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pobre goleiro

Não existe função mais ingrata do que a do goleiro. E não estou me referindo apenas ao futebol, mas a toda e qualquer modalidade esportiva. Até não entendo o que leva alguém em sã consciência a querer jogar no gol. No meu tempo, a tarefa sobrava para os ruins com os pés ou os poucos gordinhos da turma. Como eu me enquadrava nos dois aspectos, acabava no arco (pelo número de gordinhos que existe hoje em dia, acredito que esta situação não deva permanecer, hoje estamos em maioria - eu estava a frente do meu tempo).

Bem, o centro-avante pode errar 9 chutes, se fizer o décimo pode estar consagrado. O goleiro pode defender 9 chutes, e se falhar no décimo a casa cai.

E o que se falar quando o jogador, quando menos espera, é obrigado a calçar suas luvas e entrar em campo, num jogo importante, de uma hora para a outra? O goleiro David, do Clube Náutico Cabiparibe, somente foi relacionado para compor o banco de reserva porque o titular Eduardo não vinha tendo um desempenho satisfatório, dando lugar ao seu suplente André. Mas André se machucou, e o jovem David teve que assumir a responsabilidade de segurar o melhor ataque da competição, o líder do campeonato, num jogo onde seu Náutico tentava desesperadamente fugir do grupo de 4 infelizes que padecerão 2009 na Segundona.

Pobre goleiro, seu nervosismo era nítido. Toda bola alçada à sua área causava temor na torcida pernambucana. Até que o gol Gremista saiu, aos 49 do segundo tempo. E David não teve culpa.

Se não fosse contra o Grêmio, confesso que ficaria com pena do goleiro.

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