sexta-feira, 29 de maio de 2009
Onomástico
Mas sempre que o calendário apontava 19 de março o vovô nem ia à sua marcenaria, ficava em casa, esperando os amigos que iriam lhe cumprimentar e com ele jogar cartas. Era o dia de São José, o santo que tinha o nome dele. Ou seja, para o vovô o que era importante era o que os antigos chavamam de Onomástico.
Ontem, dia 28 de maio, era dia de São Germano. Era o meu onomástico.
De certo modo, parabéns para mim.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Degustando um mate.
Sim senhor. Todos devem ter lido/visto/ouvido algo sobre degustação de vinhos, com todo o vocabulário peculiar adjacente: taninos, frutas vermelhas, baunilha, tabaco, bouquet, etc. E muitos já devem também estar a par desta mesma situação envolvendo cervejas, onde os bebedores, tal qual fazem os (muitas vezes pseudo-)enólogos, levantam seus copos/taças, apreciam a cor, a translucidez, sentem os aromas e os sabores, dissecando-os: lúpulo, cevada, álcool, café, chocolate, banana, o famigerado diacetil, dentre tantos, perceptíveis ou não.
Agora, alguém já ficou sabendo de alguma degustação de erva-mate?
Seguindo a lógica internética, procurei no Google pelas expressões "degustação de mate", "degustação de chimarrão" e "degustación de mate", sem sucesso algum. Ou seja, se não tá no Google, não existe!
Encontrei referências a provas da bebida, normalmente em ervateiras, mas no intuito de mostrar o produto a possíveis compradores. Mas um teste, comparando mais tipos de Ilex paraguariensis, ah, isto certamente é novidade. E que o Guilherme não venha contestar novamente.
Em recente viagem de férias ao Chile, adquiri um pacote com três variedades da erva-mate argentina La Merced, a saber: de campo, barbacuá e de monte.
Preparei três mates, cada um com uma variedade da erva. E intercalei sorvos do amargo com água e pão, tal qual reza a cartilha de um bom degustador, para "limpar" as papilas gustativas. Como resultado, consegui perceber significativas diferenças. Bem, confesso que não achei tão significativas assim, mas percebi que a de Campo era mais suave, na Barbacuá percebia-se um leve toque de defumado (devido ao seu modo característico de preparo) e na de Monte o sabor era mais "forte", mais amargo. Mas nada de novidade que não constasse no verso dos pacotes.
Ou seja, a degustação foi fortemente direcionada pelas informações disponibilizadas pelo fabricante, além de não ter sido feito às cegas. Mas nada, absolutamente nada tira o aspecto histórico disto que agora relatei.
É bom saber, ou melhor, se dar conta de que o universo da erva-mate é muito mais amplo do que as expressões pura folha, moída grossa, nativa, suave (leia-se "com açúcar") encontradas nas prateleiras dos mercados nos levam a crer, isso sem citar os tais chazinhos hoje tão comuns. Características como solo, quantidade de sol a que os ervais são submetidos, modo de preparo e maturação, dentre outros determinam características peculiares de cada erva. Ou seja: o seu chimarrão de cada manhã tem terroir.
Pense nisso nos momentos de reflexão que o ato de tomar seu amargo lhe porporciona.
Ah, e minha degustação não parou por aí: os observadores mais atentos devem ter percebido na primeira foto um pacote também inusitado, que inclusive preenche a cuia do mate que tomo neste momento. Mas isto já é assunto para outro texto.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Nerdômetro
The Nerd (Brasil) Test
O meu escore:
Non-nerd points: 37%
Nerd em geral: 20%
Nerd escolar: 30%
Nerd vicios: 17%
Resultado:
Faltaram questões a respeito de ter/manter um blog e participar ou não deste tipo de teste.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Os 5 melhores "tiristas" do Brasil
Nada estranho para quem iniciou nas letras com Pato Donald, Zé Carioca, Mickey Mouse e a Turma da Mônica. E se hoje não tenho mais me dedicado a estas leituras, faço questão de prestigiar sua versão resumida: as tiras citadas acima.
