Um dos muitos planos que tenho (e que não tenho certeza se conseguirei realizar) é intercalar minhas férias de acordo com uma classificação que eu mesmo elaborei: num ano férias para conhecer,e noutro férias para descansar.
Bem, os próprios termos são auto-explicativos, mas uma pequena explanação sempre é válida: eu posso ir para uma cidade qualquer que eu não conhecia e querer conhecer tudo o que de bom ela oferece. Tais passeios podem ser um pouco cansativos, e acabamos voltando felizes, satisfeitos, mas talvez ainda cansados. Mas eu também posso ir para uma praia, acampar ou para a serra, passear, caminhar sem rumo, deitar numa rede, ler à sombra de uma árvore ou no banco de uma praça. O objetivo não é conhecer algo novo ou interessante, mas sim relaxar.
E a minha idéia para um futuro ideal é: numa ano, vou conhecer algum lugar diferente; no seguinte, vou descansar. Bom seria se pudesse fazer este rodízio de modo semestral, mas nas atuais conjunturas não acalento esta possibilidade.
Um dos problemas em conhecer lugares diferente é que podemos acabar perdendo nosso tempo com bobagens que por contarem com uma boa estratégia de marketing terminam atraindo alguns turistas menos avisados, como é o caso deste que vos escreve. Querem um exemplo? A Casapueblo, no Uruguay.
Mas antes de entrar em detalhes, quero deixar um alerta ao meus poucos leitores. Como eu seria mais feliz se alguma boa alma tivesse feito o mesmo comigo:
"Não entre na Casapueblo!"
Isso mesmo, não entre lá, não pague para vê-la por dentro! Você irá se decepcionar, estará pagando para ver praticamente a mesma coisa que consegue pelo lado de fora da casa, "de grátis". Bem, ao menos que sua intenção seja comer algum lanche caríssimo ou comprar uma das (muito sem-graça) obras do autor da casa, que é só o que se pode fazer dentro dela.
Talvez eu devesse ter explicado antes, mas a Casapueblo é um prédio branco, construído na praia de Punta Ballena (que dá nome a uma marca de deliciosos alfajores), próxima a Punta del Este, e que é anunciada como uma das principais atrações do país, o que é uma tremenda maldade, justamente em se tratando de Uruguai, um país tão belo e com tanto a oferecer. Mas voltando à casa, o seu estilo arquitetônico chama bastante atenção, é verdade, mas ela pode muito bem ser admirada pelo lado de fora, sem a necessidade de se pagar ingresso para ter acesso às míseras coisas que oferece. Não vale à pena, é dinheiro posto fora. Se eu soubesse, ou se alguém tivesse me precavido, teria guardado os 90 Pesos Uruguayos da entrada e gasto em Zillertal.
Espero ter contribuído para evitar a decepção de alguém.
Foto: Wikipedia
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