"No final de uma jornada de saltos mortais por uma estrada dura e cheia de curvas, o ônibus do Correio exalou seu último suspiro onde merecia: encalhado num manguezal pestilento de peixes podres a meia légua de Cartagena de Índias. (...)
O motorista saltou da boléia e anunciou com um grito mordaz:
- Lá está a Heróica.
Este é o nome emblemático pelo qual se conhece Cartagena de Índias, graças às suas glórias do passado..." (Trecho de Viver para Contar, de Gabriel García Márquez).
Cartagena de Índias é uma cidade que sempre despertou minha curiosidade. Um local onde posso aliar meu gosto por cultura hispano-americana, arquitetura colonial, história e piratas. Não está entre os destinos mais procurados pelos brasileiros, mas este definitivamente não é um parâmetro muito confiável.
A cidade foi um dos principais portos da América Espanhola, por onde era escoada grande parte da prata das minas de Potosí e outras tantas riquezas que tinham a Europa como destino. Devido ao constante assédio de piratas e corsários, a cidade construiu um muro para tentar protegê-la, algo comum na época. Esta edificação ainda existe, algo pouco comum hoje em dia.
Dentro da "cidade amurada" encontram-se verdadeiras joias da arquitetura colonial. Uma considerável quantidade de construções mantêm as característica do passado. Atravessar esta muralha é como entrar em uma máquina do tempo.
Não sei dizer se o colorido das casas remete às preferências da época em que foram construídas. Além da profusão de cores, as sacadas de madeira também são marcas registradas do local. Muitas destas construções foram restauradas e hoje abrigam hotéis, restaurantes, lojas, enfim, lugarem onde os turistas podem gastar seus dólares.
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