Para homenageá-las, uma pequena lista (não seguindo nenhuma ordem de preferência e nem de lembrança, apenas de conveniência) com os meus cinco cartunistas/cartoons preferidos. Ou seriam "tiristas"?
Laerte: gênio do humor nonsense. Maldita Zero Hora que não mais o publica.
Fernando Gonsales: outro mestre do humor sem noção.
Iotti: criador do Radicci, o perfeito esteriótipo do gringo de "Cacias".
Sampaulo: criador do mítico Sofrenildo. Primeira tira engraçado da qual eu me lembro, ainda nos tempos do Correio do Povo da época da família Caldas.
Tosco: não sei quem desenha, mas esta tira é publicada no jornal Folha da Produção, aqui de Cerro Largo, e no A Integração, de Horizontina. Tosco ídolo!
domingo, 10 de maio de 2009
Soberanas
Na sexta-feira, apesar do cansaço advindo de uma viagem de descanso, fui obrigado a fazer uma social: prestigiei o baile da escolha das soberanas da Oktober aqui de Cerro Largo. Não que estivesse muito entusiasmado com o evento, mas como a presidente da festa é minha paciente, e como preciso mostrar a cara para a sociedade que me sustenta, não tive outra opção, apesar de saber que no outro dia, bem cedo, teria que trabalhar.
A vencedora era a mais “velha” entre as candidatas. As aspas são porque acho meio incoerente chamar alguém com 17 anos de velho. Então que fosse a menos nova. Mas tudo bem, o que eu queria dizer é que se manteve uma tradição não só local como regional: todas as soberanas deste tipo de festa são moças exageradamente novas, normalmente na faixa de 15 a 17 anos. Já vi casos, inclusives, de meninas com menos idade ainda. São meninas muito bonitas, em sua grande maioria, mas apenas meninas, quase crianças.Mesmo que dizem que hoje em dia as pessoas amadurecem mais cedo, eu as acho ainda muito novas para representar uma cidade ou comunidade num evento deste porte. Costumo fazer uma analogia com a Festa da Uva, em Caxias do Sul, onde são escolhidas mulheres mais bem fornidas. E cada mulherão…
Não sei se são as mais “de idade” que não querem concorrer, ou se por se tratar de um costume tão enraizado que ninguém questiona ou contesta, acontece que as soberanas adolescentes são presença certa nas festas da região.
Foto: site da Festa da Uva.quinta-feira, 7 de maio de 2009
1 ano
Muita coisa, nas mais variadas áreas:
No âmbito profissional, trabalhei feito um louco.
Quanto aos estudos, terminei e apresentei a monografia da minha especialização em ortodontia (na qual tirei A), e já comecei outro curso.
Realizei uma viagem maravilhosa com meus pais e meus irmãos.
Entrei no mundo dos antigomobilistas praticantes.
Fiz minha primeira cerveja artesanal.
Vi meu time quase ser campeão brasileiro, mas passar em branco, sem levantar nenhuma taça neste período, enquanto que o rival ganhou alguns torneios de menos importância.
E praticamente tudo isso foi até certo ponto documentado aqui no blog, cujo primeiro texto (Começando) publiquei há exatos 365.
Nunca tive como intensão usar este blog como um diário virtual, mas é evidente que muito do que me marcou durante este período foi abordado de alguma forma aqui.
Não viquei famoso, ou rico, nem ao menos consegui arregimentar uma vasta legião de leitores, o que nem é o meu intento, mas mesmo assim seria muito feio da minha parte deixar de agradecer aos meus poucos e (assim espero) fiéis leitores, que em passo de formiguinha fizeram com que a página ultrapassasse 3400 acessos. Muito obrigado.
Um outro obrigado àqueles que comentam de quando em quando o que eu escrevi, pois como li em algum lugar, todo o blog se alimenta de comentários...
Como este é um projeto pessoal que tem toda a minha estima, pretendo continuar escrevendo, tentando aprimorar um pouco a qualidade em detrimento da quantidade.
Ah, e um beijo pra Natasha.